sexta-feira, 15 de abril de 2011

Doutor em Teologia valoriza artigo de Ribamar Diniz


Em março recebi um e-mail que sinceramente não esperava. Foi enviado pelo Dr. Raul Quiroga, professor de Teologia na Universidade Adventista del Plata, localizada na Argentina. Na mensagem, transcrita a seguir, o renomado teólogo elogia um artigo meu e demonstra interesse em usá-lo em suas aulas. Enviei o artigo e outros temas, ao que o professor respondeu-me agradecendo a atenção. Esse fato lembrou-me algo muito

importante: Não importa onde você esteja ou que faça, procure fazer bem feito, e você se surpreenderá com os resultados. Quando nos colocamos nas mãos de Deus, para sua honra e glória, e dedicamos nossos talentos a seu serviço, podemos beneficiar muitas pessoas. Esta foto é do grupo que participou do curso com o Dr. Quiroga.

Mensagem do Dr. Raul Quiroga para Ribamar Diniz

Estimado Ribamar:

Escreve-te o professor Quiroga da Universidade Adventista del Plata. Estive ensinando a cadeira Doutrina do Santuário para os pastores do diplomado na Universidade Adventista da Bolívia este verão. Presentearam-me um par de revistas Evangelio que, aliás, considero mui valiosas e mui edificadoras os artigos que ali se publicam. Gostaria de pedir-te o arquivo Word o Pdf de teu artigo "El Santuario y su precursor" [O Santuário e seu precursor]. Seu artigo parece muito original e muito útil para ensinar sobre o Santuário, além disso me interessa muito o tema do altar de Israel. Ao usá-lo lhe darei o crédito correspondente. Felicito-te pela elaboração do mesmo. Um abraço desde terras argentinas.


Dr. Raúl Quiroga

Universidad Adventista del Plata

Vantagens de Estudar Teologia Na Bolívia

Embora todos os seminários teológicos da Divisao Sul-Americana tenham um programa similar, voltado à formaçao de pastores comprometidos com a missao da igreja (todos sao excelentes opçoes), apresento a seguir algumas vantagens de ingressar na sede do SALT Bolívia, onde estudo desde 2008.

Estudar na Bolívia é mais barato – O valor do semestre na UAB (Universidade Adventista da Bolívia) é o mais barato de todas as universidades da Divisão Sul–Americana. Em média a economia será de quase 50%. O custo de vida também é um pouco mais baixo.

Estudar na Bolívia nao requer Vestibular – Para ingressar na UAB nao é necessário passar pelo vestibular. Para garantir a qualidade dos ingressados, a Faculdade realiza um exame de admissão baseado nas doutrinas adventistas (leia o livro Nisto Cremos); um exame de língua espanhola; um teste de administração da Igreja (Leia o Manual da Igreja) e uma entrevista. Para as outras faculdades o ingresso é simples também. O exame e a entrevista são feitos em espanhol e na sede da universidade. É cobrada uma taxa.

Estudar na Bolívia facilita a Transferência – Se você já tem uma parte do curso feita em outra Faculdade Adventista (que seja credenciado pelo MEC) pode convalidar as matérias na UAB e se quiser transferir para o Brasil pode solicitar (depois do segundo ano) a transferência.

Estudar na Bolívia favorece contato com outras culturas – A Bolívia é berço da cultura andina e Inca. Como está localizada no centro da América do Sul atrai muitos estrangeiros: americanos, europeus, africanos, asiáticos, proporcionando intercâmbio com dezenas de culturas. Segundo o Dr. Paulo dos Santos (professor na UAB) o brasileiro formado na Bolívia está mais bem qualificado para o ministério porque têm contato com a cultura boliviana, além de interagir com várias outras.

Estudar na Bolívia permite aprender uma nova língua – Você vai aprender espanhol e pode estudar inglês ou outros idiomas mais facilmente. Estudar na Bolívia amplia sua rede de amigos – Fazer amigos, depois de estudar, é a principal atividade em um campus universitário. Na UAB você vai fazer muitos amigos de várias nacionalidades. Tenho um amigo que recentemente visitou a Europa (Roma, Alemanha etc.) e outros que estao nos EUA, graças a colegas que fizeram na UAB.

Estudar na Bolívia facilita turismo intercontinental – Bolívia possui inúmeros lugares para visitação e de lá se pode viajar facilmente para qualquer país sul-americano. Com pouco dinheiro se conhece o Chile, Argentina, Equador, Venezuela, Caribe, etc. Bolívia pode ser a porta para conhecer o mundo. Alguns colegas vão colportar nos EUA, na Europa, etc.

Estudar na Bolívia oferece a chance de tornar-se um missionário – Tanto nas práticas dos diversos cursos como no trabalho dentro do campus o estudante se sente cumprindo Mateus 24:14. Mantêm contato com povos indígenas e outras comunidades que ainda falam dialetos primitivos, contribuindo para a pregação do evangelho a todo o mundo.

Estudar na Bolívia dá uma visão da Igreja Mundial – Bolívia é alvo de grandes eventos da Divisão Sul-Americana (como o Futuro com esperança), além de possuir uma boa quantidade de obreiros e professores estrangeiros e receber muitos cantores de fora. Possui uma excelente estrutura da ADRA e realiza grandes campanhas via satélite. Isso tudo, aliado ao número crescente de estudantes de outros países (França, EUA, México, Brasil, Chile, Argentina, Equador, Angola, etc.) dá ao estudante (especialmente de Teologia) uma visão da Igreja Adventista Mundial.

Estudar na Bolívia não compromete o chamado – Segundo o pr. Heber Pinheiro (ex-Diretor da Faculdade de Teologia) nos últimos 15 anos todos os alunos estrangeiros que concluíram o curso na Bolívia foram chamados para seus respectivos campos. Além disso, os presidentes das Unioes Norte e Centro Oeste Brasileira, ao visitarem a UAB em 2010 declararam que têm interesse nos teologandos brasileiros formados na instituiçao.

Ribamar Diniz - Assistente Geral do Centro White – Bolívia

POEMA CRIACIONISTA

Como membro da Sociedade Criacionista Brasileira me sinto na obrigação (e no privilégio é claro) de divulgar as idéias criacionistas que comecei a estudar com mais profundidade, apòs afiliar-me a este séria organizaçao em 2008. A seguir apresento um poema que aparece num dos livros mais fantásticos que já li - Mundos Maravilhosos, da Casa Publicadora Brasileira.

Boa leitura e que essa meditação toque o seu coração e intelecto para uma relação pessoal com o Arquiteto do Universo. Aproveito para lhe brindar com uma das gemas que aparecem no mesmo volume, de Sir Isaac Newton:

“Este universo existe, e, por esse único ato impossível, constitui-se em um milagre. Confirma um poder infinito, bem maior do que qualquer parte; uma unidade sustendo tudo, incluindo todos os outros mundos num só! É um mistério, o único indiscutível que conhecemos, implicando nele todos os atributos de Deus.” (Mundos Maravilhosos, p. 12)

UM SOLDADO NA TRINCEIRA

Senhor Deus, eu nunca Te falei, Senhor.
Agora, porém, Te digo: “Como tens passado?”
Ó Senhor, tu vês: disseram-me que não existes!
E, como um tolo, dei crédito a isso!

Ontem à noite, pela fresta da barraca,
Vi os céus que Tu, ó Deus, criaste!
Descobri, então, que me mentiram!
Tivesse eu visto antes o que Tu criaste,
Teria descoberto o erro deles!

- Fico pensando, agora, se me aceitarás.
Eu sei que me entendes bem!
Como caí e andei no abismo do pecado!
Agora, Senhor, contemplo a Tua face!

Não sei mais o que dizer neste momento.
- Estou muito feliz por Te haver encontrado!
E a hora, o célebre momento, chegará,
Quando os remidos subirão contigo.

Não temo, pois creio que virás.
E estás comigo, agora, a me ajudar!
Ouço o sinal!... Bem, Deus, tenho que ir!
Eu te amo muito, ó Deus, esta é a verdade.

Vês? Que batalha horrorosa já começa!...
Quem sabe? Será que vou sucumbir?!...
E o que de mim será, se à tumba eu baixar?
Eu não Te conhecia, nem Te amava...

Será que me receberás? Estou clamando por Ti!...
E, com lágrimas, venho dizer que Te amo!
Quisera Tê-lo conhecido antes!...Vou partir...
Não temo mais morrer... Vou... Até logo!

Autor desconhecido

Fonte: Mundos Maravilhosos, pp. 66-68.

Vale a Pena Ser Honesto


Certo dia eu estava esperando uma pessoa no estacionamento de um edifício. Como sabia que ia demorar um pouco comecei a ler o livro O Amanhã Começa Hoje (li 47 páginas!). A poucos metros havia um grupo de políticos discutindo os resultados da eleição para vereador daquela cidade. Um deles liderava a discussão e falava como um vereador já eleito. Tentei me concentrar na leitura, mas não pude deixar de ouvir várias vezes o assunto de que tratavam. Percebi que um deles (o líder do grupo) havia ficado na suplência e começou a esclarecer porque não conquistou a cadeira de vereador. Entre outras coisas, falou sobre a compra de votos de outros candidatos.

Disse que um “tal”, na hora do pleito, saiu com 250 reais e comprou pelos menos 25 votos a dez reais. E completou para minha decepção: “Vocês estão vendo? O camarada com 250 comprar essa quantidade de votos, tão vendo como é fácil?” Depois das gargalhadas, outros passaram a revelar os segredos durante as disputas de outubro passado. Falaram de várias falcatruas (cheques recebidos para comprar votos; empresários que financiam o negócio para serem beneficiados depois; dívidas de campanha; o papel dos cabos eleitorais nesse crime; trabalhos comunitários desenvolvidos apenas para motivar votos etc.)

Fiquei internamente indignado com a atitude daqueles homens ávidos pelo poder e pelo dinheiro. Sem nenhuma cerimônia ou preocupação, revelar os podres das suas campanhas em via pública, com pessoas passando de vez em quando para eles parecia carecer de significado. Fatos como esse mostram como nossos políticos precisam mudar. Fiquei feliz em saber que nenhum deles ganhou a eleição, mas preocupado pelos vitoriosos (foram comentados durante a conversa).

