quarta-feira, 25 de julho de 2012

Crenças Fundamentais da Igreja Adventista serão revisadas


“Os adventistas do sétimo dia aceitam a Bíblia como seu único credo e mantêm” certas crenças fundamentais baseadas nas Escrituras Sagradas. Apesar de crer que estes ensinos bíblicos constituem a compreensão do ensino das Escrituras por parte da Igreja, admite que “podem ser esperadas revisões destas declarações numa assembléia da Associação Geral, quando a Igreja é levada pelo Espírito Santo a uma compreensão mais completa da verdade bíblica ou encontra melhor linguagem para expressar os ensinos da Santa Palavra de Deus.” [1]

As 28 crenças fundamentais estão divididas em 6 doutrinas principais, que abarcam os ensinos bíblicos essenciais. O pastor Gilberto de Oliveira, secretário da sede administrativa da igreja para o Estado do Mato Grosso do Sul, resumiu num sermão estas doutrinas: Teologia ou a doutrina de Deus; Antropologia ou a doutrina do homem; Soteriologia ou a doutrina da salvação, Eclesiologia, ou doutrina da Igreja; Axiologia ou doutrina da vida cristã e Escatologia ou doutrina dos últimos eventos. [2]

Embora os adventistas historicamente sejam “relutantes em formalizar um credo”, eles têm, por propósitos práticos, resumido suas crenças. A primeira vez foi em 1872, quando “a editora adventista de Battle Creek, Michigan, publicou uma ‘sinopse de nossa fé’ em 25 proposições.” Esse documento, revisado e ampliado para 28 seções, apareceu no Yearbook (anuário) denominacional de 1889 e 1905, continuando então até 1914. Quando os líderes africanos pediram “uma declaração que ajudaria os oficiais governamentais e outros a obterem melhor compreensão de nosso trabalho”, um comitê de quatro pessoas, incluindo o presidente da Associação Geral, preparou uma declaração de 22 doutrinas fundamentais, impressa no Yearbook em 1931, até 1980, quando na seção da assembléia da Associação de Dalas (EUA), foi ampliada para 27 parágrafos, sob o título “Doutrinas Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia”. [3]

Em 2005, na Assembléia da Associação Geral de Sant Louis (EUA), foi adicionada a nova crença Crescimento em Cristo (N. 11), passando o total a ser 28. Também foi adotado um processo formal para a adoção ou revisão de uma nova crença. Em 2010, “foi estabelecida a Comissão de Revisão das Crenças Fundamentais, para analisar quaisquer ajustes que eventualmente sejam necessários.” [4]

Essa comissão, presidida por Artur Stele (vice-presidente mundial da igreja), recebeu também uma missão especial: examinar a Crença Fundamental - número 6, que trata da criação e integrar a linguagem dessa crença a um documento chamado “Afirmação da Criação”, votado em 2004. [5]

Segundo Stele, “a tarefa não é reescrever as Crenças Fundamentais. A tarefa é ver se o texto que temos usado já há vários anos requer alguma mudança. Como a linguagem é dinâmica, é possível que uma nova linguagem possa expressar melhor o que a Igreja historicamente tem crido nesses pontos. Faz mais de trinta anos que a declaração das Crenças Fundamentais foi aprovada pela Associação Geral (1980). Estamos envolvidos numa revisão editorial das Crenças Fundamentais, não em reescrevê-las.” [6]

“Como o Espírito Santo está guiando a Igreja, e cada membro é precioso”, membros, leigos, pastores, teólogos, administradores – todos são convidados a participar. A comissão está “convidando todos os adventistas que desejem contribuir, a nos escrever. Não queremos, porém, receber dissertações! Estamos incentivando os que têm sugestões sobre a linguagem a expressá-las em duas ou três sentenças. Primeiro, devem identificar a mudança sugerida, e, depois, justificar a mudança em uma ou duas sentenças. Estamos pedindo que as sugestões sejam breves para que possamos realmente ler e digerir o maior número possível de recomendações.” [7]

