segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Dicas para quem colporta de casa em casa

1. Lembre-se que a Colportagem é uma obra sagrada e missionária. Empreenda suas atividades com um espírito missionário e com um coração totalmente consagrado a Deus. 
2. Evite dívidas logo no início da campanha. Evite gastar antes de receber. Nunca comprometa seu dinheiro antes de fazer as entregas e pagar os livros. Economize sempre um pouco, para os momentos mais difíceis.
3. Procure aprender com aqueles que são mais experientes. Vá ao campo com eles e peça dicas a seu líder e aos colportores mais antigos.
4. Tenha um alvo de ofertas, visitas e vendas. Sem metas, um colportor pode rapidamente queimar o campo, sem obter bons resultados.
5. Seja perseverante. Diante do sol, da chuva, das críticas ou insucesso em algumas visitas, lembre-se que a benção pode estar justamente na próxima apresentação.
6. Procure dormir cedo, para ter energia para o dia seguinte. Quando chegar acasa, coloque os pés em água morna com sal; isso aliviará a dor nos pés. Procure alimentar-me bem. Faça exercício regularmente.
7. Leia os livros que você vende e pratique sua mensagem, tanto as espirituais como as de saúde.
8. Evite entrar no campo do seu colega. Respeite seu território. Procure seguir as instruções de seu líder e as regras da campanha.
9. Memorize inicialmente a oferta, criando, com o tempo, sua própria oferta. Inove, incluindo dados de revistas e jornais para surpreender seu cliente.
10. Chame seu cliente pelo nome. Seja simpático e confiante. Muitas pessoas compram quando percebem que o colportor é confiante e crê que será correspondido.
11. Não tenha medo das pessoas ricas, bem vestidas ou inteligentes. Elas têm mais possibilidades de comprar seu material. Peça indicações antes de sair.
12. Não discuta com seu cliente. Seja amigável e gentil, lembrando que seu propósito é vender-lhe nossa literatura ou deixar, pelo menos, uma boa impressão. Outro colportor pode ter sucesso em vender-lhe no futuro.
13. Conecte seu cliente com a mensagem bíblica fazendo uma oração por ele (quando for possível), vendendo um livro religioso (como o Grande Conflito ou Vida de Jesus), oferecendo um curso bíblico, convidando-o para um programa da Igreja, divulgando a TV Novo Tempo, etc.

Ribamar Diniz foi colportor efetivo entre 1996-2004 e se gradou no Seminário Adventista Latino-americano de Teologia colportando nas férias, no Brasil, Bolívia, Equador e Chile.