Honestidade é um artigo raro na vida pública de nossos políticos. Os escândalos da política brasileira trazidos a luz recentemente (me refiro aos atos secretos do Senado) tornam manifesto que a atual geração de homens que governam o país precisa ser mudada. Nossos jovens necessitam urgentemente de modelos a quem imitar. Homens que sejam fiéis as suas convicções e a confiança depositada pelo povo.

Segundo o dicionário uma pessoa honesta é alguém “virtuoso, honrado, bem procedido, digno de confiança” (Silveira Bueno, Minidicionário da língua portuguesa). Poucas ou nenhuma dessas características possuem um bom número dos líderes que estabelecem as leis que regem a nossa nação. Tenho tanta confiança em alguns políticos como o dono do galinheiro tem na raposa que ronda suas galinhas. Ser confiável devia a meta de cada homem público. A honestidade não é uma utopia. É uma necessidade e algo digno de ser almejado por todos os cidadãos do Brasil, especialmente por aqueles que têm a função de esclarecer com sua própria vida quais são nossos deveres, direitos e o que é cidadania.


Ribamar Diniz

Assistente Geral do Centro White - Bolívia

Quando os Atos Contradizem as Palavras


Certo dia, numa loja revendedora de motos um fato inusitado me chamou a atenção para o despreparo no atendimento em muitas empresas consideradas "grandes".

Eu estava sentado com uma vendedora e outro cliente. Estava esperando o atendimento com outra pessoa que havia saído por um instante. Nisso, enquanto conversávamos, sem muito interesse, sentou-se um mecânico comentando sobre seu consorcio que ia sair. O que me impressionou foi ele dizer: “tô cansado de tal marca (mencionando a sua empresa que lhe garante o pão diário) agora vou usar tal marca.”

Eu disse o seguinte, em tom provocativo: “Sei que é falta de ética, mas qual a melhor das duas?” Ele disse que eram exatamente iguais. A vendedora disse sem muita argumentação: “acho que não”. Ele então soltou os cachorros e argumentou que a economia de combustível e a manutenção eram exatamente iguais, mas a concorrente tinha uma vantagem na hora da venda da moto. Ouvi tudo e saí calado.

Outro dia passei em frente a uma tenda armada para vender consórcios de motos em outro local da mesma cidade. Era uma nova marca, buscando espaço no concorrido mercado entre aquelas outras duas grandes marcas. O curioso é que todas as motos dos vendedores que estavam paradas eram das marcas concorrentes. Nenhuma era do modelo que eles estavam vendendo.

Diante desses fatos pensei como nós influenciamos as pessoas mais com nossos atos do que com nossas palavras. Não adianta só falar e usar a camisa do cristianismo. Devemos também estar convictos de quem somos e nos comportar de tal modo a defender nossa mensagem. E não fazer como o mecânico descuidado, a vendedora despreparada e a tenda que fazia propagando de outras motos e não das suas.

Diferentes da vendedora sem preparo devemos estar “sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,” (I Pedro 3:15). Devemos agir não como o mecânico que queria outra marca, mas servir somente a Cristo porque “ninguém pode servir a dois senhores” (Mateus 6:24). Finalmente nossos atos (diferentes dos vendedores de consórcio)devem coadunar nossas palavras, pois “a fé sem obras é morta” (Tiago 2:17).


Ribamar Diniz

Assistente Geral do Centro White - Bolívia

As Bem-Aventuranças dos Adventistas

Bem-aventurados os adventistas “pobres de espírito” (Mateus 5:3), porque quando Cristo voltar dirão: “este é o nosso Deus, a quem esperávamos e Ele nos salvará; este é o Senhor a quem aguardávamos e na sua salvação exultaremos e nos alegraremos” (Isaías 25:9).
Bem-aventurados os adventistas “que choram” (Mateus 5:4), porque quando Cristo voltar “lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (Apocalipse 21:4).

Bem-aventurados os adventistas “mansos” (Mateus 5:5), porque quando Cristo voltar herdarão e morarão na “nova terra” (Apocalipse 21:1)

Bem-aventurados os adventistas “que têm fome e sede de justiça” (Mateus 5:6), porque quando Cristo voltar haverá “novos céus e nova Terra, nos quais habita justiça” (II Pedro 3:13).

Bem-aventurados os adventistas “misericordiosos” (Mateus 5:7), porque quando Cristo voltar ouvirão: “Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34).

Bem-aventurados os adventistas “limpos de coração” (Mateus 5:8), porque quando Cristo voltar verão a Deus “cara a cara” (I Coríntios 13:12).

Bem-aventurados os adventistas “pacificadores” (Mateus 5:9), porque quando Cristo voltar “seremos semelhantes a Ele, porque lhe veremos tal como Ele é” (I João 3:2).

Bem-aventurados os adventistas que “padecem perseguição por causa da justiça” (Mateus 5:10), porque quando Cristo voltar e provada a vossa fé, “redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”. (I Pedro 1:7).

Bem-aventurados os adventistas “quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disseram todo o mal contra vós” (Mateus 5:11), porque quando Cristo voltar “serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos” (Apocalipse 20:6).

OBS: O termo adventistas não foi usado nesse texto de maneira exclusivista para referir-se somente aos membros da igreja Adventistas do Sétimo Dia, mas a todos os cristãos que aguardam o segundo advento do Senhor.


Ribamar Diniz

Assistente Geral da Centro White - Bolívia

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Especialista em Música Gostou do Bendita Esperança!


Recebo muitos E-mails de várias partes do Brasil. Muitos jovens ou irmãos agradecem as oportunas mensagens, fazem comentários sobre os temas e pedem outras orientações. Fico feliz pelo fato do blog Bendita Esperança está ajudando espiritualmente a muita gente. Um dos últimos e-mails foi do pastor JaelEneas, que destaca a importância desse blog. Se você foi beneficiado de alguma forma pelas mensagens do blog envie seu testemunho para ribamardiniz@hotmail.com.br para que publiquemos também. Um abraço e que Deus abençoe a todos.


Parabéns! "Visitei seu site hoje e gostei. Parabéns pelos links e matérias.Seu texto sobre As Agulhas do Fanatismo provê orientação equilibrada e oportuna, além de ser vacina contra o fanatismo.Que o título de seu Blog nos una como povo e igreja.


O Pr. Jael Enéas de Araújo é mestrando em Educação, pelo Unasp, pós-graduado em educação e informática pela UFPA, nasceu em Santo André, SP, em 1954,e é músico desde os 10 anos de idade.


Cursou o Teológico pelo IAE, sendo ordenado ao ministério em 1989, em Manaus, AM. “Atualmente é o Diretor do Ministério de Música, Educação e Comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia para os estados de MG, ES e RJ. Por 21 anos serviu como professor, diretor de conservador, pastor e diretor de departamentos da Igreja Adventista do Sétimo Dia em diversas regiões brasileiras.”


O preparo musical do pastor Eneas é vasto e inclui cursos com “com vários mestres de renome nacional e internacional, como... o maestro inglês E. Bockmann. Regeu, dirigindo corais e conjuntos orquestrais, gravou discos, participou da Comissão Nacional de Revisão do Novo Hinário Adventista, compôs hinos e canções congregacionais. (Leia mais em Pastor JaelEneas)


Ribamar Diniz

Assistente Geral do Centro de Estudos Ellen G. White – Bolívia

Especialistas em Fazer o Bem


O Valor Das Especialidades Dos Desbravadores Ao ser convidada para participar do Clube de Desbravadores uma jovem muito consagrada disse : "Não posso... pois não gosto de subir em árvores." Ao ser indagado porque suas duas adolescentes não ingressavam certo pai afirmou que não as inscrevia porque aquele clube só sabia fazer "nós" e "sapatear" ( referindo-se a Ordem Unida). Certo Diretor desabafou: "Pastor já não sei o que fazer meu clube vai fechar." "Faça todas as especialidades "ao terminar lhe dou mais idéias" foi a resposta.


Essas situações ilustram a atitude da Igreja, dos pais e desbravadores diante das atividades do clube. Muitos imaginam ser acampar e "subir em árvores" a única coisa que as juvenis aprendem; líderes desconhecem as múltiplas opções e se contentam a "marchar" como soldadinhos; quantos ignoram a importância das especialidades e se estressam "inventando" o que seus desbravadores fazerem.


O Clube de Desbravadores destaca-se como organização "Co-Educacional" que complementa o currículo escolar. Seu programa, seguido à risca, produz um harmonioso desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e espirituais - tripé da verdadeira educação. Não é a toa que o Presidente Lula classificou o último Campuri Sul-americano (realizado em 2005) como "uma rara oportunidade para o estreitamento dos laços de amizade... para troca de experiências, o exercício de habilidade e... aquisição de mais conhecimentos " além de incentivar meninas e meninos "a assimilarem e praticarem os ensinamentos ministrados nas reuniões da rotina do Clube." [1]


A presença dos ex-ministros da Educação Paulo Renato de Sousa e Cristóvão Buarque além de muitas outras autoridades em eventos desse tipo confirma a importância que se dá as ações dos Desbravadores para o bem estar do país. [2]


Embora o currículo do clube inclua as classes J.A destacaremos agora o valor das especialidades.