A comissão dará um ano “para ouvir” as sugestões da Igreja e apresentará seu relatório em 2015, na assembléia da Associação Geral. Aqueles que desejam participar devem:

1.      Identificar a mudança do texto recomendado;
2.      Enviar breve justificativa de no máximo 150-200 palavras.
3.      Enviar a sugestão pelo E-mail: FBRC@gc.adventist.org 

As crenças bíblicas ensinadas pelos adventistas estão centralizadas em Cristo e tem a função de edificar a Igreja, preservar a verdade e comunicar o evangelho.[8]   

Ribamar Diniz 
Bacharel em teologia pelas Faculdades INTA
Estudante da licenciatura em teologia no SALT-Bolívia    

Referências:
[1]. Manual da Igreja, revisão de 2000, pág. 9.
[2]. Igreja Adventista de Ladário (MS), sábado, 07 de julho de 2012.  
[3]. Nisto Cremos: ensinos bíblicos dos adventistas dos sétimo dia, 2003, pág. 6.
[4]. Revista Adventist World, maio de 2012, pág.6.
[5]. Idem, pág. 6,7.
[6]. Idem.
[7].Idem, pág. 7.
[8] Nisto Cremos, pág. 13. 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pensamentos profundos de Ellen White, I

Cristo



“Cristo, seu caráter e obra, é o centro e a circunferência de toda verdade. Ele é a cadeia que liga as jóias de doutrina. NEle se encontra o inteiro sistema da verdade.” Nossa Alta vocação, Meditações Matinais 1962, pág. 14.


“O imaculado Filho de Deus pendia da cruz, a carne lacerada pelos açoites; aquelas mãos tantas vezes estendidas para abençoar, pregadas ao lenho; aqueles pés tão incansáveis em serviço de amor, cravados no madeiro; a régia cabeça ferida pela coroa de espinhos; aqueles trêmulos lábios entreabertos para deixar escapar um grito de dor. E tudo quanto sofreu – as gotas de sangue a Lhe correr da fronte, das mãos e dos pés, a agonia que Lhe atormentou o corpo, e a indizível angústia que Lhe encheu a alma ao ocultar-se dEle a face do Pai – tudo fala a cada filho da família humana, declarando: É por ti que o Filho de Deus consente em carregar esse fardo de culpa; por ti Ele destrói o domínio da morte, e abre as portas do Paraíso. Aquele que impôs calma às ondas revoltas, e caminhou por sobre as espumejantes vagas, que fez tremerem os demônios e fugir a doença, que abriu os olhos cegos e chamou os mortos à vida – ofereceu-Se na cruz em sacrifício, e tudo isso por amor de ti. Ele, o que leva sobre Si os pecados, sofre a ira da justiça divina, e torna-Se mesmo pecado por amor de ti.” O Desejado de todas as nações, pág. 534 (edição especial).


O Amor de Deus

“Todo o amor paternal que veio de geração em geração através do coração humano e toda fonte de ternura que se abriu na alma do homem não passam de tênue riacho em comparação com o ilimitado oceano, quando postos ao lado do infinito e inexaurível amor de Deus. A língua não o pode exprimir, nem por escrito é possível o descrever. Pode-se meditar nele todos os dias de nossa vida; pode-se esquadrinhar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; pode-se reunir toda faculdade e poder a nós concedidos por Deus, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celeste; e todavia, existe ainda um infinito para além. Pode-se estudar por séculos esse amor; não obstante jamais se poderá compreender plenamente a extensão, a largura, a profundidade e a altura do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade nunca o poderá bem revelar.” Testemunhos para a Igreja, vol. 5, pág. 740.