Colportando de casa em casa

Deus me chamou para a obra da Colportagem em outubro de 1996, apenas três meses após meu batismo na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Tudo ocorreu na cidade nordestina de Juazeiro do Norte, no Sertão cearense.
Eu havia sido batizado há pouco tempo, enão tinha emprego. Por isso, Aldemy Freitas, meu instrutor bíblico, me encaminhou a essa obra. Ele havia, em sua casa, feito uma apresentação com o livro Vida de Jesus, mostrando como se colportava. Fomos juntos até a Rua São Benedito, no Bairro Franciscanos, onde estavam morando o grupo de colportores.
O líder de equipe era José Raimundo, quem nos recebeu muito bem. Ele me incentivou, entregou-me o prospecto e algumas revistas Paz na Tempestade (creio que foram dez) e disse o valor do material. Eu decidi, naquele momento, que não ficaria devendo a Obra. Depois de alguns dias de trabalho, vendi todas as revistas, pagando tanto elas como o prospecto.
Em um dos primeiros dias de trabalho, eu saí para fazer visitas com José Belo (Beto), um colportor que sempre admirei pela paciência e consagração. Durante vários anos trabalhando ao lado dele, nunca o vi com raiva de ninguém. Com ele dei minha primeira oferta. Recordo que o prospecto tremia em minhas mãos.
Outro dia saí com José Walter, que viria a ser o líder da equipe. Com ele vendi meu primeiro livro, Saúde: novo estilo de vida, ao Senhor José, na Rua Padre Medeiros, no bairro Juvêncio Santana.
Depois desse início, passei a ser um colportor com certo destaque na equipe, figurando na lista dos três com melhores resultados em vendas. Como eu estudava, trabalhava apenas meio período. Trabalhei mais de um ano como estudante, e depois de concluir o Ensino Médio, passei a acompanhar a equipe Cariri nas viagens. 
Trabalhei como colportor efetivo por oito anos, na Missão Costa Norte, nos estados do Ceará (Juazeiro do Norte, Crato, Caririaçú, Nova Russas, Crateús, Orós, Iguatú); Paraíba (Cajazeiras) e Piauí (Teresina). Também liderei um projeto especial, chamado Viva Melhor, com vários colportores novatos. Creio que o período foi de uns seis meses. Nessa fase eu viajava a Fortaleza, capital do Ceará, a cada dois meses para fazer os acertos da equipe. Lembro que, nas primeiras semanas de trabalho, eu saia com os colportores e fazia vendas para eles, como incentivo. A equipe foi se diluindo, pouco a pouco, e percebi que meu forte não era liderar equipes.
Usei distintos métodos para espalhar a literatura adventista: o método por excelência (casa em casa); temas em Igrejas Evangélicas e ofertas coletivas nas Escolas. Às vezes, abordava as pessoas nas ruas ou praças, e lhes vendia livros. Cheguei a vender vários livros mesmo sem o prospecto, somente com as palavras e a misericórdia divina. Lembro que, quando foi lançado o livro Passaporte para a Vida, de Alejandro Bullón, vendi vários exemplares antes da chegada do prospecto e dos livros.
Sempre fui um inovador. Enquanto a maioria preferia trabalhar com obras sobre saúde, eu oferecia livros religiosos. Os meus preferidos eram Vida de Jesus, O Grande Conflito, Jesus: o melhor presente, Passaporte para a vida eO Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, do qual distribui mais de 500 exemplares. Enquanto alguns colportores, no afam de economizar, se hospedavam em igrejas, nossa equipe sempre alugava uma casa ou apartamento. Para ampliar minhas vendas, sempre fui muito observador e lia frequentemente as notícias. Adaptava minha oferta de acordo com o cliente ou situação.
Todas as campanhas foram inesquecíveis. Mas uma foi muito especial, pelo desafio proposto aos colportores. Foi uma megacampanha na cidade de Teresina, capital do Piauí. O alvo era distribuir 5.000 exemplares deO Terceiro Milênio, no final de 1999. As três equipes do campo foram convidadas. No total, 60 colportores viajaram a capital para o desafio. Foram veiculadas propagandas na rádio, televisão e outdoors. Usávamos uma camiseta padronizada, que dizia “O terceiro milênio chegou”.
Naquela época, eram muito esperados os cursos de colportagem, envolvendo os colportores de todo o campo. Geralmente eram realizados em Fortaleza e contavam com a presença de convidados especiais da União Nordeste, da Divisão Sul-Americana e da Casa Publicadora Brasileira. O mais impactante de todos foi o Concílio de Colportores da União Nordeste, com 520 participantes, realizado no ENA, (EducandárioNordestinoAdventista) quando esse internato ainda estava ativo.
Trabalhando de cada em casa, Deus me abençoou ricamente. Graças à colportagem, aprendi a pregar e adquiri um gosto especial por nossa literatura. Além disso, passei a ter uma paixão por nossa história, mensagem e missão, especialmente após a leitura do livro Nossa Herança. Colportando conheciminha esposa. Casamos em maio de 1999, com a presença de vários colegas de prospecto. Devido às bênçãos materiais da obra de publicações fui o primeiro de meus irmãos a comprar uma casa (ainda solteiro) e uma moto.
Graças acolportagem, concluí o bacharelato em teologia pelo Instituto Superior de Teologia Aplicada (2004) e publiquei o livro O Alicerce da Ação: textos e frases para reflexão (2002). Também conheci muitos lugares e gente interessante. A maior alegria, porem, foi ver algumas pessoas batizadas, graças a essa Obra especial.
Ribamar Diniz foi colportor efetivo entre 1996-2004 e se gradou no Seminário Adventista Latino-americano de Teologia colportando nas férias, no Brasil, Bolívia, Equador e Chile. 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Palestra "Novos Argumentos no Conflito Final" - Parte I