Origem e Propósito


Os méritos Vocacionais (depois "especialidades") foram projetados pelo Departamento de Jovens da Associação Geral em 1927. C. Lester Bond, então secretária elaborou as primeiras (1928) 16 que com algumas alterações "permanecem até hoje." Muitos distintivos eram costurados em máquinas caseiras, nas casas dos juvenis. Depois "outros ... juntaram-se aquelas.... Hoje os Desbravadores tem cerca de 250 especialidades ... reconhecidas no mundo todo. Muitas outras são autorizadas pelas Divisões e campos locais." [3]


Definição - "As especialidades são... janelas de descobertas dentro da estrutura da Igreja." Através delas o juvenil explora os principais ramos do conhecimento humano (habilidade manuais, domésticas e profissionais), natural (estudo da natureza e atividade agrícolas) e espiritual (atividades missionárias). . Cada especialidade constitui "um curso que apresenta um assunto" com valor prático melhorando o estilo de vida "afetando diretamente os aspectos social, emocional, físico e espiritual"; dirigindo a pessoa a amar profundamente Seu criador e entregar-se a vida a seu serviço e da comunidade. [4]


Cada curso oferecido é composto de perguntas e exigências práticas apresentadas nas reuniões por instrutores ou pessoas especializadas. Só após as pesquisas, apresentação dos trabalhos e exame final o desbravador é investido com a insígnia correspondente numa cerimônia especial. Há especialidades para todos os gostos. [5] A criança escolhe as que mais lhe interessam e se adaptam a suas aptidões. Em pouco tempo a faixa fica repleta de distintivos que "indicam, o que eu sei fazer o que conheço e posso ensinar aos outros." [6]


Benefícios


Elevam a auto-estima - Segundo NaneyVamPelt (em seu livro Filhos, Educando com Sucesso) "a especialidade é algo que a criança pode fazer bem e que servirá de compensação quando rejeitada pelo grupo" por mais que os pais a protejam! Para meninos ela recomenda "Carpintaria; aeromodelismo, tocar algum instrumento musical, fotografia" etc. e para meninas natação, costura, tecelagem, desenho, escrita etc. Essas especialidades vão contribuir "para formar sentimentos de auto aceitação", a despeito de suas dificuldades naturais (baixa- estatura, obesidade, etc.)


Na faixa etária do clube a criança já possui habilidades ou aptidões, ela conclui "que poderão ser a base para algumas especialidades... (que) podem mudar com a idade e o amadurecimento. Toda criança precisa ter alguma habilidade que lhe permita enfrentar os pontos ásperos" da vida. Quantos pais apoiariam mais os clubes se tão somente conhecessem esse conceito da psicologia moderna. Com 10 anos têm –se “disposição para todo (e) um gosto especial pela caça, pesca natação ... uniformes ... uma facilidade especial para aprender religião, leitura, cálculo, desenho, música, etc., e as coisas que esquecem no decorrer da vida". [7]


Completar uma especialidade é "algo interessante e divertido" enquanto proporciona a sensação de realização e orgulho próprio. (especialmente no momento da condecoração). Não resta dúvida que isso tudo eleva a auto-estima e previne traumas (futuros).


Vocação Profissional - A ansiedade porque passa o adolescente na escolha da profissão é amenizada ou anulada quando ele participa do clube. A especialidade proporciona o contato com várias profissões que poderão se tornar a sua.


Formação do caráter - Segundo o pastor Ivancy Araújo existe um propósito oculto nas especialidades. No processo de conhecer lugares, memorizar versos bíblicos, colecionar cactos ou orquídeas, varrer a casa e passar a roupa, visitar museus o caráter do jovem é formado e são corrigidos imperfeições. O Desbravadorismo "possui elevados padrões para ajudar e edificar um caráter para o reino do céu".[8]


O simples fato do juvenil aprender a costurar as insígnias na faixa em ordem (são agrupadas pela cor de fundo) imprimirá em sua conduta organização e operosidade. A finalidade desses estudos é "ajudar no desenvolvimento espiritual do caráter", o propósito final é ajudar a pessoa "crescer em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens" conforme o jovem Jesus (ver Lucas 2:52)


Serviço Missionário - A missão do clube é levar a mensagem do advento a todo o mundo em sua geração e salvar do pecado guiando no serviço. Para tanto há 16 especialidades missionárias além de muitas outras com tópicos evangélicos.


O juvenil é motivado a batizar-se e aprende como ganhar seus colegas e familiares para Cristo. Ellen White escreveu: "As próprias crianças devem ser ensinadas a fazer pequenas serviços de amor e misericórdia em favor dos menos afortunados ... Ensinem-lhe que é digno esforça-se para fazer algo que honre a Jesus e abençoe a humanidade. Mesmo na infância podem ser missionárias" [10]


Recreação Saudável - Hoje a TV, o vídeo game, o computador são o divertimento predileto. Isso é preocupante. Para Nancy Van Pelt "toda atividade que observa uma grande porção do tempo da criança exercerá uma influência poderosa em seu caráter. Como a criança em média assiste a umas três horas de televisão por dia isso a influencia grandemente. Muitos programas infantis têm um alto teor de violência , espiritismo e perversões sexuais".


A TV ensina "desonestidade, sexo ilícito, divórcio, delinqüência juvenil e homossexualismo". A TV é uma escola de violência. A violência apresentada passa a fazer parte da vida e comportamento das crianças. [11] Assistir em excesso pode comprometer o hábito da leitura. [12] Ela também "interrompe a comunicação familiar", gera insensibilidade ao sofrimento e "reduz a participação nos esportes. Esses fatores aliado a diversões como circo, cinema, jogos de azar comprometem a formação de "caráter simétrico ".


Quando bem aplicados as especialidades são o melhor concorrente dos modernos divertimentos. Ao invés de assistir TV até tarde, o juvenil irá produzir um vídeo para ver com a turma; no lugar de estragar a mesada no fliperama, ele colecionará cartões, conchas fósseis, selos. etc. Vai preferir contar uma história bíblica com fantoches no lugar de ir ver o circo.


Contato com a Natureza - Além dos 52 estudos da natureza, 52 ao ar livre (chamados hoje recreativas) dezenas de outras produzem um intercâmbio com a natureza - a casa do Desbravador. "Em si mesmos o encanto da Natureza desvia a alma do pecador e das atrações mundanas para a pureza para a paz e para Deus... (os) estudantes devem... ser postos em íntimo contato com a natureza... as faculdades mentais são fortalecidas desenvolvendo o caráter e toda a vida enobrecida."[13]


"Devemos no santo dia de descanso estudar as mensagens que Deus para nós escreveu na natureza. Devemos estudar as parábolas do Salvador onde ele as pronunciou, nos campos e sob o céu aberto entre a relva e flores. A medida que penetramos no seio da natureza Cristo nos torna real a sua presença e nos fala ao coração de sua paz e amor"[14] “habilitamo-nos... para compreender mais amplamente as lições da palavra de Deus" [15].


Conclusão - O estudo das especialidades é de um valor incalculável. Os benefícios não se resumiram ao comportamento exterior, afetam positivamente a formação do caráter. O mais impressionante é que os conhecimentos adquiridos tornam-se ações humanitárias. O desbravador sente um forte desejo de amar e auxiliar seu próximo.


Parafraseado Francisco Lemos poderia ser dito: Milhares de juvenis cresceram com ajuda das especialidades! Hoje são empresários, pastores, professores, médicos e gente espalhada no mundo todo anunciando com a sua vida que Jesus em breve vai voltar. A faixa de especialidade, as insígnias alcançadas, as investiduras são lembranças da esperança plantada no peito com amor brincadeira e muita felicidade.


Ribamar Diniz é Líder de Desbravadores




[1] Revista Adventista, fevereiro de 2005, pág. 2,23.

[2] Ver Revista Adventista novembro de 1996, pág. 23.

[3] Manual de especialidade pág. 07.

[4] Ver Manual de Especialidade pág.8.

[5] Remo Díaz, Na Trilha da Aventura, pág. 27.

[6] Ibid. pág. 26.

[7] Adeus a Infância - Emilio Athanásio, pág. 12,13.

[8] Manual do Clube de Desbravadores, pág.27- 30.

[10] Ellen White, Serviço Cristão, pág. 31.

[11] Nancy VamPelt Filhos, Educando com Sucesso, pág. 130, 131.

[12] Ver Rubens Lessa - Meditação Matinal 2000, pg. 109.

[13] Parábolas de Jesus págs., 27, 25.

[14] Educação pág. 120, Ibid.pág. 27.

[15] Ellen White, O Desejado de todas as Nações pág. 71.

O Feriado e a Imortalidade dos Finados


02 de novembro é considerado o dia de finados no Brasil. É bom termos um dia para lembrar nossos queridos que já faleceram e que nos fazem tanta falta. Nessa data, mais que em qualquer outra, as pessoas visitam os cemitérios e túmulos de familiares, amigos e até de estranhos. As sepulturas onde jazem os restos mortais de celebridades são os mais procurados.


Tive a oportunidade de visitar em 2008 o túmulo do cantor Leandro. Diferente de outros, o jazigo simples traz um violão feito com grama pingo de ouro. A mensagem é óbvia. Leandro realmente vivia para a música e alegrava milhares com suas canções.


Gostamos de visitar os túmulos dos entes queridos porque eles eram importantes para nós. Ali em frente a cova relembramos o que faziam de melhor e como alegravam a nossa existência. Alguns se arrependem por não terem demonstrado todo o carinho que o parente merecia. Por isso ou por várias outras razões as pessoas deixam flores, acendem velas, fazem orações e choram. Outros confessam erros do passado e pedem orientação para o futuro.


Mas, aqueles que já se foram estão conscientes da presença dos seus familiares? Podem sentir o sofrimento de seus queridos? Os astros populares podem ver a homenagem de seus antigos fãs? Os finados possuem imortalidade?


Embora exista uma diversidade de opiniões a respeito desse assunto, baseada nas mais variadas fontes ou experiências, gostaria de abordá-lo usando a autoridade das sagradas Escrituras. Parece ser nela que um grande número de pessoas (especialmente os católicos) se baseia para manter contato com os mortos que, segundo a igreja católica estão no céu, no purgatório ou no inferno. [1]


A morte realmente exerce um fascínio sobre o mundo. Todos querem desvendá-la. Multidões creem firmemente que o mundo do além pode colaborar com o nosso. O que acontece após a morte de uma pessoa? Ela segue (em outra esfera ou local) vivendo? Recebe poderes adicionais que não possuía na Terra? Para entendermos o que acontece na morte precisamos primeiro entender como se originou a vida. Para tanto, vamos ao relato bíblico da criação.


O livro de Gênesis, que relata as origens da terra, dos animais e dos seres humanos, explica que Deus "criou o homem a sua imagem, á imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" (capítulo 1:27). Ademais de informar que tanto homens quanto mulheres foram feitos à imagem do Criador, esse texto não explica muito sobre a origem da vida.