“‘Deus é amor’ está escrito em cada botão de flor que se abre e em cada folha que cresce no campo. Os belos pássaros, que alegram o ar com seus alegres cantos, as flores, perfeitas e delicadamente coloridas, que perfumam o ar, as árvores frondosas da floresta, com sua exuberante e viçosa folhagem – tudo dá testemunho do cuidado paternal de nosso Deus e do desejo que Ele tem de tornar os Seus filhos felizes.” Caminho a Cristo, pág. 9 (edição especial).


“O coração de Deus ama os Seus filhos com um amor mais forte do que a morte. Ao dar Seu Filho, Ele derramou sobre nós todo o Céu em apenas uma dádiva. A vida, a morte e a intercessão do Salvador, o ministério dos anjos, os rogos do Espírito, a obra do Pai operando acima de tudo por tudo, o incessante interesse dos seres celestiais – tudo está sendo empregado em favor da redenção da humanidade [...]


“Contemplemos o preciso sacrifício que foi feito por nós. Esforcemo-nos para apreciar o valor do empenho e da energia que o Céu está dispensando para buscar os perdidos e levá-los de volta para a casa do Pai. Motivos mais fortes e instrumentos mais poderosos não poderiam existir. As grandiosas recompensas de fazer o bem, as alegrias do Céu, a companhia do anjos, a comunhão e o amor de Deus e do Seu Filho, o enobrecimento e a extensão de todas as nossas forças através da eternidade – não seria tudo isso um grande incentivo para que desejássemos consagrar nossa coração em amorável serviço ao nosso Criador e Redentor?” Caminho a Cristo, pg. 15 (edição especial).


Missão Cristã


“A igreja de Cristo é a agência designada para a salvação do ser humano. Sua missão é levar o evangelho ao mundo. E essa obrigação repousa sobre os ombros de todos os cristãos. Todos, na medida do seu talento e das oportunidades que lhes são dadas, devem cumprir a ordem do Salvador. O amor de Cristo a nós revelado nos torna devedores a todos que não O conhecem. Deus nos deu luz não apenas para que a retivéssemos conosco, mas para que a espalhássemos sobre eles [...]


“Se os seguidores de Cristo estivessem atentos para os seus deveres, onde hoje há apenas um, haveria milhares proclamando o evangelho nos países não-cristãos. Todos os que não estivessem envolvidos pessoalmente com o trabalho iriam sustentá-lo com seus meios, sua simpatia e sua orações. E nos países cristãos haveria muito mais trabalho dedicado em favor das pessoas.” Caminho a Cristo, pág. 51 (edição especial).


“O espírito de trabalho desinteressado pelos outros proporciona profundidade, estabilidade e amabilidade cristã ao caráter, trazendo paz e felicidade ao que o possui. As aspirações são as mais elevadas. Não há lugar para a preguiça ou egoísmo. Os que desse modo exercitam as graças cristãs crescerão e se tornarão fortes para trabalhar para Deus. Terão uma percepção espiritual mais clara, fé constante e crescente, e um poder cada vez maior na oração. O Espírito de Deu atuando em seu coração desperta as sagradas harmonias da alma em resposta ao toque divino. Os que se dedicam ao esforço desinteressado pelo bem dos outros estarão, certamente, contribuindo para a própria salvação.” Caminho a Cristo, pg. 51 (edição especial).


Restauração de todas as Coisas


“Na Bíblia, a herança dos salvos é chamada um país (Hebreus 11:14-16). Ali, o Pastor celestial conduz Seu rebanho às fontes de águas vivas. A árvore da vida produz seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvores são para a saúde das nações. Existem torrentes sempre a fluir, claras como cristal, e ao lado delas, árvores ondeantes projetam sua sombra sobre as veredas preparadas para os resgatados do Senhor. Ali, as extensas planícies avultam em colinas de beleza, e as montanhas de Deu erguem seus altivos píncaros. Nessas pacíficas planícies, ao lado daquelas correntes vivas, o povo de Deus, durante tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar [...]

