quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Cochabamba com Esperança

Entrega de livros
No último dia 24 de agosto Cochabamba se tornou uma cidade com esperança. A metrópole boliviana de mais de um milhão de habitantes recebeu, em um só dia, 400 mil livros A grande Esperança e 400 mil folders contra a violência as crianças, as mulheres e aos anciãos. O projeto Quebrando o silêncio: Cochabamba com esperança foi muito bem recebido pela comunidade, que agradeceu o material e elogiou a inciativa.

Para causar um impacto na sociedade, a Missão Boliviana Central coordenou, na semana prévia a distribuição do livro missionário diversas atividades como visita aos meios de comunicação e as autoridades municipais, além da doação de sangue, higiene bocal e feira vegetariana, limpeza de praças, entre outros.

Passeata
No dia 24 todas as igrejas estavam preparadas e seus membros uniformizados com a camisa do projeto. Com mapas em mãos, os grupos saíram e em poucas horas, inundaram a cidade com o livro. Um grupo de membros de outras cidades veio especialmente participar da distribuição. Os estudantes de teologia, anciãos e pastores distritais coordenaram os grupos, liderando a entrega.

A tarde, se realizou a caminhada da esperança pelas ruas principais da cidade. Quatro grupos se deslocaram de pontos estratégicos, com os temas: Meio ambiente; incentivo a leitura; cuidado da família e saúde e temperança. Eles encontraram-se no centro da cidade, dirigindo-se ao Estádio Municipal Félix Capriles, onde foram celebrados os 150 anos da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Na cerimonia estiveram presentes várias autoridades municipais e eclesiásticas, além do pastor Erton Köller, presidente da Divisão Sul americana. Apesar da chuva, houve uma grande participação.


Estàdio Fèlix Capriles 
Um dos momentos mais emocionantes do programa foi à entrada do cacique Francisco Tancara, neto de um dos pioneiros do Adventismo na Bolívia. Os passos lentos do cacique Tancara recordam os inícios vagarosos da obra de Deus na Bolívia. Mas, ao comtemplar os mais de 8 mil adventistas nas arquibancadas do Estádio, ele e todos os demais puderam ver que a obra avançou e com mobilizações como essa, logo será concluída.  

Presidente da Divisão Sul americana visita a UAB

Pastor Erton com alunos de teologia
No último dia 23 de agosto, o pastor Erton Carlos Köller, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia para oito países sul americanos, visitou a Universidade Adventista da Bolívia (UAB). Na ocasião foram realizadas diversas atividades.

Depois de uma entusiasta recepção dos alunos da Escola Adventista do campus, o pastor Erton recebeu uma homenagem do Prefeito do Município de Vinto, Dr. Edgar Sóliz, quem falou sobre a importância da educação com valores humanos. Por sua vez, a UAB também homenageou o pastor Erton, entregando-lhe simbolicamente as chaves da universidade, para que sempre a tenha “em suas orações”, disse o reitor, pastor Efraim Choque.

Pastor recebe livro Quando Deus me chamou
Logo depois, o presidente da Divisão Sul americana se reuniu com os estudantes de teologia da UAB. Pregou um poderoso sermão, convidando os futuros pastores a ser leais a Igreja, conservarem a unidade e aproveitarem “as oportunidades”. O encontro culminou com inauguração da MEB (Missão Experimental de Bolívia) conformada por estudantes de teologia. O pastor Erton ainda visitou um quarto modelo do novo internado que está sendo construído e o museu de história bíblica da UAB.


Na ocasião, os estudantes de teologia Aníbal Gil e Ribamar Diniz entregaram os livros Deus nunca desiste e Quando Deus me chamou (em espanhol), ao líder da Divisão sul americano, quem elogiou a iniciativa desses jovens autores.             

domingo, 18 de agosto de 2013

Jornada de fé II: O chamado



Essa é a segunda de uma série de reflexões sobre os melhores momentos vividos por Ribamar Diniz e família durante sua preparação para o ministério pastoral, na Universidade Adventista da Bolívia.  

Chamado Inconfundível


Quando Deus me chamou, eu não tinha nenhum interesse no ministério. Em minha primeira década como adventista, nunca pensei em ser pastor. Atuei em varias áreas, mas em nenhuma senti que deveria dedicar-me ao ministério pastoral. Vários irmãos insistiam para que estudasse teologia, mas eu não me sentia chamado. Para decidir ser um pastor, Deus teria que mostrar-me claramente que assim o desejava ¡E o fez!

Centro de Juazeiro do Norte
“¿Você vai ao concilio, Ribamar?” me perguntou Gil Vicente, um irmão de Juazeiro do Norte, cidade nordestina conhecida como a Terra do Padre Cícero. “Não, respondi com certa tristeza. Primeiro porque não tenho dinheiro, e segundo porque não sou ancião esse ano.” Gil lamentou, sabendo que esses eventos me encantavam.
Foi uma surpresa quando, dias depois, Gil disse entusiasmado: “Ribamar, o irmão Aires não vai ao concilio, e disse que tudo já está pago para que você participe.” Era fevereiro de 2006, e o evento era o Concílio de Anciãos da Missão Costa Norte. Feliz, viajei a cidade Maracanáu, a 600 quilômetros de Juazeiro, para assistir o concilio por providencia divina.
No concílio percebi que um de nossos anciãos estava preocupado. Senti uma forte impressão de que devia falar com ele. Quando me aproximei, ele disse-me que estava orando para que alguém o aconselhasse em seus problemas. Depois do diálogo, o jovem ficou mais alegre e eu pensativo. ¿Porque Deus me havia impressionado para ajudar-lhe? ¿Será que Ele estava me escolhendo para una obra especial por seu povo?

