sexta-feira, 22 de março de 2013

Unidade em Cristo


A Faculdade de Teologia da Universidade Adventista da Bolívia realizou, entre os dias 15 a 17 de março, a Assembléia Ministerial Estudantil. O evento, que reuniu os alunos de teologia, pastores y convidados, já faz parte do calendário da Faculdade e teve como tema “A unidade em Cristo”. O pastor Teófilo Correa, na ocasião escreveu o seguinte:

“Em sua oração sacerdotal Cristo implorou pela unidade de seu povo. Ele disse: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (Joao 17:20,21).

“É surpreendente, mas esse clamor nos alcança, porque Ele roga não somente pela unidade de seus seguidores mais próximos durante seu ministério terrenal, senão que implora por nós, que passamos a crer no Testemunho do Apóstolos. Nosso modelo é a própria Divindade. Embora sejam três pessoas, são uma em propósito. Seu agir harmonioso torna possível nossa própria redenção. O mundo necessita escutar a proclamação adventista de um povo unido, um povo que avança harmoniosamente, um povo que é um em Cristo.

Que Deus nos acompanhe nessa jornada.”

Dr. Teófilo Correa
Pela Equipe da Faculdade de Teologia

Jovens, Troféus e Estrelas


Não conheço nenhuma pessoa que não goste dessas três palavras. Todos, em todos os lugares, reconhecem que os jovens tornam a vida mais dinâmica, os troféus inspiram a superação e as estrelas trazem o infinito até nós. Todos, independente da idade, desejam uma vida assim. Repleta do dinamismo dos jovens, da satisfação que sentem com uma conquista, e do prazer de ter experiências com o transcendente. Mas onde e como experimentar tudo isso? Se possuir uma ideia delas já seria bom, imagine poder experimentar as três juntas!

A Missão Calebe é uma aventura radical repleta de jovens, troféus e estrelas. Esse projeto espetacular integra essas três palavras e muda a vida daquele que participa. Nela você pode saborear o que a vida tem de melhor. Tive a oportunidade de provar o que estou falando. Foi em dezembro de 2009, quando coordenamos a Missão Calebe em Juazeiro do Norte, no Nordeste brasileiro.

Quando percorri os milhares de quilômetros de Cochabamba, na Bolívia, até Juazeiro, no Ceará, sabia o que me esperava. O local era desafiador. Mas, na Escola de Teologia da Universidade Adventista da Bolívia aprendemos a “salvar do pecado e guiar       no serviço”, independente dos obstáculos. E, quando fui colaborar com o projeto já sabia que Juazeiro é conhecida nacionalmente como a “terra do Padre Cicero”, a capital da fé católica. Ainda hoje é uma cidade muito difícil de evangelizar devido às tradições religiosas transmitidas de geração em geração. Essa metrópole de 250 mil habitantes tem uma dezena de igrejas adventistas e muitos bairros por conquistar. Um deles se chama “Alto da Timbaúba”, onde um grupo de jovens decidiu viver uma experiência inesquecível. Mudar de vida para sempre ao participar da Missão Calebe. Depois de uma preparação espiritual de 15 dias eles estavam prontos.

Na nossa equipe tínhamos muitos jovens. Eles movimentaram o programa através de sua alegria, criatividade e espiritualidade. Deram vida ao evangelismo. Suas camisas coloridas anunciavam que seu foco era a missão; sua música envolvente conduziu muitos a presença de Deus; e sua bíblias personalizadas, apresentaram a verdade em inúmeros lares.
Vários jovens se tornaram símbolos de superação. Damião Dário, por exemplo, embora não pudesse caminhar sem sua cadeira de rodas, trazia cada noite oito jovens para estudar a Palavra de Deus. Dario atendia seus convidados e outras pessoas, abrindo a Bíblia durante os estudos bíblicos. Esquecendo suas limitações físicas, superando tudo e pensando no “premio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

E as estrelas? É claro que estavam presentes. As “estrelas” eram as 60 pessoas (a maioria jovens) participaram do evangelismo cada noite. Alguns jovens começaram a ajudar nossa equipe no meio da campanha. Depois de um mês trabalho, vários deles decidiram mudar de vida, e tocar o infinito. Foram alcançados pela graça maravilhosa de Deus. E, decidiram brilhar como as estrelas, sempre e eternamente (Daniel 12:5).        