No capítulo dois de Genesis, Moisés expande o assunto, quando escreveu: "formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente." (2:7) Facilmente se pode concluir que o ser humano é formado por dois componentes muito distintos: o pó da terra e o fôlego de vida. A união dos dois formou "a alma vivente". Diferente da opinião popular uma alma não é a "parte espiritual e imortal do homem", nem é um "fantasma".[2].


Essa crença tão arraigada nas igrejas cristãs foi adotada do paganismo romano [3], que o adotou dos gregos. A crença "na imortalidade natural do homem e sua consciência na morte", lançou o fundamento para a Igreja católica "estabelecer a invocação dos santos e a adoração da virgem Maria" bem como a heresia do tormento eterno (inferno) e de um lugar de punição (purgatório), onde as almas não condenadas ao inferno podem ser admitidas no céu. [4]


A Bíblia deixa claro (I Tessalonicenses 5:23) que o ser humano, ou uma alma vivente é um ser completo (física, mental e espiritualmente). A morte é justamente o oposto da vida. Morremos quando o pó volta a terra, "como o era, e o espírito volta a Deus, que o deu." (Eclesiastes 12:7) Quando paramos de respirar e a centelha de vida volta para as mãos de quem nos deu, o nosso corpo se desintegra, entrando em decomposição. A Bíblia explica porque e quando isso começou acontecer.


Após brindar o homem com todas as dádivas necessárias para a vida, Deus lhe advertiu como permanecer sempre vivo (ou seja, imortal): "E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comeras; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás." (Genesis 2:16-17). Satanás empregando como intermediário a serpente [5] levou a mulher a crer que desobedecendo a Deus (comendo do fruto proibido) não morreria, mas teria uma experiência superior ("seria como Deus").


A mulher provou do fruto e deu-o ao esposo, lançando suas vidas e a de seus descendentes para sempre no domínio do pecado e da morte (Gênesis 3:1-6; Romanos 5:12). Agora, sem mais acesso a árvore da vida (que perpetuava a vida) Adão "tornou-se sujeito a morte. A imortalidade fora perdida pela transgressão. Não teria havido esperança para a raça decaída, não houvesse Deus, pelo sacrifício de Seu Filho, trazido novamente a imortalidade ao alcance. Ao passo que ‘a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram’, Cristo ‘trouxe a luz a vida e a mortalidade, mediante o evangelho. ’" [6].


A declaração de Satanás “‘É certo que não morrereis’ – foi o primeiro sermão pregado sobre a imortalidade da alma.” Essa afirmação ecoa dos púlpitos e é aceita pela humanidade como no princípio, enquanto a sentença: ‘A alma [ser humano] que pecar essa morrerá’ (Ezequiel 18:20) é interpretada como “não morrerá, antes viverá eternamente”.[7] Apesar de nenhum descendente de Adão ter participado da árvore da vida, Satanás ordenou aos seus anjos que ensinassem a humanidade "a crença na imortalidade natural do homem",[6]. Alejandro Bullón, em seu livro O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse esclarece que as aparições de fantasmas, óvnis, lobisomem, parentes mortos, e seres de outro mundo são uma maneira de Satanás manter seus enganos.


Embora não seja incorreto visitar e até decorar com flores os túmulos de parentes ou amigos (Ver Neemias 2:3; Mateus 28:1; Lucas 23:56) não devemos consultar "os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor" (Deuteronômio 18:11). A razão para tal advertência é muito simples: "os mortos não sabem de coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." (Eclesiastes 9:5-6).


Devemos durante o feriado, estar conscientes que os defuntos não possuem imortalidade. Apesar de terem sido muito importantes para nós eles já não vivem. Todos os que desceram a sepultura estão em um estado de completa inconsciência (Ver Salmo 146:4; Isaías 38:18,19; salmo 6:5). Portanto não devemos elevar preces em seu favor porque não nos podem mais ouvir. Não devemos acender velas porque já não podemos iluminá-los, pois a salvação só e possível em vida, quando nos entregamos a Deus e vivemos conforme sua Palavra (João 8:12; Atos 2:37-47).


O apóstolo Paulo tem uma mensagem para você que tem falecidos na família. Ele diz que não devemos ser "ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem... nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.” (I Tessalonicenses 4:13-18).


Embora não saibamos se nossos familiares estão salvos, devemos nós mesmos aceitar hoje a graça salvadora [8] de Cristo Jesus (Romanos 12:17,19) e acalentar o pensamento de abraçá-los na manhã da ressurreição, quando a morte será "tragada pela vitória" para sempre (I Coríntios 15:54; Apocalipse 21:4).


Ribamar Diniz

Assistente Geral do Centro de Estudo Ellen G. White – Bolívia


Referências:

[1] Catecismo da Igreja Católica, São Paulo: Edições Loyola, 2000, pág. 288-292.

[2] Silveira Bueno, Minidicionário da língua português.

[3] Ellen White, O Grande Conflito, Ed. Condensada, Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1996, pág. 32

[4] Ibid. pág. 38.

[5] Ibid. pág. 316.

[6] Ibid. pág. 317.

[7] Ibid. pág. 37-318.

[8] Revista Adventista, junho de 1999, Tatuí, são Paulo: Casa Publicadora Brasileira, pág. 34.

Os feitos de Jackson e as façanhas de Jesus



Uma comparação entre o rei do Pop e o Rei dos Reis


Logo depois de morte de Michel Jackson a internet publicou(http://www.http/www.reidopop.com) 51 razoes que fizeram dele o maior artista de todos os tempos. A seguir, faço uma comparação com os feitos de Jackson, talvez o maior cantor e dançarino da história com as façanhas de Jesus Cristo, o maior homem que já viveu.


Jackson começou a cantar e dançar aos 5 anos de idade, quando tinha 11 já era vocalista dos Jackson Five. Ao nascer,Jesus chamou a atenção dos magos que vieram do Oriente adorá-lo. Aos 12 anos, impressionou os doutores da lei pelas suas respostas e perguntas no templo (Lucas 2:46-47).


Em 1971, Jackson deixou a companhia dos irmãos e “partiu para um novo e árduo horizonte: a carreira solo”. Jesus, no ano 27 deixou a companhia da mãe e dos irmãos e foi ao rio Jordão, começando seu ministério após o batismo. (Mateus 13-17; Lucas 3:23).


O álbum "Offthe Wall" (1979), primeiro lançado por Jackson em idade adulta, causou furor entre o público e a mídia especializada. A transformação da água em vinho foi o primeiro milagre realizado por Jesus (João 2:6-10). Causou alegria aos convidados e “seus discípulos crerem nele” (Joao 2:10, 11)


O disco thriller de Jackson, foi o mais vendido da história com mais de 106 milhões de copias. A Bíblia Sagrada, o livro que narra à trajetória de Jesus, é o mais vendido e lido em todos os tempos.


Jackson deu fim à discriminação social na indústria fonográfica e quebrou “as barreiras entre negros e brancos, ao fazer rádios de rock tocarem suas músicas”. Jesus derrubou todos os muros de preconceitos contra mulheres, crianças, pobres, estrangeiros (Lucas 8: 1-3; 19:26-48; Mateus 9:9; 15:21-28), etc., valorizando cada pessoa e pregando sua mensagem nas sinagogas, no templo, nas praias, nos barcos e campos. (Lucas 4:44)


Jackson entrou oito vezes para o livro dos Recordes, enquanto Jesus é o assunto de milhares de livros que bateram recordes de venda.


Jackson realizou muitos trabalhos humanitários, doou fortunas a mais de 39 instituições de caridade. A gravação de "We Are The World" foi sua ideia em prol da campanha "USA for Africa". Reuniu mais de 44 celebridades, combatendo a fome na Etiópia. Jesus viveu para fazer o bem; percorreu “toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, y curando toda sorte de enfermidades e doenças entre o povo. E sua fama de difundiu por toda Síria, e lhe trouxeram todos os doentes, os afligidos por diversas enfermidades e tormentos, os endemonhados, lunáticos e paralíticos e ele curou a todos. E Lhe seguiu muita gente da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e do outro lado do Jordão. Alimentou multidões famintas através do seu poder de multiplicar Paes e peixes. (Mateus 4:23-25; 15:32-38)


Jackson influenciou artistas do hip hop em vários aspectos. Até hoje inspira novos artistas do pop. Jesus influenciou o comportamento de vários lideres espirituais como Gandhi e até hoje inspira muitos lideres. Ultimamente empresários e lideres de todo o mundo e profissionais do mundo dos negócios tem estudando suas lições.


Michael se definia como Peter Pan. Nas entrevistas, se comportava como uma criança. Jesus se autoproclamou o “Filho de Deus” e durante suas entrevistas provou isso através de vários milagres (João 9: 35-38; 11: 23-27).


Jackson lançou moda por sua maneira exótica de vestir-se o tempo todo. Jesus podia curar uma pessoa se ela tão somente tocasse em seu manto (Mateus 9:18-22). Sua veste foi disputada durante a sua crucifixão (Joao 19:22-24).


Jackson foi possivelmente o cantor que teve o maior numero de imitadores. Jesus disse que surgiriam “falsos cristos em vários lugares, para enganar se possível os escolhidos”’(Mateus 24:24).


Jackson consagrou o "Robot", estilo "mecanizado" de se movimentar; só ele conseguia realizar o "The Lean" (inclinação de 45º do corpo) e criou o "Moonwalk". Em outras palavras Jackson revolucionou a pop, revolucionou a blackmusic ao fundi-la com o rock ; Tornou-se uma figura dominante na música popular. Foi o primeiro cantor afro-americano a receber exibição constante na MTV; criou um estilo totalmente novo de dança, utilizando especialmente os pés. Se valeu do que já havia em sua época e revolucionou a música. Jesus, no sermão do monte e em outras ocasiões, deu uma nova amplitude aos ensinos religiosos existentes e trouxe novos ensinamentos. Ensinou as bem-aventuranças e o pai nosso; deu um novo significado aos antigos ensinos sobre diversos assuntos e introduziu o novo mandamento de amar uns aos outros. (Mateus 5-7).