O evento transcorreu normalmente até o ultimo dia, quando, em seu último sermão, o pastor Emilio Abdala pregou uma poderosa mensagem. Quatrocentos anciãos escutavam a mensagem.  Da mina cadeira, olhava aos demais, mas parece que mensagem era somente para mim. Nesse momento senti que Deus estava chamando-me para ser um pastor. Uma frase que me convenceu que o chamado era especificamente para o ministério pastoral, foi quando o pregador disse com autoridade: “Eu estou pregando o sermão da sua ordenação ministerial”. No apelo, acrescentou: “Quem sente que tem um chamado especial, venha a frente.”  Quando uma jovem começou a cantar  Eu fui chamado por Jesus, e me entreguei de coração, entreguei minha vida a Deus para servir em Sua obra. Decidi que, si Deus assim desejava, seria um pastor adventista do sétimo dia por toda a vida. Fui a frente e participei da oração do Pr. Abdala.

Não contei a ninguém o que havia acontecido. Decidi dedicar os dois próximos anos para preparar-me intelectual e economicamente para estudar teologia no SALT- Bahia. Embora estivesse convicto do chamado, Deus deu-me outras evidencias nesse período.

Deus nunca desiste
“Como é o ministério por dentro?” perguntei ao pastor Moab Cidreira, antes de voltar a Juazeiro.  Ele respondeu essa e outras perguntas e afirmou que eu tinha perfil para o ministério, mas deveria ir ao seminário prepara-me, pois ali, Deus tira “as arestas” do caráter.

Nessa época, passava por dificuldades económicas. Por isso, decidi fazer um concurso público. Quando entrei na sala do exame, uma das primeiras coisas que vi foi uma frase, com letras maiúsculas, na parede: Deus nunca desiste dos sonhos que tem para você. Embora alguns leram essa mensagem como um incentivo, eu a entendi como uma repreensão. Novamente senti a convicção que devia ir ao seminário. Entretanto, completei os difíceis requisitos do concurso, e fui aprovado. Recebi a carta para assumir o cargo, mas rejeitei a proposta, sabendo que Deus tinha planos melhores para mim.

Com os colegas do curso
Ainda soavam em minha mente as palavras: “Estou pregando o sermão de sua ordenação ministerial”, quando o pastor Izeas Cardoso me ordenou como ancião, no dia 10 de dezembro de 2007. Junto com a imposição de mãos, experimentei também uma habilitação espiritual, pois conseguir vencer, a partir daí, um problema espiritual que carregava há vários anos.

Naquele mês, o pastor Ivay Araújo foi o orador de nosso Campori de Desbravadores da região que eu coordenava. Em seu último sermão, ele fez um chamado a todos os “que desejavam entregar a vida integralmente para servir a causa de Deus”.  Atendi mais uma vez e depois lhe perguntei: “Pastor, como sabia que eu quero ser pastor?” Até aí só Cicinha e Lohan sabiam. Quando ele respondeu que não sabia, senti Deus apelando-me para não perder mais tempo. Ivay nos convidou para estudar na Bolívia, onde ele ia trabalhar como diretor de jovens.

Com Miguel Gomes na Bolívia
Decidimos deixar tudo e viajar a esse lugar distante e desconhecido. Nossas famílias ficaram apreensivas quando anunciamos nosso destino: Bolívia, um país que, quando Brasil era descoberto, já era parte do famoso Império Inca. Esse extraordinário reino se estendia desde Equador até Argentina, passando pelo Peru e Bolívia. Os antigos incas se consideravam os filhos do Sol, a quem adoravam.[1] Muitos bolivianos de hoje tem sangue daquela antiga civilização. Milhares deles já não adoram a Inti (o deus sol), mas Jesus Cristo, o Sol da Justiça (Malaquias 4:2). Foi em meio a essa raça principesca que fomos preparar-nos para promover, não o reino de Atahualpa - o último monarca inca – mas de Emanuel, o rei sempiterno.

Um grande amigo, Miguel da Silva Gomes, decidiu viajar conosco. Em fevereiro de 2008 passamos dez dias em São Paulo para carimbar os documentos no Consulado Boliviano, além de vender 150 exemplares de um livro que eu havia escrito. Daí seguimos rumo ao “território dos Incas”, até chegar a nosso destino. A viagem foi emocionante…



Ribamar Diniz, sua esposa Cícera Diniz e seus filhos Lohan e Landon moram em Cochabamba (Bolívia), onde ele está concluindo sua preparação ministerial no Seminário Adventista Latino Americano de Teologia e servindo como vice-presidente da Sociedade Estudantil Honorífica de Investigação Teológica e editor da Revista Doxa. 



Referências: 

[1] Ver Fernando A. Stahl, En el país de los Incas (Buenos Aires, Argentina: Asociación Casa Editora Sudamericana, 2009), 9-16.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Aventura “no fim do mundo”: As bênçãos

Dessas 10 caixas, levei 5 ao Chile
A frase do pastor Yerri Rozado “quando algo começa difícil...”, ainda soava em minha mente quando terminei de vender 500 livros no Chile. Esse foi meu recorde pessoal em um período de férias, durante minhas atividades como colportor estudante. Tudo começou durante meus diálogos com Deus, na pensão de Dona Patty, onde me hospedei nos primeiros 10 dias.

Durante as duas primeiras semanas eu acordava e orava a Deus. Lia um capítulo da Bíblia, seguindo o projeto Reavivados por Sua Palavra e um capítulo do livro O Desejado de todas as nações, escrito por Ellen White. Aí senti que as coisas iam mudar de figura. Deus aumentou minha fé, nesses encontros íntimos com Ele. Quando voltava do campo de trabalho, me ajoelhava e clamava a Deus por um milagre. Vender tal quantidade de livros realmente seria um milagre. Esses momentos de comunhão foram fundamentais para meu sucesso. Além de adquirir força espiritual, eu perguntei muitas vezes ao Senhor qual seria a melhor estratégia a utilizar. E ele respondeu-me.