Ribamar Diniz
Bacharel em Teologia pelo Instituto de Teologia Aplicada 
e concluinte do curso teológico na Universidade Adventista da Bolívia. 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Francisco: o primeiro papa jesuíta



O novo papa da Igreja Católica é o argentino Jorge Mario Bergoglio, jesuíta de 76 anos. Ele adotou o nome Francisco. O arcebispo do Rio, d. Orani, disse acreditar que a escolha do nome pode ser uma homenagem a São Francisco de Assis, pela simplicidade, e também a São Francisco Xavier, que foi jesuíta como o novo papa. Cardeal desde 2001 e arcebispo de Buenos Aires desde 1998, o nome dele não figurava entre os favoritos para suceder Bento XVI. Esta é a primeira vez, em 1300 anos, que o papa não é da Europa.

Segundo John Allen Jr., um dos mais experientes vaticanistas da atualidade, Bergoglio é umortodoxo inflexível em matéria de moral sexual e convicto opositor do aborto, da união homossexual e da contracepção. Em 2010 ele afirmou que a adoção de crianças por gays é uma forma de discriminação contra as crianças, o que lhe valeu uma reprimenda pública por parte da presidente argentina Cristina Kirchner. Ao mesmo tempo, ele demonstra sempre profunda compaixão pelas vítimas da aids; em 2001, por exemplo, visitou um sanatório para lavar e beijar os pés de 12 pacientes soropositivos.


O anúncio da escolha do 266º pontífice da Igreja Católica foi feito pelo cardeal protodiácono (primeiro dos diáconos), o francês Jean-Louis Tauran. Antes do conclave, a imprensa argentina tinha pouca confiança nas chances de Bertoglio, que esteve perto de ser escolhido papa em 2005. Segundo o jornal Clarín, a idade avançada e alguns problemas recentes de saúde pesavam contra o cardeal nesta eleição. Sua entrada na Capela Sistina, porém, provocou aplausos entusiasmados dos presentes e deu um indício de sua força. O novo pontífice foi o segundo mais votado no conclave de 2005, no qual foi eleito o alemão Joseph Ratzinger, Bento XVI. [...]


(Estadão)


Nota do Blog Criacionismo: Realmente surpreende a eleição de um papa sul-americano (o primeiro da história). Francisco I (cujo desafio será grande) pareceu simpático e humilde em sua primeira declaração pública, pouco depois de eleito, mas há um detalhe que não pode ser passado por alto: ele também é o primeiro papa pertencente à ordem dos jesuítas. Essa ordem religiosa foi fundada em 1534, por Inácio de Loyola, logo após a Reforma Protestante. O objetivo da ordem era barrar o avanço do protestantismo, no contexto da Contrarreforma Católica (é bom lembrar que, além da pedofilia e dos desmandos financeiros, o avanço evangélico - especialmente na América do Sul - é uma das preocupações da cúpula católica).


Segundo resenha do livro A História Secreta dos Jesuítas, publicada no blogMinuto Profético, do pastor e mestre em Teologia Sérgio Santeli, Edmond Paris [o autor do livro] “demonstra, com uma riqueza bibliográfica digna de grandes obras, o papel histórico desempenhado pelos jesuítas em destruir o regime político republicano (liberdade civil) e o protestantismo (liberdade religiosa) onde quer que existissem, tendo como único e exclusivo objetivo final devolver ao Vaticano a supremacia política mundial (poder temporal)”. De acordo com Paris, o apoio jesuíta ao regime de Hitler, por exemplo, tinha um propósito declarado: enfraquecer as nações cujo regime político republicano e religião protestante eram um empecilho aos objetivos de supremacia da Sé Papal.


O Dr. Alberto Rivera (ex-jesuíta) escreveu na Introdução do livro: “No momento em que Inácio de Loyola apareceu em cena, a Reforma Protestante tinha danificado seriamente o sistema católico romano. Ele chegou à conclusão de que a única possibilidade de sobrevivência para a sua ‘igreja’ seria através do reforço dos cânones e doutrinas a respeito do poder temporal e da instituição católica romana. Isso aconteceria não pelo simples aniquilamento das pessoas, conforme os frades dominicanos se incumbiam de fazer através da Inquisição, mas pela infiltração e penetração em todos os setores da sociedade. ‘O protestantismo deve ser conquistado e usado para o benefício dos papas’, era a proposta pessoal de Inácio de Loyola ao papa Paulo III. Os jesuítas começaram a trabalhar imediatamente, infiltrando-se em todos os grupos protestantes, incluindo-se aí suas famílias, locais de trabalho, hospitais, escolas, colégios e demais instituições. Atualmente, têm sua missão praticamente concluída.”