Jackson recebeu inúmeros prêmios como o LegendAward (Japao); fez estrela na calçada da Fama, em Hollywood; entrou duas vezes ao Rock AndRoll Hall ofFame, ganhou seis Grammys com os Jacksons Five e 19 na carreira solo; possui o Oscar do filme "E o Vento Levou"; vendeu 750 milhões de cópias em 30 anos de carreira. Em apenas três anos e meio de atividades, Jesus não recebeu nenhum honra humana, mas através de Seu sacrifício, recebeu um nome que está acima de todo nome, porque em nenhum outro nome há salvação. Perante Ele se dobrará todo joelho, na terra e no céu. (Atos 4:12; Isaías 53).


Jackson foi garoto-propaganda da Pepsi, ganhando milhões de dólares. Jesus veio revelar o caráter do Pai e recebeu muitas críticas por isso (João 1:14,18;5:18).


Onde Jackson estava atrais uma multidão. Sua turnê "Bad World Tour" passou por 15 países e atraiu 4,4 milhões de pessoas aos estádios, número que só foi superado por ele mesmo, em 1992 e 1997. Era reconhecido como um artista que tratava seus faz com a máxima atenção. Jesus, era constantemente rodeado por grandes multidões que queriam ouvi-lo ou vê-lo. Ele tratava cada seguidor com muito carinho (Mateus 15:29-31).


Jackson tornou-se dependente de remédios ao longo da carreira, ao ponto de morrer por “uma intoxicação aguda causada por uma combinação explosiva de remédios” (VEJA, 02/09/09). Antes de morrer, ofereceram a Jesus vinho com fel, usado para diminuir os sofrimentos durante a crucifixão, mas ele não quis beber (Mateus 27:34). Por 17 anos, Jackson morou no rancho Neverland, buscando um pouco de privacidade, mas acabou chamando ainda mais atenção da imprensa. Durante os seus 30 primeiros anos, Jesus foi criado e morou na desconhecida aldeia de Nazaré, se preparando para sua grande missão que vinha pela frente. (Lucas 2:51).


Jackson narrou à história do filme "E.T., O Extraterrestre", de Esteven Spielberg. Jesus, narrou em parábolas muitas histórias relacionadas ao reino de Deus (Mateus 13:3). Segundo a revista "Rolling Stone", Jackson faturou durante sua carreira US$ 7 bilhões. Jesus, durante seu ministério, foi sustentando por muitas mulheres piedosas, e não tinha “onde reclinar a cabeça” (Mateus 8:12-22).


Jackson em seu 30 anos de carreira lançou 12 álbuns. Após seu desaparecimento, seu legado permanece vivo para as novas gerações. Jesus chamou 12 discípulos que o acompanharam em sua trajetória. Após sua partida, eles saíram e pregaram a sua mensagem a todo o mundo, começando em Jerusalém, em toda a Judéia, Samaria e até os confins do mundo. (Mateus 10: 1-4; Atos 1:8).


A morte de Jackson foi enigmática, teve repercussão imediata e foi inesperada. Seu velório foi assistido por 2 bilhões de pessoas pela TV. A morte de Jesus foi anunciada pela profecia (Daniel 9:26-27) e trouxe o única meio possível de salvação a humanidade (João 3:16). Seu sepultamento foi simples, porém nobre, em um novo sepulcro novo (João 19:40-41).O corpo de Jackson(que no princípio teve destino incerto), continua na tumba. O corpo de Jesus já não está na sepultura, pois ressuscitou ao terceiro dia (João 20:7-10).


Por sua carreira repleta de sucesso, por sua musica incomparável e desempenho estonteante, Jackson foi considerado pelos seus milhões de admiradores o rei do Pop. Jesus, por sua vida isenta de pecado, por sua vitória sobre a morte e as forças das trevas, é declarado pelo universo, pelos anjos, pelo Pai e até pelo inimigo como o santo de Deus, o rei dos reis e senhor dos senhores, que em breve voltará. (Apocalipse 19:11-19).


Ribamar Diniz

Assistente Geral do Centro de Estudo Ellen G. White – Bolívia

Encontros


A vida é cheia de encontros. Passamos a existência encontrando pessoas e sendo encontrados por elas. Algumas se tornam amigos, outros apenas conhecidos. Alguns, embora se encontrem conosco, tornam-se estranhos e há os que se convertem em nossos inimigos.É através dos relacionamentos que formamos nosso círculo de amizades, nossa família, e igualmente através deles são gerados os grupos sociais, as associações, as igrejas, os movimentos sindicais, políticos e tantos outros.


Mas, sem o primeiro “oi!”, “quem é você?”, “poderíamos sair?”, “que tal um sorvete?”, “você é daqui?”, “pessoal, vamos nos reunir!” dificilmente (digo assim até ver um exército de cegos, surdos e loucos), a sociedade seria tão dinâmica. Pode-se facilmente verificar que os encontros são definitivos para a formação e desenvolvimento das sociedades, sejam elas tribais ou supermodernas.


Viva os encontros!O mais necessário deles, todavia, é o encontro com Cristo. É Deus quem aproxima as pessoas e une os corações. Encontre-se com Deus. Ele já está lhe procurando faz muito tempo. Com Ele os demais encontros da vida terão um novo e vivo significado. Terão sabor e permanência.Todos que se deixaram encontrar por Cristo tiveram o curso de suas vidas transformado totalmente. Para melhor é claro!


Quando Pedro se deixou encontrar por Cristo, de um pescador comum, passou a ser “pescador de homens”;Maria, de uma jovem simples e pobre, tornou-se a mãe do Salvador do mundo;Saulo, de perseguidor da Igreja, tornou-se Paulo, seu maior missionário;Madalena, de mulher pecadora, aquela que estava sempre com o Senhor e primeira testemunha da ressurreição;João, de um jovem orgulhoso e explosivo, ao “discípulo amado”;Lázaro, de um defunto que cheirava mal, ao receptor do maior milagre da Bíblia;Nicodemos, de chefe fariseu preocupado com sua posição, aquele que ungiu o corpo do Mestre e financiou a missão da Igreja Primitiva.


Mais recentemente, José Wolf, ao encontrar-se com Cristo de judeu confuso tornou-se o “missionário universal”;Martinho Lutero, de um monge assustado e perdido, ao arauto da Reforma Protestante;Ellen Keller, de uma jovem cega, surda, muda e paralítica em uma grande escritora e conferencista;Spurgeon, de um desconhecido ao “Príncipe dos pregadores”;D. L. Moody de um menino que ouviu um apelo na igreja no homem “que mudou uma nação”;William Carey, de um admirador dos missionários ao “pai das missões mundiais”;John Andrews, de um jovem confuso com o desapontamento, a mente “mais capaz” da história adventista e seu primeiro missionário enviado à Europa;José Bates, de um marujo aposentado, a um dos fundadores do maior movimento religioso desde a Reforma (A Igreja Adventista do Sétimo Dia);Tiago White, de um jovem “manco”, de futuro incerto, aquele que dirigiu o adventismo em seus primeiros passos rumo a um futuro promissor;Ellen White, de uma jovem doente e sem estudos, a escritora mais traduzida da literatura.


E você? Não importa como esteja hoje, marque um encontro com Cristo e seu futuro também, como o deles, será brilhante.


Ribamar Diniz

Assistente Geral do Centro de Estudos Ellen G. White – Bolívia

A Chave no Bueiro e o Abismo do Pecado


À dois anos passei por uma situação inusitada. Fui de moto ao centro da cidade de Juazeiro do Norte receber uns exames de minha esposa que estava grávida. Ao sair do laboratório com o envelope na mão, montei na moto meio desajeitado. Peguei a chave com a mão trocada. Quando tentei destravar para dar a partida, senti uma voz me dizendo: “segure a chave direito para não ter problemas”. Foi dito e feito. O chaveiro caiu num bueiro de uns 60 centímetros de profundidade. Rapidamente um frio tomou conta do meu estômago, pois a moto era emprestada. O dono havia avisado que eu tivesse cuidado pra não perder a chave. Instantaneamente meu cérebro enviou essa mensagem ao estômago que “congelou”. Pensei na hora, “puxa o que ele vai dizer? Como vou voltar pra casa?”


Olhei para dentro do bueiro escuro e vi o chaveiro. Tentei enfiar o braço na abertura mas o espaço era pequeno. Forcei a mão e ela só entrou até o punho, mais ou menos. Parei de forçar, pois imaginei que se passasse talvez não quisesse voltar.


Pensei no que fazer para resolver o problema. Olhei para os dois lados da rua buscando uma solução. Pensei chamar um menino, pois seu braço, mais fino que o meu, poderia alcançar a chave. Não havia nenhum na rua.


Vi um senhor num carrinho de doces conversando com uma senhora. Aproximei-me rapidamente e perguntei-lhe se tinha um arame, explicando a situação, pedindo urgência, pois temia que houvesse uma enxurrada de águas no esgoto, arrastando a chave. Ele prontamente me atendeu, dizendo que tinha algo melhor, um imã. Começou a buscá-lo, enquanto eu pedia pressa. Eu fiquei esperando por uns dois ou três minutos, enquanto o velhinho desenrolava vários sacos de plástico, um dentro do outro. Finalmente, no último saco estava o imã. Perguntei: “agora só falta o arame.” Ele disse: “não se preocupe já tá com o arame.” Começou a desenrolar e corremos até o bueiro. Ele deixou o seu comércio e foi resgatar minha chave, com uma calma incrível. Abaixou-se, apesar da idade, olhou bem onde ela estava e desceu o arame. Colando a chave ao imã, içou para minha alegria. De posse dela, agradeci ao homem, pedindo que Deus o recompensasse. Ele me disse: “não se preocupe”. E voltou para o carrinho.


Quando eu ia saindo, ele gritou: Vêm cá lavar a chave e a mão. Eu havia me sujado na inútil tentativa de resgatar a chave. Voltei, lavei–me e me despedi uma vez mais. Pensei em comprar alguns bombons como agradecimento, mas desisti, pensando que ele interpretaria como sendo um pagamento. Geralmente quando somos alvo de um favor imerecido tentamos a todo custo pagá-lo, pois fica um sentimento de dívida.