Calculando quando tempo restava e quantos livros havia, calculei que, se vendesse livro a livro, precisaria de um ano para terminar. Então, orei a Deus para mover os irmãos das igrejas adventistas e evangélicas a me comprarem 300 livros. As duas caixas restantes, pensei, teria que vender a duas pessoas.

Enquanto vendia kits com 2, 5 ou 10 unidades, orava para encontrar os dois clientes para as compras maiores. Deus respondeu minhas orações e da minha esposa, que orava em Cochabamba, junto com suas amigas.

Vale de Azapa, onde vendi uma caixa
O primeiro cliente foi um empresário adventista, que visitei duas vezes. Na primeira, ele estava saindo e não pode ver o material. Como ele morava numa região atendida por uma colportora, pedi-lhe para acompanhar-me outro dia. Na verdade, ela mostrou-me as casas dos membros umas duas horas. Disse-lhe que visitaríamos primeiro esse empresário. Quando chegamos a sua casa, não estava. Depois de falar com uma funcionária da casa, decidimos voltar depois. Quando estávamos saindo, ele chegou. Ele gentilmente nos convidou a entrar, servindo-nos suco com nozes, uvas passas, amendoim e outras guloseimas. Foi muito educado e hospitaleiro. Diante dessa recepção, minha vontade era apresentar-lhe logo minha proposta. Mas sentia que primeiro, ele necessitava de uma mensagem espiritual. Embora meu objetivo fosse vender, sabia que o mais importante era pregar. Orei silenciosamente ao Senhor, perguntando-lhe que texto ler.

Abri a Palavra de Deus em Jó, lendo os primeiros versículos. Comentei, entre outras coisas, que esse patriarca era um homem próspero. Mas a Bíblia primeiro fala de sua consagração e lealdade ao Senhor. O texto sagrado também declara seu compromisso como sacerdote do lar. Depois de tudo isso se menciona a prosperidade de Jó. Argumentei com entusiasmo que, para ser verdadeiramente exitosos devemos colocar a Deus em primeiro lugar. Para que o Senhor abençoe nossa família, devemos ser missionários no lar. Preguei para aquele auditório de uma só pessoa por quase meia hora. Quando terminei, fiz uma pergunta: “Irmão, como está a vida espiritual?”

Ele foi sincero, dizendo que passava por um período de frieza espiritual, por vários fatores. Motivei-lhe a renovar sua consagração a Deus e ser uma influencia positiva; um líder espiritual junto a sua família e empregados. Depois oramos. Senti que minha missão estava cumprida. De maneira breve apresentei o projeto Quando Deus me chamou e a benção que seria distribuir 100 livros aos jovens da igreja. Ele, de forma natural, disse que compraria uma caixa. Percebi que, quando estamos dispostos a ajudar espiritualmente os demais, Deus se encarrega de nossas necessidades. Saímos jubilosos do lugar. Faltava vender a outra caixa. 

Palestra aos colportores de Arica
Um dos kits com 10 unidades havia sido vendido a Sebastian Tenório, líder dos colportores efetivos na cidade. Ele convidou-me a fazer uma palestra para sua equipe. Pensei que poderia, na ocasião, vender alguns livros. Mas, quando uma das colportoras disse-me que Sebastian já havia oferecido a elas, decepcionei-me, pensando que não venderia nada.

No dia marcado cheguei e fiz duas palestras. Em uma contei minha experiência como colportor efetivo e estudante, durante 13 anos. Depois, dissertei sobre um tema motivacional. No final, fiquei em dúvida se apresentaria ou não os livros. Mas, decidi tentar. Perguntei-lhes: “algum de vocês ainda não tem esse livro?”. Algumas colportoras levantaram mão. Quando segui falando, uma delas perguntou quando custava uma caixa. Disse-lhe que, como ela revenderia o material, faria um desconto especial. Ela entusiasmou-se e comprou-me meia caixa. No último dia de trabalho ela comprou mais meia caixa. Quase todas as outras compraram duas unidades e uma delas 10 ejemplares.

Vender livros a vendedores de livros não é fácil. Sinceramente, nunca pensei que venderia ali a caixa que faltava. Glorifiquei a Deus mais uma vez, sabendo que, suas bênçãos podem vir de maneira e nos lugares mais inusitados. Como um grande amigo, Juan Marin, disse-me: “Quando fazemos o nosso melhor, devemos deixar os resultados nas mãos de Deus.”

No último dia terminando o trabalho
Realmente o pastor Rozado tinha razão. No final da campanha, pude completar sua frase: “Quando algo começa difícil... termina em bênçãos”.   
  


Ribamar Diniz e sua família moram em Cochabamba (Bolívia), onde ele está concluindo sua preparação ministerial no Seminário Adventista Latino Americano de Teologia e servindo como vice-presidente da Sociedade Estudantil Honorífica de Investigação Teológica e editor da Revista Doxa.  

domingo, 11 de agosto de 2013

Leia esse livro I

TEOLOGIA DO REMANESCENTE
Ángel Manuel Rodriguez (organizador), Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, e-mail: sac@cpb.com.br; tel.: 0800 9790606, 251 páginas.
 
 
Desde seu início, o movimento adventista tem sido portador de uma forte consciência de sua identidade rofética como povo remanescente. Mas o que isso significa no contexto do século 21? Como manter a unidade de uma igreja que experimenta um crescimento fenomenal? Profundo e esclarecedor, este volume representa excelente contribuição na área de eclesiologia, lançando luz sobre um tema de fundamental importância. Ao refletir sobre o conceito do remanescente na Bíblia e na Teologia, a obra ajudará a definir melhor a autoridade e a missão da igreja na sociedade atual.
 