“O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e gozo, declaram que Deus é amor.” O Grande Conflito, pág. 675, 678.

Páginas que definiram meu futuro, II

O Impacto das Revistas



No início de meu trabalho como colportor (distribuidor de literatura cristã), Antônia Rosa da Conceição, me presenteou dois exemplares da Revista Adventista, ainda em preto e branco. Creio que eram números atrasados, de 1994. Literalmente devorei aquelas revistas. Segui lendo esse periódico e outros editadas pela Casa Publicadora Brasileira.


Durante os últimos 15 anos, aproveito parte do sábado à tarde para ler a Revista Adventista. Depois da Bíblia e dos livros de Ellen White, essa foi a literatura que mais li durante meus anos como membro da Igreja. Também aproveito o tempo de espera nas filhas ou quando viajo, para atualizar-me sobre as notícias da igreja mundial com Adventist World [Mundo Adventista]. Outro periódico que aprecio pelo seu conteúdo acadêmico é Diálogo Universitário. Uso meu escasso tempo livre para repassar os principais artigos da Revista do Ancião e Ministério Adventista, em versão impressa ou digital. Esses materiais tem fortalecido meu conhecimento bíblico, minha vida espiritual, minha cultura geral e meu desejo de servir como missionário de tempo integral.


Quando, em 2008, viajei à Bolívia para estudar teologia, percebi que o curso é de alto nível. Apesar disso, minhas notas tem sido ótimas, desde o primeiro semestre. Quando os amigos me perguntam como consigo aprender os conteúdos, eu digo que a maioria deles está nas nossas revistas. Como as leio sempre, guardo muita informação sobre teologia, história, filosofia, etc. Isso é o meu segredo. Mesmo que você estude outra ciência, as revistas da igreja (como Vida e Saúde, por exemplo), são ótimas fontes de conhecimento para várias áreas do conhecimento.


Livros Preferidos


No início da década passada, fiz a leitura de Nossa Herança, uma versão sobre a história da igreja, adaptada para os jovens. Esse foi um dos primeiros livros que me impactó profundamente. Em suas páginas, vi a beleza da mensagem que havia abraçado e me apaixonei pela história e missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia.


Outro livro importante para mim é o Colportor Evangelista. Li esse volume várias vezes, pois, junto com a Bíblia Sagrada, era minha meditação antes de sair para trabalhar. Tenho uma edição antiga, todo sublinhado. Nessa compilação de Ellen White, aprendi o que é o Ministério de Publicações e como ser um colportor bem-sucedido. Fui convencido pelas suas páginas que a obra da Igreja Adventista não seria a mesma, sem a influência das folhas de outono, que devem circular o planeta. Aprendi que devem ser distribuídos pequenos livros aqueles que não podem comprar. Fiquei imensamente feliz com a ênfase atual da igreja na distribuição de livros gratuitos para milhões de pessoas em todo o mundo.


Um de meus livros de cabeceira é o bestseller O Desejado de todas as Nações. Certa vez um amigo me disse: “Se você quer conhecer a Jesus, leia esse livro.” Fiz a prova e constatei que não há melhor comentário dos evangelhos. Nessa obra, compreendi que Deus é um pai amoroso. Fiquei impressionado com Seu amor pela raça caída. Constatei também a beleza do evangelho, através da vida, ensinos e morte de Jesus Cristo. O livrinho Caminho a Cristo completou minha compreensão do amor de Deus e como podemos ser alcançados pela Sua graça. Essas obras são duas jóias da literatura cristã. Eu as recomendo a todos que estão iniciando a vida cristã. Vão fortalecer o amor a Jesus e mostrar os passos de uma vida espiritual significativa.