Depois refleti sobre o significado desse episódio. Como existem pessoas dispostas a ajudar-nos. Você talvez já tenha sido alvo da bondade altruísta de alguém hoje. Certamente teremos a oportunidade de retribuir em algum momento da vida, fazendo o mesmo por alguém. Refletindo um pouco mais, associei a cena do meu desespero, a boa vontade do velhinho e o resgate da chave ao plano da salvação.


Note bem. O ser humano pecou porque deixou de ouvir a voz de Deus, preferindo fazer as coisas como gostava. Algo trágico aconteceu. Caiu no bueiro do pecado. Inutilmente tentou com todas as forças e técnicas sair do buraco escuro e frio, sem qualquer sucesso. Em vão as pessoas tentam resolver o problema do pecado com sua própria força. Alguns esperam receber o prêmio de uma consciência tranqüila com base na obediência, mas isso nunca será possível. Desesperado buscamos solução em todas as partes, sem encontrar saída. Quando pensamos que já não há jeito, somos atraídos a Cristo.


Quando conhecemos o plano da redenção, ficamos impressionados com o amor de Jesus pela humanidade. Ele vivia no céu, rodeado de anjos que o adoravam. Comungava junto com o Pai e o Espírito Santo desde a eternidade. Sua obra era a criação de mundos incontáveis e a supervisão dos mesmos, fazendo com que suas leis seguissem a ordem inalterável para a felicidade de todas as suas criaturas. Apesar de tudo isso, Cristo deixou o conforto do céu para viver na terra. Ele baixou do céu a terra para resgatar o homem.


“Por nós mesmos, é impossível escapar do abismo do pecado em que estamos afundados. Nosso coração é mau e não podemos mudá-lo... A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço humano, todas essas coisas têm sua importância, mas nesse caso não têm poder para mudar a situação. Podem até produzir um comportamento aparentemente correto, mas não transformar o coração nem purificar as fontes da vida. É preciso que haja um poder que opere no interior, uma vida nova vinda de cima, para que o homem passe do estado pecaminoso para a santidade. Esse poder é Cristo. Somente sua graça poderá vitalizar as inertes faculdades espirituais e atrair a pessoa para Deus, para a santidade.” (Ellen White, Esperança para viver, pp. 15-16)


Quando Cristo se aproxima de nós, vê de perto nossa situação. Conhece nosso interior. Sabe que estamos atolados e submersos no pecado. Não nos censura. Apenas nos olha com um amor incompreensível. O mesmo olhar que converteu Pedro converte-nos também. Então nos atrai com a força de um imã, e nos resgata. Exatamente antes da enxurrada do mal destruir-nos. O salmo 40 diz: “Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos.” (versos 1,2) Depois que somos resgatados do fundo do poço, não existe outra atitude senão exclamarmos como Davi: “Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas suplicas.” (Salmo 116:1)


Ribamar Diniz

Assistente Geral do Centro de Estudo Ellen G. White – Bolívia

Porque os Livros de Ellen White são Atualizados?


O livro Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas foi publicado pela vez em 1937, vendendo em suas várias edições mais de 50.000,00 de exemplares, sendo traduzido para quase todos os idiomas. Entretanto porque foi revisado e atualizado?


“... porque revisar um livro que se mostrou e continua a se mostrar vigoroso e de apelo universal? Por que tocar um êxito inegável?


“Para respondermos a esta pergunta, precisamos antes assinalar que o próprio Dale Carnegie era um incansável revisar de sua obra. (...) Estivesse ainda vivo, sem dúvida ele mesmo teria revisado como fazer amigos e influenciar pessoas, com o fito de melhor refletir as mudanças que o mundo vem sofrendo desde a década de 30.


“Muitos dos nomes de personalidades que aqui aparecem, deveras conhecidos à época da primeira publicação, dificilmente seriam reconhecidos pelo leitor de hoje. Certos exemplos e frases soam graciosamente antiquados e marcados pelo nosso clima social, assim como os de romance vitoriano. E só nesse aspecto parecia enfraquecida a importante mensagem e o impacto total do livro.


“Nosso propósito, pois, em fazer essa revisão, foi aclarar e fortalecer o livro, objetivando o leitor moderno, mas sem, evidentemente, alterar o contexto. Não ‘mudamos’ nada em Como fazer amigos e influenciar pessoas, simplesmente, aqui e ali, suprimimos e acrescentamos alguns exemplos contemporâneos. O estilo leve e ágil de Carnegie permance intacto – até mesmo certas gírias dos anos 30 continuam.”(Dale Carnegie, Como fazer amigos e infuenciar pessoas, contracapa, 45 ed. São Paulo:Editora Nacional, 1995).


De igual modo os livros de Ellen White, desde suas primeiras publicações na década de 50 do século 18 já alcançaram milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Somente o clássico Caminho a Cristo foi traduzido para mais de uma centena línguas, levando conforto espiritual a milhões de pessoas. Porque então são necessários revisões e textos atualizados desses inspirados livros?


Pelo seu cuidado com os manuscritos e constantes revisões e correções (Ellen White tinhas vários secretários e ajudantes literários) a própria autora era uma incansável revisora de sua obra. Estivesse ainda viva, sem dúvida ela mesma teria revisado seus livros como fazia em vida com o fim de melhor refletir as mudanças que o mundo vem sofrendo desde o século 18. Muitas expressões que aparecem em suas obras, deveras conhecidos à época das primeiras publicações, dificilmente seriam reconhecidas pelo leitor de hoje.


Certas colocações e frases soam fora de moda e distante das regras gramaticais de nossos dias. Outras sentenças poderiam ser mal-interpretadas como termos exclusivistas (como o uso que Ellen White fazia da palavra homem em vez de humanidade). E só nesse aspecto parecia enfraquecida a importante mensagem e o impacto total de seus livros.


O propósito dos tradutores e revisores, pois, em fazer as pequenas revisões é aclarar e fortalecer o livro, objetivando o leitor moderno, mas sem, evidentemente, alterar o contexto. Não é ‘mudado’ nada nos livros de Ellen White, simplesmente, aqui e ali, são suprimidas repetições desnecessárias e acrescentados algumas palavras atuais. O estilo leve e ágil de White permanece intacto – até mesmo em certas expressões de seu tempo (por exemplo "homens de um minuto").


Ribamar Diniz Assistente Geral do Centro de Estudo Ellen G. White – Bolívia

As Agulhas do Fanatismo


As principais características dos fanáticos e como ajudá-los Entre as notícias mais chocantes de 2009uma esteve relacionada a um garoto vítima de um crime raro. Seu padrasto confessou ter inserido várias agulhas em seu corpo. O mais impressionante é que tudo aconteceu num “ritual de magia negra”. Como algumas agulhas estavam localizadas próximas a órgãos vitais o garoto precisou fazer cirurgias para retirá-las. As agulhas podem ser meios para os cirurgiões curar, mas também podem ser instrumentos nas mãos de fanáticos para ferir crianças inocentes. As agulhas do fanatismo causaram muita dor no menino. O macabro de tudo é que alguns de nós podemos estar usando agulhas de extremismo e ferindo muitos inocentes.


Podemos constatar que cada atividade humana tem um componente intruso e perigoso que anula, distorce ou diminui sua filosofia original. Assim, os benefícios da realização plena da atividade são seriamente comprometidos. A corrupção parece ser o componente mais prejudicial no desempenho da política; o doping é o fantasma do esporte; no caso da literatura é o plágio; a pornografia prejudica o cinema; a parcialidade a imprensa; a desonestidade a ciência; a violência a família e a falta de ética a filosofia. Sem dúvida nenhuma o fanatismo é o componente mais perigoso e letal da religião. É o que mais distorce sua mensagem original e aliena seus adeptos.Segundo o Minidicionário Silveira Bueno, Fanatismo é o “excessivo zelo religioso”, a “adesão cega a uma doutrina”. Um fanático é alguém que “se dedica exageradamente a alguém ou alguma coisa.” O fanatismo nos torna cegos e capazes de agir de maneira inimaginável.


Os cristãos não estão livres de cometerem atos questionáveis ou até criminosos por causa de fanatismo. Segundo Jonas Arraes, em seu livro Uma igreja positiva em um mundo negativo, o fanatismo “tem retardado a proclamação do evangelho, provocado desunião entre os cristãos e desvirtuado a imagem do cristianismo perante o mundo”.No contexto adventista o fanático prejudica pessoas próximas a si, além de influenciar negativamente os outros, gerando os chamados movimentos dissidentes. Os fanáticos possuem certas características peculiares e podem ser ajudados.

Principais características dos fanáticos


1. Os fanáticos são movidos por motivos geralmente ignorados ou ocultados por eles mesmos.

O doutor Alberto R. Timm, apresenta tanto as causas como as possíveis soluções para a dissidência adventista[1]:


A - Conhecimento superficial da verdade – o conhecimento superficial da verdade é de pouca duração (Mt 13:20,21); “a sacudidura sobrevirá pela “introdução de falsas teorias” e Satanás é diligente estudante da Bíblia e levará a apostasia os estudantes superficiais da Palavra. É impossível minimizar-nos os níveis de apostasia sem que voltemos a enfatizar os grandes pilares doutrinários da nossa fé.


B - Conhecimento não santificado da verdade – Uma característica de muitos adventistas é o conhecimento teórico da verdade, destituído de sua influência santificadora (Ver Apoc. 3:14-22); só estaremos seguros se permitirmos, com humildade, que nossa vida seja santificada pela verdade como ela é em Cristo e em Sua Palavra (João 14:6;17:17)


C - Crises de relacionamento interpessoal – “O rompimento de relacionamentos em nível matrimonial, familiar, social, etc., pode acabar polarizando negativamente a atitude religiosa da pessoa.” “Muitas das crises internas levantadas contra a mensagem adventista não são de origem doutrinária, mas apenas o brado de desespero de um coração dilacerado pelo rompimento de relacionamentos afetivos.” D - Crises de identidade e de autoridade – “Pessoas que já ocuparam funções importantes” na igreja, das quais foram destituídas contra sua própria vontade, e indivíduos que gostariam de exercer certos cargos, para os quais não recebem a oportunidade, são passíveis de desenvolver um espírito crítico e generalizador. Promovendo uma nova luz, eles encontram uma forma de autoafirmação e de auto reconhecimento.