 
Fonte: Revista Ministério, Outubro a setembro de 2012, pág., 32.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Contagem Regressiva 2.0


Jovem prega mensagem bíblica por 15 noites em Angola

O jovem adventista Kevin Choque é um exemplo de quem passou por uma experiência missionária interessante de evangelização. Em âmbito mundial, a Igreja Adventista do Sétimo dia lançou o projeto de evangelismo das grandes cidades com o objetivo de levar os ensinos bíblicos aos centros urbanos estratégicos com métodos diferenciados ou com maior intensidade. E Kevin Choque aceitou participar do desafio em Luanda, capital de Angola, que faz parte de uma das 24 cidades que se deseja alcançar na região compreendida pela sede adventista conhecida como Divisão da África do Sul Oceano Índico.
A ação de 15 dias teve como lema Esperança para Angola, Luanda para Cristo, quando aconteceram mais de 100 campanhas de evangelismo com pastores convidados e estudantes de teologia de diversos campos do Brasil.

Conforme o jovem, o objetivo da igreja é batizar um milhão de pessoas em todas as grandes cidades desta Divisão.


“Eu tive o privilégio de pregar em Luanda, num bairro chamado Casenga, por 15 noites seguidas. Cerca de 500 pessoas frequentavam os cultos. No final da campanha, em minha igreja, foram batizadas 32 pessoas. É maravilhoso e gratificante ver como há gente com fome da palavra de Cristo. Foi uma experiência marcante e inesquecível. A equipe a qual eu pertencia era formada por nove estudantes de teologia acompanhados de dois professores, tanto do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus de Engenheiro Coelho, quanto do Instituto Adventista de Ensino do Nordeste (Iaene). As pregações ocorreram na segunda semana de julho até o final de julho”, comenta Kevin.
O jovem explica que, nas noites de pregações, conheceu a história de uma mulher de idade avançada muito doente que não podia ir às conferências de evangelismo, mas que morava perto da igreja. “O interessante é que, ela conseguia ouvir as pregações todas as noites pela porta da casa dela. No final do evangelismo a visitei e a palavra de Deus conseguiu confortar o coração dela”. 
Fonte: [Equipe ASN, da Redação]

Recuperando minha agenda

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.” (Filipenses 4:6)

Você já perdeu algo que considera importante? Em fevereiro desse ano, perdi minha agenda. Estava em Brasília. No final de meu trabalho como colportor criacionista, visitei a Igreja 323 pela última vez, onde havia realizado uma campanha evangelística e feito grandes amigos. Nessa visita, tive muitas alegrias, mas uma tristeza. Perdi minha agenda.

Eu tinha certeza que havia esquecido a agenda na igreja. Um grande amigo fez uma busca por todos os lados, sem sucesso. Viajei a Cochabamba um pouco triste, por essa perdida. Antes de viajar, fiz uma a Deus, pedindo que a agenda retornasse as minhas mãos. Entretanto, não recebi nenhuma notícia sobre ela durante o semestre. Depois das férias reencontrei-me com os colegas do curso. Alguns deles, como Elias Ramos, haviam viajado a Brasília, para realizar o ciclo do discipulado com as pessoas que havíamos batizado, meses antes.

Elias disse-me que havia trazido um presente. O presente era minha agenda. Ainda não sei os detalhes ou como encontraram. Cinco meses depois, recuperei minha agenda. Creio que foi uma oração respondida. Ela é importante pra mim, porque tem meus contatos mais importantes. Contem também, algumas frases que escrevi durante o ano passado. Estou agradecido a Deus por haver reencontrado esse material.

Se você necessita de algo, peça a Deus e Ele irá respondê-lo. É claro que o tempo da resposta pode não ser exatamente aquele estipulado por você. Se tiver algum problema, não importa qual, conte a Ele. Deus se preocupa com nossos problemas, insignificantes que sejam. Ele não está preocupado apenas em governar o universo. Ele também se cuida dos pequenos detalhes de sua vida.