Um século antes de Edmond Paris publicar seu livro, Ellen White escreveu: “Em toda a cristandade o protestantismo estava ameaçado por temíveis adversários. Passados os primeiros triunfos da Reforma, Roma convocou novas forças, esperando ultimar sua destruição. Nesse tempo fora criada a ordem dos jesuítas – o mais cruel, sem escrúpulos e poderoso de todos os defensores do papado. Separados de laços terrestres e interesses humanos, insensíveis às exigências das afeições naturais, tendo inteiramente silenciadas a razão e a consciência, não conheciam regras nem restrições, além das da própria ordem, e nenhum dever, a não ser o de estender o seu poderio.


“O evangelho de Cristo havia habilitado seus adeptos a enfrentar o perigo e suportar sem desfalecer o sofrimento, pelo frio, fome, labutas e pobreza, a fim de desfraldar a bandeira da verdade, em face do instrumento de tortura, do calabouço e da fogueira. Para combater essas forças, o jesuitismo inspirou seus seguidores com um fanatismo que os habilitava a suportar semelhantes perigos, e opor ao poder da verdade todas as armas do engano. Não havia para eles crime grande demais para cometer, nenhum engano demasiado vil para praticar, disfarce algum por demais difícil para assumir. Votados à pobreza e humildade perpétuas, era seu estudado objetivo conseguir riqueza e poder para se dedicarem à subversão do protestantismo e restabelecimento da supremacia papal.


“Quando apareciam como membros de sua ordem, ostentavam santidade,visitando prisões e hospitais, cuidando dos doentes e pobres, professando haver renunciado ao mundo, e levando o nome sagrado de Jesus, que andou fazendo o bem. Mas sob esse irrepreensível exterior, ocultavam-se frequentemente os mais criminosos e mortais propósitos. Era princípio fundamental da ordem que os fins justificam os meios. Por este código, a mentira, o roubo, o perjúrio, o assassínio, não somente eram perdoáveis, mas recomendáveis, quando serviam aos interesses da igreja. Sob váriosdisfarces, os jesuítas abriam caminho aos cargos do governo, subindo até conselheiros dos reis e moldando a política das nações. [...] Os jesuítas rapidamente se espalharam pela Europa e, aonde quer que iam, eram seguidos de uma revivificação do papado” (O Grande Conflito, p. 234, 235 - grifos meus).


Tudo o que a Igreja Católica mais precisa agora é de uma “revivificação do papado”. Será esse o papel desse jesuíta aparentemente carismático e bondoso? Teriam os jesuítas abandonado os propósitos para os quais foram criados? Conseguirá Francisco I conquistar a simpatia mundial para levar a cabo os objetivos do poder que agora representa? O tempo dirá.[MB]

quinta-feira, 7 de março de 2013

Revista Adventista refuta teoria que mistura evolução com a Bíblia


A Revista Adventista é o órgão geral dos adventistas no Brasil.
No início deste ano, a controvérsia sobre a origem da vida tem sido muito enfatizada pela Igreja Adventista. A matéria de capa da Revista Adventista de março é mais uma iniciativa nessa direção. O artigo refuta a evolução teísta, teoria que tem ganhado popularidade nas igrejas cristãs, mas que não oferece um diálogo coerente entre a ciência e a Bíblia.


A matéria assinada pelo doutor em Genética e professor da Faculdade Adventista da Bahia, Wellington Silva, mostra que essa ideia tem sérias implicações para a cosmovisão bíblica, o mandamento da guarda do sábado e a missão cristã. Wellington argumenta que a crença adventista na literalidade do livro de Gênesis e na real condição de queda espiritual da humanidade, não dá espaço para enxergar a macroevolução no relato bíblico das origens.

Ciência e religião também formam o pano de fundo da entrevista com o psiquiatra César Vasconcellos. O médico fala sobre os estudos que relacionam a fé à prevenção e cura de doenças. Ele explica como ter uma espiritualidade saudável e apresenta a contribuição que a guarda do sábado para a saúde emocional.

Dois artigos da edição tratam de uma das datas do calendário mais importantes para o cristianismo: a Páscoa. No texto de Vinícius Mendes, a ênfase está na origem bíblia da festa pascoal em contraste com o significado pagão e consumista que a mesma assumiu nos últimos séculos. Na matéria de Eduardo Rueda, por sua vez, o foco está nas antigas festas judaicas relatadas na Bíblia e a relação dessas festividades com a vida e o ministério de Cristo.

Na seção de reportagens, o embate sobre a origem da vida volta à pauta na cobertura do encontro nacional de criacionistas e do videochat realizado com três pesquisadores, em fevereiro. Destaque também para os retiros espirituais realizados pelos adventistas no Carnaval; o simpósio que reuniu músicos e leigos no Unasp; os seminários sobre missão e cura em Cotia; e as principais ações sociais e evangelísticas da Missão Calebe, que mobilizou milhares de jovens nas férias de verão.