Embora tenha lido dezenas de livros, dois foram cruciais em meu crescimento pessoal. São as biografias do capelão Barry Black e do doutor Bem Carson. A primeira, Sonho Impossível: como Deus conduziu Barry Black do gueto ao Senado Norte-Americano, mostrou-me que posso chegar a lugares inimagináveis, se meu objetivo é glorificar a Deus e servir ao próximo. A segunda, Bem Carson, neurocirurgião de fama mundial, apresentou-me a importância da leitura nesse processo. Ambos me fizeram crer que é possível sonhar grande e realizar essas metas com a ajuda de Deus.

De leitor a escritor


Um dos resultados da leitura diligente é a fluência na escrita. Desde cedo, gostei de escrever. Comecei anotando pensamentos nos cadernos, quando cursava o Ensino Médio. Nesse tempo, surgiu o sonho de ser um futuro escritor. Foi, entretanto, após o contato com as publicações adventistas que fortaleci o desejo de ser um autor.


Comecei escrevendo o livro O Alicerce da Ação: Textos e Frases para Reflexão, publicado em 2002. Essa pequena obra de 52 páginas contêm 15 textos e 150 pensamentos para reflexão pessoal. Embora o conteúdo não seja totalmente religioso, aborda vários temas relacionados, como pregação, música, oração, relacionamentos, etc.


Meu segundo livro (lançado em 2008) se chamou Conheça nossa história: origem e expansão dos adventistas do sétimo dia em Juazeiro do Norte e tinha 100 páginas. Trata-se de uma pesquisa inicial sobre a história da Igreja Adventista nessa importante cidade nordestina, famosa pelos laços que a unem ao Padre Cícero. Finalmente minha primeira obra publicada por uma instituição adventista recebeu o título de O Adventismo na Terra do Padre Cícero: uma história de fé, perseguição e milagres, promovido pela Sociedade Criacionista Brasileira, em 2012, com 190 páginas. Basicamente trata-se de uma ampliação do anterior, com um conteúdo mais extenso e revisado sobre a história do movimento adventista nessa região.


Tive o privilégio de ter sete artigos publicados pelas revistas Evangelio [Evangelho] e Doxa, mantidas pelo Seminário Adventista Sul-Americano de Teologia, sede Bolívia. Participei da equipe editorial de Evangelio e atualmente sou o editor da Revista Doxa. No ano que vêm (2013), pretendo enviar artigos sugestivos para os periódicos principais da igreja, esperando contribuir com o debate teológico e incentivar nossa missão.


As publicações adventistas fizeram toda a diferença em minha vida. Elas foram fundamentais em minha conversão, amadurecimento espiritual e envolvimento na missão evangélica. Além disso, ampliaram meus horizontes como profissional e ajudaram-me em outros aspectos da vida, como o desenvolvimento de bons relacionamentos e de um estilo de vida saudável. Por isso, sou um apaixonado leitor e promotor das publicações adventistas, pois elas podem projetar um futuro brilhante para qualquer jovem. Desejo continuar lendo essas mensagens e entesourá-las no coração, até a volta de Jesus.


Ribamar Diniz
Bacharel em Teologia pelas Faculdades INTA
Estudante da Licenciatura em Teologia no SALT-Bolívia


Páginas que definiram meu futuro, 1

Alguém disse que as duas maiores influências sobre qualquer vida são as pessoas com quem convivemos e os livros que lemos. Concordo plenamente com essa afirmação. Por isso gostaria de destacar a influencia positiva das publicações adventistas em minha vida e como elas transformaram meu futuro.



Primeiros Contatos


Meu primeiro contato com a literatura adventista aconteceu ainda durante os estudos bíblicos, em 1995. Aldemy Freitas, meu instrutor bíblico, era (e segue sendo) um entusiasta da literatura cristã. Ao visitar sua casa para estudar a Bíblia, via sua estante repleta de livros, revistas, apostilas, fotocópias, etc. Além do impacto visual, Aldemy comentava sobre o conteúdo de várias desses materiais. Um dia, ele leu várias porções do livro Vida de Jesus, de Ellen G. White. Outro dia, resumiu o conteúdo de algumas obras sobre saúde.