Aventura “no fim do mundo”: Os desafios

Centro de Arica, Chile
Quando viajei ao Chile, pensei que as coisas seriam mais fáceis. Se você já distribuiu literatura adventista, sabe que esse ministério é repleto de desafios, às vezes intransponíveis. Em minhas campanhas anteriores como estudante, havia enfrentado grandes obstáculos. Geralmente os resultados apareciam no final do trabalho (geralmente nas últimas semanas ou dias). Mas, no Chile, pensei que as coisas seriam diferentes. Porque eu pensava assim?
Em primeiro lugar, eu iria distribuir um livro de minha autoria. Isso poderia facilitar as vendas, já que seu preço seria bem inferior aos livros tradicionais de Colportagem. Em segundo lugar, eu já era um colportor experiente, com nove férias trabalhadas. Essa experiência impediria que eu cometesse erros. Em terceiro lugar, meu projeto era muito bom, e a igreja certamente iria abraçá-lo. Eu realmente estava confiante. Afinal de contas, seria minha última campanha. Não haveria porque surgirem problemas.  
As primeiras dificuldades, como vocês leram, começaram na viagem. Depois de chegar, nos primeiros dias tive um misto de alegria e preocupação. Alegria porque consegui agendar algumas igrejas evangélicas. Preocupação porque outras igrejas não aceitaram a proposta, por puro preconceito. Uma pastora e um pastor evangélico disseram-me que a Igreja Adventista “era uma seita.” Na minha igreja, pensava, as coisas seriam diferentes. Mas descobri que a maioria delas não realizava cultos nos domingos à noite. E o número de participantes nas quartas-feiras á noite era bem reduzido. Isso me fez pensar que não será fácil mover o povo adventista de Arica. Outro problema apareceu, de forma involuntária.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia no Chile, a semelhança do país, está bem organizada. Quando alguém pretende trabalhar junto às igrejas, precisa solicitar uma autorização da União e do Campo local. Por vários motivos, a autorização que solicitei não chegou a tempo e os pastores locais, com razão, não puderam permitir-me visitar suas igrejas e membros, nas primeiras semanas.
Público em uma das primeiras palestras
Consegui vender os primeiros livros no Colégio Adventista de Arica, graças ao apoio do capelão, Juan Marin e do diretor, Prof. Marcelo Funes. As vendas nas igrejas evangélicas não foram animadoras. Somando o que havia vendido, e olhando as caixas de livros, pensava se não havia trazido muito material. Raciocinava se, não seria melhor haver trazido apenas 300 exemplares. Calculava que precisaria vender 15 exemplares por dia, durante o mês, mas estava vendendo poucos durante a semana. Além do desanimo das vendas, tive problemas de saúde.   
No primeiro sábado em Arica, senti um mal estar generalizado. Estava tão debilitado, que fui até o Hospital Municipal, onde tomei soro e fui medicado. Aquele sábado não sentei em um banco para assistir ao culto, pois passei parte da manhã no leito de um hospital. Já no final das atividades, precisei regressar ao hospital, por causa de uma inflamação nas amidalas. Esses problemas de saúde quitaram parte do pouco dinheiro que tinha e abalaram fortemente minhas emoções.
Além dos problemas de saúde, fui roubado. Furtaram-me uma bicicleta. Esse camelo era emprestado. Um irmão da Igreja me havia emprestado para agilizar o trabalho. Apesar de não ser a moto que eu sonhava, a bicicleta estava ajudando. Tudo aconteceu numa lanhouse, quando estava conversando com a esposa pelo facebook. Deixei a bicicleta sem cadeado. Apesar disso, olhava pelas brechas da cabine, vendo a bicicleta. Num piscar de olhos, a bicicleta sumiu. Saí correndo da cabine, correndo e olhando por todos os lados, mas não vi nada. Perguntei a algumas pessoas, explicando o que havia acontecido, mas ninguém viu nada. Chamamos os Carabineiros (Polícia Chilena) que fizeram a ocorrência no local, mas disseram ser difícil encontrar a bicicleta.
Retornei ao lugar onde estava hospedado, sem muita preocupação. Sabia que Deus tinha um plano em tudo aquilo. Quando a atendente da lanhouse soube, ficou um pouco triste. Sabendo que ela era adventista, mas não estava assistindo a igreja, disse-lhe, tranquilamente: “Sabe, irmã, foi bom ter acontecido isso, porque é mais uma prova que esse mundo não é para nós. Devemos viver um lugar melhor”. Espero que essas palavras tenham motivado aquela irmã a regressar para a Igreja.  
Igreja Tucapel, onde fui hospedado alguns dias
Estava tão preocupado com as vendas naquelas primeiras duas semanas que apresentei o livro a algumas pessoas que conheci na Pensão de Dona Patty, mas elas nem perguntaram o preço. Isso me preocupou ainda mais. Cheguei a pensar que, se os problemas continuassem, seria prudente trasladar-me a  Iquique, a cinco horas de viagem. A minha maior alegria, aqueles dias, foi acompanhar a vitória do Brasil (3x0) frente à Espanha, pela Copa das Confederações. Além desses problemas, algumas pessoas me desanimaram, motivando-me a viajar logo a outro lugar.
Alguns disseram que seria melhor ir as cidades mineiras (Iquique, Antofagasta e Calama), ou a Santiago (a capital do país). Outros disseram que as pessoas de Arica não compram, porque não tem muito dinheiro disponível e tem outra cultura. Isso me confundia. Mas, a todos esses críticos de plantão, respondia respeitosamente que, como havia orado por Arica, só deixaria a cidade se Deus me orientasse.   
Minha oração naqueles dias era: Que o Senhor me ajude. Ele me ajudou de forma espetacular...
  
Ribamar Diniz e sua família moram em Cochabamba (Bolívia), onde ele está concluindo sua preparação ministerial no Seminário Adventista Latino Americano de Teologia e servindo como vice-presidente da Sociedade Estudantil Honorífica de Investigação Teológica e editor da Revista Doxa.  

Janela de Esperança 10/40

O livro Janela de Esperança 10/40, publicado pela Escola de Missões da Universidade Adventista da Bolívia (UAB), foi escrito com a ajuda de Deus em meio a muita oração, com o propósito de incentivar aos membros da Igreja Adventista a orar mais, ofertar com mais liberalidade e se possível, irem a essa região do mundo como missionários.

Este livro é uma das primeiras obras escritas por um Adventista do Sétimo dia na América do Sul tratando exclusivamente da missão na Janela 10/40. Creio que o comentário do Pastor e doutor Raúl Alberto Quiroga (professor de Teologia na Faculdade de Teologia da UAB) nos ajudará a entender melhor essa obra.

“Desde que os filhos de Adão começaram a invocar o nome de Deus (Gn 4:26), Enoque a cumprir a missão de advertência pré-diluviana, junto com seus descendentes e Noé, anunciando mesmo a futura vinda do Messias em glória e majestade, seguindo pela missão de Israel a todas as nações, a de Jesus em benefício de todo o universo, e Paulo aos gentios, não nos faltam exemplos na Bíblia que nos motivam a cumprir a missão de Deus. 
Este livro tem como finalidade lembrar-nos de nossa obrigação para com a evangelização mundial, especialmente com a Janela 10/40, dadas as características demografias dessa área geográfica. Recomendo calorosamente a leitura do livro de Gleisson Henrique de Freitas, escrito para motivar-nos a levar nossa mensagem peculiar dos três anjos as pessoas que habitam nessa região de nosso planeta.”

A todos aqueles que desejam mais informações sobre a Janela 10/40 ou a adquirir esse livro, o contato é 7gleissonmision7@hotmail.com.br. 


Gleisson Henrique de Freitas 
É diretor da Escola de Missões da Universidade Adventista da Bolívia, onde curso o 40 ano de Teologia. 