Prefácio de Erton Köhler ao livro História de milagres

Os acontecimentos que ocorrem vertiginosamente mostram-nos que vivemos em tempos que cumprem a profecia bíblica e que nos comprometem com uma entrega e um serviço mais intensivo para levar o evangelho até o último da terra. Nossas sedes de Teologia na Divisão Sul-Americana têm como propósito oferecer a melhor preparação dos jovens ao ministério. Essa formação enfatiza de maneira integral os aspectos espirituais, acadêmicos e missionários.

“Se Deus chamou a homens para que sejam Seus colaboradores, é certo que os chamou para que busquem a melhor preparação possível para representar devidamente as verdades santas e elevadoras de Sua Palavra... Os que desejem entregar-se à obra de Deus devem receber educação e preparo para esta obra, a fim de estar prontos para desempenhá-la inteligentemente” (Ellen White, Obreiros Evangélicos, 76.)

A formação pastoral na Universidade Adventista da Bolívia se encaixa nesse modelo de preparo de pastores. O Dr. Raúl Quiroga, professor da matéria de Pesquisa Científica do 5º ano, e seus alunos Ribamar Diniz, Rafael Bampi e Esteban Vera, prepararam e editaram o presente trabalho que tenho prazer de deixar em tuas mãos.

Ler as páginas deste livro História de Milagres é encontrar relatada de maneira interessante e atrativa, desde a ótica e experiência dos próprios envolvidos, os estudantes de teologia, uma série de milagres que testemunham de um Deus que continua interessado e atuando poderosamente em favor da salvação das pessoas.

São relatos de milagres que evidenciam o perfil de uma formação integral: espiritual, acadêmica e missionária. São milagres que mostram o resultado da união da bênção divina com os esforços humanos. São milagres que reacendem em cada leitor a paixão por fazer parte da equipe de busca e resgate de pecadores alcançados pela graça e a esperança. São milagres que fortalecem verdadeiramente o sonho de ver em breve a volta de Jesus em glória e majestade.

Louvo a Deus por estas Histórias de milagres e louvo a Deus pelos futuros milagres para que como Pedro e João nós possamos dizer: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande” (Atos 3:6).


Pastor Erton Köhler (Presidente da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia).