2. Geralmente os fanáticos revelam certa incapacidade de manter um senso de proporção em suas crenças e práticas


“Quando são impressionados com alguma mensagem, sua mente logo é dominada por aquele tema. Falam o tempo todo sobre o assunto. Resumem a vida cristã aquele ponto abordado. Perdem também a visão espiritual e o senso de proporção.” O pior é que às vezes pode ser um ponto insignificante, obscurecendo as coisas importantes da fé.


3. Os fanáticos tentam fazer com que todos na igreja concordem com seus pontos de vista.

É natural que façam isso, pois creem que seu ponto de vista é de tremenda importância. O problema não é tanto o fervor, mas os motivos que instigam esse fervor.


4. Os fanáticos quase sempre condenam os que se recusam a aceitar sua linha de pensamento. Quando o fervor se deteriora a ponto de gerar intolerância, os efeitos mais perigosos do fanatismo são evidenciados. Na maior dos casos, os fanáticos são incapazes de ver que aqueles que se recusam a concordar com eles o fazem com base no senso comum e com honestidade intelectual e espiritual.


5. Em geral, quando outros membros da igreja se recusam a aceitar os pontos de vista dos fanáticos, estes passam a criticar a igreja e todo o movimento adventista.

Segundo outro estudioso “um ponto em comum na vida de todo aquele que entra em crise com a Igreja é que ele não se sente mais parte da mesma... Quando existe um problema no corpo, nenhuma parte tenta separar-se dele, mas antes todas cooperam para solucionar o problema. Nenhum órgão do corpo tenta viver fora dele, pois isto consequentemente o levaria à morte.” Quando se desenvolve essa disposição crítica, os fanáticos sentem que a igreja se encontra tão distante do caminho certo, que eles devem se retirar dela. Mas, enquanto não saem, eles empregam sua danosa habilidade para tirar outros membros da igreja.


6. Apesar de seu fervor e zelo, os fanáticos raramente realizam qualquer grande bem.

Quando os efeitos são examinados ao longo do tempo, percebe-se que os fanáticos são aqueles que deixaram pouco ou nenhum resultado construtivo, sobrando apenas o espírito de divisão, crítica, dúvida e descrença na igreja.


7. A maioria dos fanáticos parece contaminar-se com a justificação pelas obras.

É muito fácil pensar que, seguindo determinado programa ou realizando certas coisas, iremos nos tornar santos e justos à vista de Deus. Embora a obediência às leis de saúde esteja relacionada à boa experiência religiosa, não podemos assegurar santidade por aquilo que comemos ou deixarmos de comer. A linguagem do dissidente geralmente engloba frases como “temos que estar puros diante de Deus”. Temos que cumprir “toda a lei”. Temos que viver de acordo com todos os princípios. Embora devamos viver de acordo com as orientações divinas, as boas obras não podem salvar (Gálatas 2:16).


8. Geralmente os fanáticos e radicais são distinguidos por seu orgulho espiritual

O orgulho pode vir disfarçado de fervor a Deus. Quando seres finitos, começam a julgar todos os irmãos da igreja que discordam de suas opiniões nada mais revelam do que orgulho espiritual.


9.Geralmente os fanáticos usam o Espírito de Profecia para provar seus pontos de vista.

A maioria das pessoas que se levantam contra a igreja se vale dos escritos de Ellen White para criticar a mesma. Esquecem-se da seguinte recomendação: “Os testemunhos da Irmã White não devem ser apresentados em primeira linha. A Palavra de Deus é a norma infalível. Os testemunhos não hão de ocupar o lugar da Palavra. Provem todos sua posição por meio das Escrituras, e provem pela Palavra de Deus revelada todo ponto que sustentam como verdade.”[3]Um estudo equilibrado do Espírito de Profecia nos ajuda a entender a Bíblia e traz apoio a Igreja Remanescente, pois esta luz menor nos guia a maior.


Como ajudar os fanáticos ou dissidentes


1. Previna o fanatismo na igreja com um estilo equilibrado no ensino e no estilo de vida da irmandade.

Sempre que houver oportunidade a igreja deve ser orientada com palestras sobre o estilo de vida cristã e sobre como interpretar a Bíblia e os escritos de Ellen White (já que a maior parte dos casos começa com problemas de má interpretação). Quando acontece um caso isolado de má interpretação a igreja não deve tomar atitudes precipitadas, mas buscar as pessoas envolvidas em particular e seguir as regras de Mateus 18, solucionando rapidamente o problema. Isso evita o desgaste com uma exposição pública do assunto, além de salvaguardar o bom nome dos irmãos.


2. Evite termos pejorativos ou outros constrangimentos que agravem a situação quando o fanatismo já está instalado.

Uma vez eu precisei conversar com dois irmãos que tinham dúvidas sobre a Trindade. Alguns dias depois encontrei duas irmãs que me perguntaram: “Irmão, como foi com os dois hereges?” Sorri e disse: “Não houve nada irmã, eram apenas dois irmãos que queriam conhecer um pouco melhor o assunto.” Evite o uso de termos preconceituosos [4], lembrando que os dissidentes são nossos irmãos e precisam de consideração.


3. Não ignora ou subestime o fanatismo, mas trate-o de imediato.

A. Comunique o caso ao pastor distrital ou ancião local (somente quando se torna público o assunto).


B. Visite junto com os líderes a/s pessoa/as evolvidas seguindo a norma de discrição de Mateus 18.


C. Se as dúvidas não forem solucionadas oriente as pessoas a manterem seus pontos de vista contrários à igreja de forma particular. D. Se houver resistência e promoção das idéias contrárias a visão bíblica promovida pela igreja siga as orientações do Manual da Igreja sobre disciplina para pessoas envolvidas em “movimentos dissidentes”.


4. Promova seminários sobre doutrinas bíblicas para igreja está preparada para não se envolver com o fanatismo ou falsos ensinos.

Dizem que a vacina é a melhor maneira de evitar certos tipos de doença. O ensino na igreja também pode ser considerado a melhor forma de evitar problemas futuros. Isso ajudará especialmente os novos conversos [5] a não se tornarem vítimas do fanatismo.

Referências:

1. Alberto R. Timm, Revista Adventista(Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1990), unho de 1990, 9-10.

2. Os itens 2 a 8 foram resumidos de Jonas Arraes, Uma igreja positiva em um mundo negativo: como desenvolver e aperfeiçoar a liderança em cada experiência de sua igreja, (Silver Spring, Maryland: publicado por Ministerial AssociationResource Center General ConferenceofSeventh-dayAdventists, 2008), 91.

3. Elena G. de White, Carta 12, 1890, Evangelismo(Buenos Aires, Argentina: Asociación Casa Editora Sudamericana, 1975), 190.Veja também as páginas 262-269.

4. “Se um irmão diverge de você em alguns pontos da verdade, não o exponha ao ridículo, não considere sua luz como sendo falsa, ou dê um sentido falso a suas palavras, ridicularizando-o; não interprete mal suas palavras ou tire-as de seu sentido verdadeiro. Essa não é uma forma conscienciosa de discussão. Não o apresente como sendo herege diante dos outros, quando ainda não estudou com ele suas posições, tomando a Bíblia verso por versono espírito de Cristo para mostrar-lhe a verdade. Você não conhece a evidência que ele têm para sua fé e assim não pode definir claramente sua posição. Pegue a Bíblia e com espírito amável avalie cada argumento que for apresentado e então mostre-lhe pelas Escrituras se estiver errado. Quando agira assim, sem sentimentos rudes, estará apenas cumprindo seu dever e o dever de todo ministro de Cristo.” (Cartaz 21, 1888), citado em O outro poder: conselhos aos escritores e editores.Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2010, 34. 5. Veja como ajudar os novos conversos a não se envolverem com fanatismo em White, El evangelismo, 262-269. Ribamar Diniz

Assistente Geral do Centro de Estudos Ellen G. White - Bolívia

Árvore de Natal na Igreja


Embora nao estejamos em época de Natal, essas duas citaçoes de Ellen sao oportunas para a Igreja preparar-se para essa fase que se repete cada ano.


“Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore.


"A árvore pode ser tão alta e seus ramos tão vastos quanto o requeiram a ocasião; mas os seus galhos estejam carregados com o fruto de ouro e prata de vossa beneficência, e apresentai isto a Deus como vosso presente de Natal. Sejam vossas doações santificadas pela oração”.


Ellen G. White, Reviewand Herald, 11 de dezembro de 1879.

Acampamento de Feitiços


No ano passado a Rede Globo, seguindo sua tradição em promover o espiritismo, veiculou uma micro série intitulada Acampamento de Férias. Renato Aragão estrelou os cinco capítulos que, a meu ver, nada têm haver com um acampamento de férias. Pelo seu conteúdo, a série deveria ser chamada Acampamento de Feitiços. As duas palavras – férias e feitiços, embora comecem com a mesma letra, têm significados bem diferentes. Segundo o Dicionário férias é a “folga”, “descanso” ou período (geralmente um mês) em que “se suspendem as atividades escolares ou profissionais”. (Silveira Bueno, Minidicionário da Língua Portuguesa). Já feitiço é a “mandinga, encantamento, bruxaria”. Feiticismo é a “crença nos poderes dos amuletos e estatuetas, ídolos etc.”. As férias podem ser tiradas por qualquer um, já os feitiços são realizados por um mago ou bruxo.