Estudo de reestruturação de editoras termina sem recomendação de fusão

Uma comissão que anunciou em 19 de junho que iria analisar a fusão das editoras adventistas Pacific Press Publishing Association, localizada em Nampa (Idaho, EUA) e Review and Herald Publishing Association, de Hagerstown (Maryland, EUA), irá parar de atuar imediatamente, disseram hoje autoridades da Associação Geral e Divisão Norte-Americana da Igreja Adventista. A Associação Geral é proprietária das duas organizações.
Como razão houve menção a “perspectivas divergentes sobre a interpretação” dos escritos do Espírito de Profecia sobre a independência das duas entidades, bem como o comunicado divulgado pelos líderes da Igreja, que dizia: “Julgamos que no melhor interesse da obra de publicações da Igreja neste momento é melhor não haver qualquer mudança no governo das duas instituições”.

No entanto, o comunicado ressaltou que os líderes da Divisão Norte-Americana e da Associação Geral “solicitaram que as duas editoras continuem a operar sob as estruturas atuais, mas buscando encontrar maneiras de economizar através de uma cooperação mais estreita e possível compartilhamento de serviços”.


Como observado num relatório anterior, “a Review and Herald Publishing Association é sucessora da primeira editora, a Seventh-day Adventist Publishing Association [Associação Publicadora Adventista do Sétimo Dia], registrada em 1861. A Pacific Adventist Publishing Association, estabelecida na Califórnia, foi organizado em 1875. Ela recebeu o novo nome da Pacific Press Publishing Association, em 1904. A terceira editora patrocinada pela Associação Geral, a Southern Publishing Association, fundiu-se com a Review and Herald Publishing Association, em 1980”.

No anúncio de 31 de julho, os dirigentes da Igreja pediram que os adventistas “por favor, orem pela função pública de compartilhar e utilizar os materiais impressos e  eletrônicos num momento em que buscamos exaltar a Cristo, proclamar a tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14 e anunciar o Seu breve retorno”.

O texto completo da declaração está disponível aqui.


Fonte: ANN

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Projeto “Quando Deus me chamou”

No último mês de julho, foi realizado o projeto “Cuando Dios me llamó” [Quando Deus me chamou], em quatro distritos da cidade chilena de Arica. O projeto foi coordenado por Ribamar Diniz, concluinte do curso de teologia na Universidade Adventista da Bolívia (UAB). Ribamar também serve na UAB como vice-presidente da Sociedade Estudantil Honorífica de Investigação Teológica e editor da revista Doxa.

Esse projeto contou com o apoio do Seminário Adventista Latino-americano de Teologia – sede Bolívia. Seu secretário acadêmico, Pr. Rolando Vallejos, escreveu uma carta de recomendação, apresentando os objetivos do projeto às autoridades da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Chile. O mesmo apoio foi prestado pela União Boliviana, através de seu presidente, Pr. Stanley Arco, quem escreveu uma carta e gravou um vídeo de apoio. Outras personalidades adventistas também gravaram um vídeo, motivando a Igreja a participar. Entre eles o Pr. Amilton Menezes (diretor da Rádio Novo Tempo); Pr. Jorge Rampogna (diretor associado da TV Novo Tempo); Carol Smith (produtora e apresentadora da TV Novo Tempo) e Felipe Lemos (Assessor de Imprensa da Divisão Sul-americana).    

O projeto “Quando Deus me chamou” tem o propósito de conscientizar os adventistas do sétimo dia da América do Sul a participar na formação de pastores e missionários voluntários de suas igrejas locais. Para tal, Ribamar Diniz apresentou um seminário especial e distribuiu o livro “Quando Deus me chamou” aos interessados. Esse livro contem testemunhos poderosos de estudantes de teologia, experiencias missionárias inesquecíveis e um artigo sobre como estudar teologia. Os quatro distritos de Arica foram comtemplados, além da Escola Adventista dessa cidade.

Colegio Adventista de Arica

Depois de chegar à Arica, com a devida autorização das autoridades da União e campo local, os pastores Mitchel Urbano e John Carreño (secretários ministeriais), Ribamar Diniz coordenou o projeto com o apoio dos pastores locais: Pedro Burgos (Distrito Central); Yerry Rozado (Distrito Valle de Azapa); Moisés Arzola (Distrito Filadélfia) e Alegria (Distrito Norte).
A palestra “Como triunfar”, com os 7 passos para vencer tanto espiritual como profissionalmente foi apresentada nas seguintes igrejas: Igreja Nova Esperança, Igreja do Colégio, Central de Arica, Novo Tempo, Filadélfia, Industriais, Arica Norte, Arica Oriente, Tucapel. Também assistiram os professores da Escola Adventista e um grupo de 200 pessoas aproximadamente, durante um Encontro interdistrital. O material ainda foi disponibilizado em uma minifeira de livros, promovido pela Igreja Central. 

Igreja Assembléia de Deus Autonoma 
Além disso, foram visitadas igrejas evangélicas (Jesús te llama [Jesus te chama], Asamblea de Dios autonoma [Assembleia de Deus autônoma], Iglesia Metodista de Chile [Igreja Metodista do Chile]), cujos membros adquiriram o livro do projeto e seus pastores receberam literatura adventista (Nisto Cremos, A igreja revolucionária do século XXI e a Revista Paz na Tempestade).
Alguns membros da Igreja Adventista, percebendo a importância do projeto e a necessidade de despertar na juventude o senso missionário, compraram vários exemplares para distribuir. Dois deles adquiriram sozinhos 100 exemplares cada um. No total, foram distribuídos 500 livros, que despertarão a vocação ministerial e missionária em muitas pessoas.

Para aqueles que desejam receber mais informação sobre esse projeto o contato é ribamardinz@hotmail.com.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Jornada de fé I: Conhecendo a América do Sul

Essa é a primeira de uma série de reflexões sobre os melhores momentos vividos por Ribamar Diniz e família durante sua preparação para o ministério pastoral, na Universidade Adventista da Bolívia. 