TERCEIRA SEÇÃO DA TOSC SE ENCERRA COM APELO PARA “CONSTRUIR PONTES”, FOCAR EM MISSÕES

Mais de 40 horas de apresentações, discussões, adoração e sessões de perguntas e respostas terminaram tranquilamente sábado à noite, 25 de janeiro, com membros da Comissão de Estudo da Teologia da Ordenação (TOSC) se abraçando ao final de um encontro às vezes contencioso.
Os primeiros quatro dias de reuniões caracterizaram pontos de vista altamente contrastantes das principais passagens bíblicas por estudiosos da Igreja, bem como um agudo intercâmbio entre entrevistadores e apresentadores sobre métodos adequados de interpretação bíblica. Líderes da TOSC várias vezes advertiram os membros a serem respeitosos com aqueles dos quais discordavam, e a confiarem nos compromissos espirituais de todos.
Cada uma das 13 Divisões mundiais da Igreja também relatou as conclusões e recomendações de sua próprias Comissões de Pesquisa Bíblica (BRC) sobre o estudo da questão de ordenação de mulheres pastoras. Enquanto cinco BRC's de Divisão expressaram apoio à ordenação de mulheres, na sua maioria as outras indicaram desaprovação. Quase todos os relatórios de Divisão definiram claramente sua vontade de aceitar a decisão que por fim for tomada pela Igreja em todo o mundo.
Eventos de fim de semana da TOSC incluíram um programa de música inspiradora oferecido pela Primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia de Baltimore; uma mensagem devocional sexta à noite pelo presidente da TOSC, Artur Stele, um vice-presidente da Associação Geral e diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da denominação, e um sermão mobilizador na manhã de sábado por Mark Finley, assistente do presidente da Associação Geral e editor-amplo da “Adventist Review”.
“Uma vez tinha orado, estudado a Palavra, buscado a orientação de Deus, discutido o assunto e daí decidido, a Igreja do Novo Testamento aceitou a vontade de Deus e seguiu em frente com a missão”, declarou Finley durante o momento do culto de sábado de manhã. “Eles confiaram em que a decisão que coletivamente tomaram devia ser consensualmente adotada para cumprir apaixonadamente a missão. Cada crente individual apresentou as suas opiniões pessoais para a decisão tomada sob a orientação de Deus”.
Ao longo de sua mensagem de 45 minutos, Finley instou os components da TOSC a submeterem opiniões pessoais sob a guia do Espírito ao consenso de toda a Igreja mais ampla à medida em que esta avança na decisão das  questões de ordenação. “Quando há uma erosão da confiança, o conflito se desenvolve”, observou. “Quando há indisposição de submeter o julgamento pessoal às decisões representativas da entidade coletiva sobre que se orou e se meditou, florescerá a dissensão e a divisão”.
O sermão de Finley foi amplamente considerado como um ponto-chave no fim de semana por muitos membros da TOSC. Vários expressaram apreciação para o seu apelo de se recuperar o enfoque na missão depois que uma decisão sobre o assunto da ordenação for atingida, provavelmente na Assembleia da Associação Geral, de caráter mundial, em julho de 2015, em San Antonio, Texas.
“Depois de três reuniões [janeiro de 2013, julho de 2013, e janeiro de 2014], vi o progresso na forma como as pessoas em lados diferentes têm vindo a apreciar os argumentos apresentados pelos que se situam de lados diferentes”, disse Darius Jankiewicz, presidente do Departamento de Teologia no Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia da Universidade Andrews. “Até o final da semana passada, eu podia ver a construção de um consenso de que há espaço para as diferenças sobre este assunto na Igreja. Precisamos continuar este processo como membros da TOSC, e espero que os nossos resultados resultem na unidade da Igreja. O consenso poderia ajudar-nos a perceber que a unidade da Igreja não exige uniformidade sobre esta questão”. 
Um dos aspectos mais populares do processo da TOSC foi a discussão em pequenos grupos, em que os membros da Comissão participaram por quase 20 por cento do tempo total em conjunto. Os membros dos grupos de 12 pessoas foram selecionados aleatoriamente, mas pessoas com diferentes pontos de vista se achavam em todas as discussões e estudaram passagens da Bíblia juntos. Textos-chaves da Bíblia foram examinados pelos grupos de discussão, o que incluiu o relato da Criação de Gênesis 1-3; conselhos dados pelo Apóstolo Paulo à Igreja cristã do primeiro século (1 Tim. 2:12-14, I Cor 11, e Gál. 3:28), e do profeta Joel, repetida pelo apóstolo Pedro no dia de Pentecostes, de que nos últimos dias, “vossos filhos e vossas filhas profetizarão” (Joel 2:28).
A última hora de programação de sábado foi dedicada a depoimentos de membros sobre a sua experiência na TOSC, e um apelo à “construção de pontes” pelo vice-presidente da TOSC, Geoffrey Mbwana, também vice-presidente da Associação Geral.
“Nós construímos os pilares da verdade nas nossas respectivas posições”, Mbwana observou ao estar o sol se pondo sobre a paisagem coberta de neve de Maryland”. Agora é hora de colocar a plataforma da ponte sobre a qual podemos avançar juntos”.
Líderes da TOSC esperam que a próxima reunião da Comissão de 103 membros no início de junho formule recomendações para a reunião de outubro da Comissão Executiva da Igreja. Esse grupo define a agenda para a assembleia mundial quinquenal da denominação de 2015 em San Antonio, Texas.
A maioria dos membros da TOSC acredita que a ordenação de mulheres será um item importante na agenda em San Antonio, onde cerca de 2.000 delegados do movimento adventista de mais de 200 nações se reunirão para uma reunião administrativa de 10 dias.
Fonte: ANN