Depois da Bíblia Sagrada, a influência de uma publicação foi decisiva em meu processo de conversão. Certo dia, ao visitar Aldemy, percebi que ele estava separando vários materiais antigos para queimar. Pedi um daqueles livros condenados ao fogo. Tempo depois, viria saber, que se tratava da lição da escola sabatina dos adultos. Levei aquela lição para casa e ela alcançou meu coração para Cristo.


Há várias semanas eu estudava o livro bíblico do Apocalipse. Percebia que aqueles ensinos eram corretos e que eu devia abraçar a verdade. Antes disso, porém, precisava conhecer e aceitar a Jesus em meu coração. Quando li aquele material, intitulado “O Céu Desceu até Nós”, fui profundamente tocado pelo sacrifício de Cristo em meu lugar. Estudei sobre seu sofrimento na cruz do calvário, sobretudo sobre sua traição no Jardim do Getsêmani. Nessa ocasião, Judas entregou o Mestre por 30 moedas de prata. Uma frase me comoveu: “A voz tremia-Lhe de dor, ao acrescentar: ‘Judas, com um beijo traís o Filho do homem?’” (Lc 22:48). (Ellen G. White, O Desejado de todas as nações, edição especial, 2007, 490). Essa frase atingiu meu coração em cheio, constrangendo-me a aceitar esse maravilhoso Salvador.


Após ser batizado na Igreja Adventista (10 de agosto de 1996), tive o primeiro contato sério com os escritos de Ellen White. Menos de três meses após a cerimônia, em outubro daquele ano, fui convidado para pregar numa quarta-feira na Igreja Central de Juazeiro do Norte. Nessa época, estávamos estudando, durante os cultos de oração, o livro do ano: Educação, de Ellen White. Estudei um capítulo e preguei uns 25 minutos para uma igreja atenta. Eu havia sido um menino e adolescente muito tímido, mas, graças a Deus e as orientações de Sérgio Oliveira, me saí bem, recebendo vários elogios à porta.


Nessa época, chegou as minhas mãos o livro O Grande Conflito. Apesar de ser uma obra extensa, foi gratificante ler esse clássico que é considerado o principal livro de Ellen White. Para terminar a leitura, dediquei várias tardes de sábado, no fundo do quintal de casa. Como estava começando a estudar a Bíblia (especialmente o Apocalipse), esse livro foi fundamental para eu entender o grande conflito entre o bem e o mal, entre Cristo e Satanás. Pude perceber também o cumprimento das profecias na história da Igreja Cristã e fortalecer minha fé inicial.


Ainda em outubro, ingressei na Colportagem Evangelística (distribuição de literatura cristã), graças ao incentivo de Aldemy e sob sua orientação. Ainda lembro o dia em que ele ensinou-me a fazer a apresentação, com o Vida de Jesus. Vendendo os materiais da Casa Publicadora Brasileira por oito anos, percebi a importância deles no fortalecimento espiritual das pessoas. Sempre digo que colportando aprendi a pregar e apreciar as publicações da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Nessa obra, passei a valorizar os livros que distribuía, e comecei a montar minha biblioteca. Depois de alguns anos e reclamações da esposa (eu gastava muito dinheiro em livros), já colecionava cerca de 500 volumes. Quando viajei para a Bolívia em 2008, vendi (ou doei) a maioria deles, guardando apenas alguns mais importantes.


As publicações adventistas fizeram à diferença no início da minha cristã. Foi lendo uma lição bíblica que senti um forte desejo de entregar meu coração a Cristo, por tudo que Ele havia feito por mim. Os livros de Ellen White, por outro lado, ajudaram-me a ampliar meus conhecimentos bíblicos, desenvolvendo minha fé nas Escrituras como a Palavra de Deus. Isso foi fundamental para minha permanência na igreja.