Visita a Divisão Sul Americana



Algum tempo depois de chegar à Bolívia para estudar teologia, decidi conhecer pelo menos quatro países da América do Sul. Visitando esses lugares, poderia entrar em contato com a cultura local e com a família de Deus aí reunida. Interessavam-me especialmente as características da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) e seu trabalho nessas terras. Isso ampliaria minha visão sobre a Obra de Deus na Divisão Sul Americana (sede da IASD para oito países desse continente).

Entre tantos destinos, escolhi meu próprio país (Brasil); Bolívia (onde estou estudando), Equador (o país que divide o mundo) e Chile (onde o continente americano termina). Essa reflexão descreve meu contato com a cultura, com os pontos turísticos e alimentação, além de detalhar alguns traços da IASD nos países mencionados.

Onde consegui tanto dinheiro para as viagens? Simples: Meu orçamento estaria vinculado ao trabalho que desenvolveria nas férias - colportagem evangelística. O universitário adventista pode aproveitar as férias para evangelizar e fazer turismo ao mesmo tempo, distribuindo literatura denominacional. É só planejar bem, fazer os devidos contatos e ter certa dose de ousadia e fé. Os resultados compensam os riscos. Os benefícios são bem maiores do que o investimento, que será minimizado pelo trabalho de colportagem. Quando eu e a família não estávamos em campanhas (com uma casa alugada); fomos acolhidos com muito carinho por amigos e igrejas, que nos fizeram sentir-nos em nosso próprio lar.

A mãe do pastor mexicano Arturo Betancourt, um amigo que conheci na Bolívia, afirma que para ser inteligentes, devemos ler bastante e viajar muito. Além disso, aventurar-nos por lugares desconhecidos e desafiadores aumenta nossa fé e proporcionam momentos de intimidade com o Senhor. Por outra parte, torna-nos mais sensíveis e tolerantes para com o próximo. O intercambio de ideias com pessoas de outros ambientes, enriquece nossa bagagem cultural. Percebemos que, apesar de serem diferentes em sua forma de falar, de pensar e de agir, as pessoas têm as mesmas carências e necessidades espirituais. Essas são algumas das vantagens de visitar outro país.    

Explorando um gigante

Depois de percorrer quatro das cinco regiões brasileiras (somente não fui à região Sul), adquiri uma maior apreciação por meu próprio país. Percebi quão pouco sabia acerca da nossa cultura e de nossa história. A mistura étnica entre os brasileiros e os contrastes socioculturais, torna esse país um universo com imagens, sons, cores, sabores e sensações únicas. O brasileiro é alegre e criativo por natureza. Nos últimos anos, com o crescimento econômico do país, milhares de famílias melhoraram sua renda, o que favorece o trabalho dos colportores evangelistas. Entre os destinos turísticos, conheci a cidade das mangueiras (no Pará); a estátua do Padre Cícero (no Ceará); a praça dos três poderes (em Brasília); a cidade do Natal (no Mato Grosso do Sul) e parte da fauna e flora do Pantanal mato-grossense. Entre os pratos típicos, provei o frango no tucupi e a maniçoba (no Pará); a tapioca de coco na palha da bananeira (em Rondônia); o baião de dois (no Ceará); a sopa paraguaia (no Mato Grosso do Sul); o doce de buriti (em Brasília) entre outros.

Distribuí literatura adventista em varias cidades das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro Oeste. Entre outras características positivas, nas duas primeiras regiões a igreja é vibrante e entusiasta. Embora não conte com muitos recursos financeiros, supera desafios incríveis para pregar o evangelho. Na região Centro Oeste e Sudeste, a Igreja é muito organizada e planeja bem suas atividades. Além disso, estão focados no plano de discipulado e pequenos grupos.

Sem dúvida, São Paulo (onde estive 10 dias, em 2008), é um grande centro da Obra Adventista. É a Jerusalém Adventista na América do Sul. Além de abrigar a Casa Publicadora Brasileira, a Rede Novo Tempo de Comunicação e o Centro Universitário Adventista de São Paulo, possui sedes administrativas bem estruturadas e um grande volume de recursos, graças à fidelidade de seus membros, sendo palco de megaeventos da igreja. Nessa metrópole sul-americana, notei como nossa igreja é grande, graças às bênçãos de Deus e a fidelidade de seus membros.

O Estado brasileiro onde mais trabalhei nessa fase foi o Mato Grosso do Sul. Fiquei encantado com Campo Grande, uma capital tranquila, bonita e bem organizada. Também estive em várias cidades do interior, como Rio Verde, São Gabriel do Oeste, Cidrolandia, Corumbá, etc. Durante minha estadia no Estado, visitei o Paraguai, aproveitando os bons preços da cidade de Pedro Juan Caballero.    

Microcosmos do mundo

A Bolívia é considerada um país plurinacional, com 32 etnias diferentes e o predomínio dos idiomas espanhol, quéchua e aimará. Devido a sua enorme variedade de climas, vegetação e geografia foi descrita por Alcides D’Orbigny como microcosmos do planeta e síntese do mundo. Outro fato curioso, pouco conhecido, é que sua capital é Sucre, e não La Paz (sede de governo) como aparece nos livros de geografia. Entre 2008 e 2013, visitei sete (Cochabamba, La Paz, Santa Cruz de la Sierra, Pando, Beni, Oruro e Potosí) dos nove estados bolivianos. Estive no monumento Cristo de la Concórdia (maior que o Cristo Redentor); escalei o Tunari (a 5.050 metros de altitude) e passeei pela cidade paleontológica de Toro Toro, palco de pegadas de dinossauros e outras evidências do Dilúvio Bíblico. 