A Revista Adventista é o órgão geral dos adventistas no Brasil há mais de cem anos e pode ser adquirida em uma das 12 livrarias da Casa Publicadora Brasileira, nas sedes administrativas da Igreja Adventista, pelo telefone 0800-9790606 ou pelo site www.cpb.com.br. E você pode seguir a revista pelo perfil www.twitter.com/rev_adventista e acessar gratuitamente seu acervo histórico no endereço www.revistaadventista.com.br, bem como baixar o PDF desta edição: http://bit.ly/XQxSht

Fonte: [Equipe ASN - Wendel Lima]

Pregando em um país ateu


Quando cursei o 4º ano de Teologia em 2012, tive a grata satisfação de ser enviado para realizar o meu estágio de evangelismo público no Uruguai. Previamente soubemos que o Uruguai é um país muito ateu e terreno duro para evangelizar, mas, quero compartilhar os verdadeiros milagres vividos lá. Desde a universidade viajamos durante 5 dias até chegar à cidade uruguaia de Salto no noroeste do país e na fronteira com a Argentina.

Os obreiros bíblicos éramos 14, de universidades diferentes; 5 da Universidad Adventista da Bolivia, 9 da Universidad Adventista del Plata e 1 da Universidade Peruana Unión. Estávamos distribuídos por regiões na cidade, onde cada um realizava a entrega de folhetos de propaganda, convites, inscrições e outros materiais relacionados com os seminários de evangelismo de casa em casa. Os dias eram ensolarados, quentes e bastante exaustivos. Nas noites íamos aos lugares de movimento de pessoas no centro para fazer a propaganda dos seminários e inscrições também.

No primeiro dia dos seminários próximo à hora de inicio da programação começou a chover bastante. Ainda assim vieram as pessoas interessadas, entre eles alguns chegaram ensopados de agua. O tema daquela noite foi a "Segurança na Firme Revelação Profética" que ensinou o cumprimento inequívoco da profecia de Daniel 2 - Que interpreta a estatua que Nabucodonosor viu em sonho. Um ótimo tema para despertar a atenção dessa gente que é muito influenciada pelo ateísmo.

Os seminários se realizavam de Segunda a Quinta pelas noites. Nos primeiros dias não oramos nem cantamos, era tudo parte de um método bem planejado. Durante os dias saíamos para entregar convites com os temas de cada noite e só no final de outubro iniciamos os estudos bíblicos com os interessados. Devido a que desde o inicio nas noites se davam estudos com base profética para ensinar as doutrinas adventistas.

Na terceira ou quarta semana foi introduzido o tema do sábado, e foi feito o convite a que estivessem presentes no seguinte sábado pela manhã para juntos adorar ao Criador. Na manhã de sábado estiveram presentes tantas pessoas que já não havia mais lugares para sentar-se. No final de novembro fizemos a mudança de todos os equipamentos e materiais para um novo ambiente com o intuito de conformar uma nova igreja adventista. Conseguiu-se um local grande no centro mesmo da cidade em frente a uma praça, a meia quadra de um cassino e de uma Igreja Católica. Nas primeiras reuniões o local esteve bastante cheio que nos corredores foram colocadas mais cadeiras.

Os seguintes sábados foram de muita festa espiritual. Foram batizadas 70 pessoas entre elas uma senhora de 95 anos que vinha sozinha de ônibus assistir os seminários e outra, que pessoalmente dei os estudos bíblicos, que era católica e que se maravilhava dos ensinos da Bíblia, ao ponto de que lhe deixava o seguinte estudo com ela e no dia que eu tinha que voltar ela já tinha todas as páginas marcadas com marca-páginas, já prontos para ler. Ela ficou surpresa ao saber que o sábado é o dia bíblico de adoração e não podia ser diferente, ela decidiu ser batizada e unir-se à fé adventista.

Foi ordenado ao sagrado ministério o pastor ajudante do evangelista, para que ficasse como pastor da igreja local. Outras 60 pessoas fizeram sua transferência de suas igrejas para esta nova, onde colaboram nas atividades dos departamentos.

Não há lugar na terra onde a obra de Deus seja impossível de realizar, pesem as expectativas negativas, os resultados da semente do evangelho plantado nos corações foram colhidos com eficácia em uruguaios sinceros. Oremos para que a gente uruguaia receba deste evangelho e decidam seu lugar na eternidade. Bendito seja o Senhor Deus Todo Poderoso pelas maravilhas que realizou, realiza y realizará em nós e por meio de nós. Deus deseja que sejamos seus instrumentos úteis na terminação de sua Obra.  Vamos ser instrumentos dEle?

Rafael Bampi de Oliveira
Concluinte do curso de Teologia na Universidade Adventista da Bolivia.