A mini-série que "tem um pé na aventura e outro na fantasia" (http://www.oglobo.globo.com/) apresentou todo tipo de feitiços: palavras mágicas, água da fonte da juventude, amuletos, varinhas mágicas, maldições, tendo Renato Aragão como seu mago. O público alvo são crianças e adolescentes que, infelizmente se encantam pela graça do Didi e não têm condições de julgar as mensagens espíritas contidas em cada capítulo. “No sentido mais básico, magia é uma tentativa de controlar ou coagir as forças naturais ou sobrenaturais para cumprir os mandos do homem (foi o que se viu na série global). Desconhecendo as causas naturais de muitos acontecimentos cotidianos, as pessoas nas primitivas sociedades criam que a repetição de certas palavras mágicas ou encantamentos, ou a realização de algum ritual, poderiam produzir certos efeitos desejados”. (O homem em busca de Deus, São Paulo: Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1990, 77-78).


A Bíblia diz que os últimos dias da história terrestre veriam um aumento significativo nas práticas relacionadas á feitiçaria (Veja II Tessalonicenses 2:9; Apocalipse 13:13,14; 17:23). Essas atividades seriam uma maneira de Satanás confundir as pessoas e afastá-las das verdades bíblicas que oferecem salvação (II Timóteo 3:13-17). A obra mestra de Satanás “será alcançada no fim dos últimos tempos. Diz o profeta: ‘Vi três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande dia do Deus todo-poderoso.” (Apocalipse 16:13 e 14) – (Ellen White, O Grande Conflito, ed. Condensada, Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1996, 331.)


Os feitiços são apenas um componente ou teia da imensa rede que representa o espiritismo moderno. O Espiritismo - “doutrina fundada na crença da existência de comunicações, por intermédio da mediunidade, entre vivos e mortos, entre os espíritos encarnados e os desencarnados” (Silveira Bueno, Minidicionário da Língua Portuguesa)- é condenado pela Bíblia Sagrada em vários trechos. Moisés alertou veementemente contra todas as práticas ligadas ao ocultismo e a feitiçaria (Deuteronômio 18:10-12); Isaías ensinou a não consultarmos adivinhos ou necromantes (8:19 e 20); Jesus atribuiu a Satanás o poder das trevas e os enganos (Mateus 3:3-11; 8:28-32); Paulo diz que a feitiçaria está entre os frutos da carne (Gálatas 5:20) e o apóstolo João advertiu que os feiticeiros não terão lugar no reino do céu (Apocalipse 22:15).


Embora Ellen White esteja se referindo a um contato mais profundo com o Espiritismo, creio que seu alerta deve ser escutado pelos curiosos do acampamento de feitiços: “Poucos há que tenham uma justa concepção do poder enganador do espiritismo. Muitos se intrometem com ele simplesmente para satisfazer a curiosidade. Encher-se-iam de horror ao pensamento de se entregarem ao domínio dos espíritos. Aventuram-se, porém, a entrar em terreno proibido, e o destruidor exerce todo seu poder sobre eles, contra a sua vontade. Uma vez induzidos a submeter sua mente à direção dele, segurá-los-á em cativeiro. Nada, a não ser o poder de Deus, concedido a fervorosa oração, poderá livrar essas almas.” (O Grande Conflito, Ed. Condensada, 330).


Ribamar Diniz

Assitente Geral do Centro de Estudos Ellen G. White - Bolívia

A chegada do Dia Eterno


A chegada da noite trás consigo a escuridão; a escuridão trás tristeza, medo, solidão, vazio... É a noite que alguns sentimentos, desejos e necessidades se intensificam, é nas trevas que a violência e a opressão se fortalecem e o fraco se sente mais assustado e inseguro.

É noite no planeta terra, e todos esses sentimentos de desolação e insegurança tomam conta da mente humana. Não é a toa que vivemos com medo, pois isso tudo é mais do que um sentimento, é uma realidade vista em todos os noticiários; é uma realidade presenciada em todas as partes e vivida por milhares de pessoas a todos os momentos no mundo.

A Bíblia diz: “Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos” (Isaias 60:02). As trevas do pecado que trazem consigo a violência, a maldade e a morte. É o pecado a causa dos traumas e sofrimentos do homem, e enquanto existir pecado, ou seja, enquanto a noite não terminar nós não conseguiremos ter paz e felicidade plena, mas não precisamos ficar desesperados pois temos uma promessa de esperança, que diz: “Mas para vós outros que temeis o Meu nome nascerá o Sol da justiça, trazendo salvação em suas asas.”(Malaquias 4:2)

Logo, logo Jesus voltará e nascerá o dia eterno e aí estaremos livres para sempre de todo sofrimento e dor produzido pelas trevas do pecado. “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto nem pranto, nem dor.” (Apocalipse 21:4). Viveremos a realidade de um mundo sem maldade, onde todos os nossos sonhos e desejos se realizarão segundo a vontade de Deus. “Alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.” (Isaias 35:10)

Ah! Quanto almejo o raiar deste dia. Eu espero com muita ansiedade o momento em que poderei ver face a face meu Salvador e estar na sua presença, com as pessoas que eu mais amo para todo o sempre. Viva você também esta esperança, e se prepare para o retorno do Rei Jesus.


Ancelmo Luna

Obreiro bíblico no distrito de Juazeiro do Norte, CE.

Xena, a Princesa Lésbica


A programação da tarde na TV brasileira tem como audiência principal as donas de casa e as crianças. O conteúdo dos programas é péssimo, recheado com novelas e seriados baratos.


Uma dessas tardes eu estava sem fazer nada. E, como acontece quando estamos sem fazer nada, liguei a TV. Estava passando o seriado Shena, uma versão feminina de Conam. O episódio me surpreendeu. A história se passava na Roma antiga. As personagens principais eram Xena e sua amiga, Gabrielle. Até aí tudo bem, se o comportamento das amigas não fosse no mínimo estranho.


Numa das cenas Xena, que era mulher de Júlio César, passeia pela varando do Palácio e vê em outra casa Gabrielle, que é uma dramaturga. Uma bruxa diz a Xena, “Julio César daria tudo por um olhar desses”. Na hora me assustei e entendi o enredo do restante do episódio. Lesbianismo puro. Durante os encontros das duas personagens (foram vários) Xena faz de tudo para livrar Gabrielle das mãos de César, inclusive é crucificada no final como Jesus. Gabriele retribui quebrando o feitiço e levando as amigas de volta para seu tempo, onde terminam a aventura juntas cavalgando.


Durante uma das tomadas, Xena e Gabriella dizem que se amam, que são a coisa mais importante uma para a outra. Pegam na mão e trocam leves carícias. Basta. Creio que você já entendeu tudo. Esse não é o tipo de programa recomendado para seus filhos. Nem para sua esposa. Xena não é a princesa guerreira, mas a princesa lésbica. Sempre desconfiei do porte musculoso e jeitão masculino de Shena.


É duro perceber que o homossexualismo não encontra barreiras em nossos dias. Embora seja um dever cristão respeitar todas as pessoas, é difícil deixar de criticar essa postura. A Bíblia não apóia o lesbianismo (homossexualismo feminino), apesar de deixar claro que qualquer um pode se arrepender de quaisquer atos pecaminosos (Efésios 2:1-3; 4:18-20, 22, 24).


“Por causa disso Deus os entregou as paixões infames; porque as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário a natureza” (Romanos 1:26)


O homossexualismo (tanto masculino quanto feminino) nunca foi tão difundido como hoje. O fato se deve a uma crescente militância dos gays em busca de espaço em todos os setores da sociedade. Pouco a pouco eles conseguiram leis favoráveis a sua prática, representantes na política, uma enorme avalanche de exposição na mídia, filmes, novelas e seriados (como Xena) que incentivam o homossexualismo. Até deixar de ser adepto é discriminado como mostrou há uns meses atrás a revista Veja. Uma psicóloga foi duramente criticada por tratar e ajudar pessoas insatisfeitas com o homossexualismo que espontaneamente a buscavam. Uma das maiores conquistas dos homossexuais foi o uso da nomenclatura homossexualidade, que é considerada uma manifestação normal da sexualidade humana, além do casamento homossexual.


Atualmente “a união civil de casais homossexuais é legalmente reconhecida na Argentina, Dinamarca, Alemanha, França e Portugal”, [1] introduzindo pouco a pouco a conduta como parte da cultura. Uma recente para gay no Brasil reuniu 2,5 milhões de pessoas e até nos círculos cristãos existem vozes defendendo o homossexualismo. [2]


O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de Roma, local famoso pelos desvios morais de seus cidadãos, inclusive os mais ilustres (como Platão e outros filósofos que eram adeptos da pederastia): “Semelhantemente os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos, a merecida punição do seu erro.” (Romanos 1:27). Essa advertência foi antecipada por Moisés quando disse que “com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.” (Levítico 18:22). Essa afirmação parte do pressuposto de que no princípio “criou Deus, pois o homem à sua imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra...” (Gênesis 1:27-28) Note que Deus não estabeleceu outro gênero senão homem e mulher (macho e fêmea em outras versões). E a união que abençoou foi a desse primeiro par confirmada por Jesus Cristo no novo testamento como vitalícia.


Essa proliferação do que a Bíblia chama de “torpeza” é um sinal claro de decadência moral, que prenuncia a volta iminente de Cristo. Ele mesmo foi quem disse: “O mesmo aconteceu nos dias de Ló... Assim será no dia em que o Filho do homem se manifestar.” Nos dias de Ló Deus resolveu destruir as cidades de Somoma e Gomorra por sua impiedade. Entretanto encontrou Ló justo diante daquela geração perversa. Dois anjos foram enviados para livrarem a família desse patriarca. Mas, quando chegaram os homens (tanto velhos quanto jovens) daquela cidade cercaram a casa de Ló, à noite, quiseram abusar dos mensageiros do céu.


O fato de Ló ter oferecido suas filhas virgens aos homens deixa claro que o interesse deles era ter relações sexuais com os anjos. O resultado foi à destruição da cidade com fogo e enxofre da parte de Deus (Gênesis 19:1-38).


À medida que virmos o aumento do homossexualismo devemos tomar consciência de que mais perto está o Senhor, e agilizarmos nosso preparo para o encontro com Deus.

Ribamar Diniz

Assistente Geral do Centro de Estudo Ellen G. White – Bolívia


Referências:


1. Alejandro Bullón, Sinais de esperança (Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2008), 66.

2. Idem.