Ribamar Diniz
Bacharel em Teologia pelas Faculdades INTA
Estudante da Licenciatura em Teologia no SALT-Bolívia

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Fórum Web Adventista e o evangelismo na rede

Nos dias 24 à 26 de junho de 2012 o primeiro Fórum Web Adventista, realizado no auditório Milton Souza da Novo Tempo (Jacareí, SP), reuniu um grupo visionário que têm testemunhado a conversão de pessoas através da internet e acredita que essa ferramenta é mais um instrumento de Deus na comunicação com a geração atual.

Eles estiveram conectados o tempo todo, e a timeline da hashtag #ForumWeb informava os principais destaques do momento.

Rádio, TV, web, assessoria de imprensa, marketing, planejamento integrado de comunicação, relações-públicas, fotografia, produção de vídeos, tudo foi objeto de discussões e apresentação de cases de sucesso com iniciativas bem sucedidas em diversas regiões do Brasil, Argentina, Equador e Peru.

Através de palestras apresentadas por profissionais da área, trocas de experiências, e debates o grupo interagiu e vibrou com os projetos globais de internet da Igreja Adventista.

O evento foi transmitido ao vivo pela internet com tradução simultânea em português, inglês e espanhol.

Mensagens musicais com Ozéias Reis e os Arautos do Rei traziam inspiração às manhãs do evento. Os participantes também tiveram momentos especiais de oração pelos projetos de evangelismo na internet.

Para Garrett Cadwell, Relações Públicas da sede mundial da IASD, esse Fórum chama a atenção para o que a Igreja precisa nesse momento, que é junção de internet, tecnologia e evangelismo. Segundo ele, esse encontro é importante porque traz pessoas que trabalham pela igreja e tem paixão pelo evangelismo e pelos meios digitais.

Durante a programação aconteceu a entrega do prêmio “Comunicando Jesus” na Web para os blogs que se destacaram na área de evangelismo voluntário.

“Hoje, mais do nunca se exige do comunicador cristão esse poder de concentração de relevância, usar palavras-chaves que possam atrair até quem passa correndo, como diz Habacuque 2:2”, Michelson Borges, jornalista e blogueiro.

O primeiro curso bíblico para android, "O Caminho" foi apresentado e você pode baixar em seu smartphone aqui.

Outro desafio lançado no Fórum e abraçado pelos comunicadores presentes, e aqueles que acompanhavam via internet foi: evangelizar 100 milhões de pessoas nos grandes centros na América do Sul.

E a novidade evangelística que já é aguardada ansiosamente por todos trata-se da web série baseada no livro “O Grande Conflito” de Ellen White, produzida pela Conferência Geral da Iasd. O primeiro episódio de 11 foi apresentado no Fórum, confira:

Ainda sem data prevista para o lançamento, a série para internet estará disponível em português, inglês, espanhol e francês para ser compartilhada gratuitamente.

O próximo Fórum Web Adventista já tem data, de 28 a 30 de junho de 2013!

 As palestras apresentadas no Fórum Web estão disponíveis na página do evangelismoweb.

Débora Teixeira/Franciele Mota/Cárolyn Azo

Fonte: Novo Tempo

O recomeço na vida de um líder

Introdução

Quando falamos em recomeço espiritual, alguns personagens bíblicos são lembrados por suas histórias e demonstrações de arrependimento sincero. Sem dúvida o primeiro deles é o rei Davi, que renovou sua vida espiritual depois de adulterar com Bate-Seba (veja Sl 51). Outro ícone em recomeço espiritual é Pedro, que se arrependeu sinceramente depois de haver negado a seu Mestre (Mt 26:69-75). Outro personagem geralmente recordado é Sansão, que retornou para Deus nos últimos momentos de sua vida (Jz 16:28).