A Igreja Adventista na Bolívia é muito hospitaleira. Os almoços coletivos estão entre as atividades que fortalecem a amizade entre os membros. Os irmãos das regiões mais frias (como La Paz e Oruro) dedicam as madrugadas para evangelizar. A ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) é uma das mais estruturadas do mundo. A União Boliviana também foi pioneira no desenvolvimento da rádio adventista para o território da Divisão. Atualmente conta com três campos, planejando a abertura da Missão Andina para um futuro próximo. Atualmente a Universidade Adventista da Bolívia é berço de muitos missionários que estão se destacando em diversos países sul-americanos.  

No país que divide o mundo

O próximo destino foi mais distante: Equador, o famoso país que contem uma linha imaginária que divide o globo entre hemisfério Sul e Norte. Também abriga as exóticas Ilhas Galápagos, com suas tartarugas gigantes e outros espécies raros. Em julho de 2011 visitei essa nação, conhecendo especialmente quatro cidades do litoral (Guayaquil, Manta; Montrecristi e Salinas). O povo equatoriano é muito alegre. É espontâneo como o brasileiro.

O Equador é o maior exportador de bananas da América do Sul, tendo diversos pratos dessa fruta. Desfrutei algumas iguarias feitas com bananas. É possível que o consumo de banana contribua para o bom animo desse povo, pois ela é considerada uma fruta antidepressiva.  Além disso, provei o famoso seviche, peixe cozido apenas com limão. Visitei, em Montecristi, “La ciudad del Faro”, museu construído em homenagem a um herói da independência do país e uma praia em Salinas, banhando-me pela primeira vez nas águas do Oceano Pacífico. Durante a viagem por terra, cruzei boa parte do Perú, sede do famoso Império Inca, visitando o Lago Titica (o mais alto do mundo); o Majestoso Convento de São Francisco e o Museu da Inquisição em Lima, capital peruana, além de comer trucha, um dos pratos da culinária peruana, considerada uma das melhores do mundo. 

Lago Titicaca, Perú
Embora o número de adventistas no Equador seja relativamente pequeno (uns 15 mil) a igreja está crescendo bastante nos últimos anos. A União Equatoriana se divide em duas Missões (Sul e Norte) e possui um Instituto Tecnológico Superior, que planeja ser universidade no futuro. No Equador algumas igrejas realizam um culto de oração nas segundas feiras à noite. É um excelente campo para colportar, pois, como me disse o pastor Manuel Vinueza, diretor de Publicações na Missão do Sul, essa região “é a terra que mana leite e petróleo”. Na União Equatoriana, o estudante recebe um kit completo para seu trabalho (camiseta, pasta e prospecto) e metade do bônus da bolsa, caso não consiga completar a bolsa.

Onde o mundo acaba

O último desafio seria visitar o Chile, um dos países mais desenvolvidos das três Américas. Segundo alguns especialistas, esse será o primeiro país sul americano a vencer o subdesenvolvimento. Além disso, Chile está situado no ponto mais extremo da América do Sul, por isso, pode ser considerado o “país onde o mundo acaba”.

Viajei de Cochabamba a Arica, uma cidade localizada no Norte do país. O Chile está dividido entre Norte e Sul, sendo Santiago (sua capital) o que reparte essas regiões. O Sul é extremamente frio e o Norte é muito quente. Ultimamente algumas cidades do Norte (como Arica), devido às mudanças climáticas, estão mais frias que antes. Nas duas regiões, o povo chileno toma muito “té” (chá), sendo o evento social mais importante entre as famílias e amigos. Além disso, tem um espanhol apressado, ou “al tiro” (ao instante, rapidamente), expressão popular aí.

Museu das Múmias, Arica - Chile
Os chilenos em geral, são bastante educados e cultos. No trânsito, para citar um exemplo, param seus veículos quando colocamos o pé no asfalto, acenando com a mão para que passemos com tranquilidade. Também são solícitos em fornecer informação e recebem muito bem aos brasileiros. O Chile é um país bem organizado, com um sistema de leis; educação, segurança e saúde, bem desenvolvidos. Além disso, conta com uma das melhores polícias do mundo. Por ser uma região sísmica, conscientiza a população e realiza periodicamente simulados para grandes catástrofes. Em Arica conheci as múmias mais antigas do mundo; e o Cerro de Arica, onde há um museu que conta parte da Guerra do Pacífico.  

A União Chilena está dividida em cinco campos; possui uma filial da Associación Casa Editora Sudamericana (onde imprimem parte das publicações para a igreja e Colportagem); dezenas de escolas (com 25 mil alunos) e uma Universidade na cidade de Chillán, no extremo sul do país.

A Igreja, com certa frequência, recebe missionários brasileiros. Nos últimos anos, trabalharam nesse lugar os pastores Adílson Morais e João Vicente (colportagem), Stanley Arco (Ministério Jovem) e Jeú Caetano (Mordomia). Devido ao frio, em algumas localidades, só se realizam cultos nos sábados e nas quartas-feiras.

Para complementar as viagens, tive contato com irmãos da igreja, amigos e professores de outros países sul-americanos e de outras partes do mundo. Passear por esses países e conversar com essas pessoas me convenceu que fazemos parte de uma grande família. Fez-me refletir sobre o enorme número de pessoas que ainda não conhecem as verdades bíblicas. E motivou-me a aumentar meu compromisso de fazer discípulos de todas as nações, até que o Senhor venha (Mateus 28:18-20). Você não gostaria de fazer o mesmo?


Ribamar Diniz, sua esposa Cícera Diniz e seus filhos Lohan e Landon moram em Cochabamba (Bolívia), onde ele está concluindo sua preparação ministerial no Seminário Adventista Latino Americano de Teologia e servindo como vice-presidente da Sociedade Estudantil Honorífica de Investigação Teológica e editor da Revista Doxa.