Nesse contexto, quase não se fala em Arão, um grande líder do povo de Deus no Antigo Testamento. O episódio do bezerro de ouro marcou negativamente a vida do irmão de Moisés, a tal ponto que poucos falam (positivamente) sobre ele. Talvez sua participação na apostasia de Israel, a presença dominante de Moisés, além de sua atuação como um pai negligente (Nm 3:4) [1] , levou os pregadores a não valorizarem seus pontos positivos. Nesse artigo, veremos o que a Palavra de Deus tem a dizer sobre as qualidades de Arão, suas quedas e arrependimento.


Quem era Arão


Etimologicamente o nome de Aarão, do hebraico 'Aharón, significa “maestro”, “ilustre [ilustrado]” o “iluminado”. Ele foi filho de Anraõ e Jocabede, nascido no Egito e descendente de Levi (Ex. 6:20; 1 Cr. 6:1-3). Teve uma irmã mais velha, Miriam (Ex. 7:7; cf 2:4), e um irmão três anos mais jovem, Moisés (7:7). Casou-se com Elisabete, da tribo de Judá, com quem teve quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e ltamar (6:23).[2]


Arão tinha dotes de comunicação destacados. Ele foi comissionado por Deus para ser o intérprete de Moisés nas entrevistas com Faraó, que resultaram na libertação dos israelitas do Egito. Antes de partir em missão para o Egito, Ellen White diz que “Arão, sendo instruído pelos anjos, saiu ao encontro de seu irmão, de quem estivera tanto tempo separado”.[3] Deus declarou que ele devia falar ao povo como porta voz de Moisés não apenas a alguns líderes egípcios, mas também em alguns momentos a todo o povo de Israel (Veja Ex 4:14-16). Antes de falar a Faraó, Moisés e Arão dirigiram um reavivamento entre o povo de Israel (Ex 4:29-31). Arão também realizou milagres, através do poder divino, no Egito, a fim de libertar o povo de Israel. (Veja Ex 7-11; 11:10).


Em Refidim, Arão e Hur sustentaram no alto os braços de Moisés na vitoriosa batalha contra os amalequitas (Ex 17:8-13). Ao pé do Monte Sinai, ele e seus filhos Nadabe e Abiú, com 70 anciãos de Israel tiveram o privilégio de acompanhar a Moisés mais além dos limites estabelecidos para o restante do povo (Ex 24:1-11). [4] Nessa ocasião, Arão e seus filhos “viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira, e se parecia com o céu na sua claridade.” (Ex 24:10).


Enquanto os israelitas permaneciam junto ao Sinai, Arão e seus filhos foram designados e consagrados para servir como sacerdotes no Santuário (Ex. 28:40-29:37; 40:13-16; Lv 8). Arão oficiou como sumo sacerdote durante 38 anos, até poucos meses antes de Israel entrar em Canaã (Num 33:38). Ele foi, portanto, o fundador do sacerdócio israelita e seu primeiro sumo sacerdote. Por ordem divina suas roupas sacerdotais foram retiradas e colocadas sobre seu filho Eleazar como sinal de que ele sucedia o pai no sumo sacerdócio (vs 25, 26). Arão morreu com 123 anos (33:39) e foi sepultado no monte Hor, na fronteira com Edom (20:27, 28; 33:37, 38; Dt 32:50). Como demonstração de apreço, “toda a casa de Israel”, chorou sua morte por 30 dias (Num 20:29).[5] Durante sua vida, ele havia ajudado seu irmão na condução do povo de Deus até aos portais de Canaã. Arão também é mencionado nas Escrituras como um símbolo da união entre os irmãos (Veja Sl 133:1, 2). Depois de Moisés, ele foi o homem mais honrado pelo céu e o personagem mais influente nos anos de peregrinação de Israel no deserto.


Funções de Arão

Praticamente todos conhecem a queda de Arão, mas poucos sabem de seus dons e capacidades. Ele exerceu três papéis principais. Quando comentarmos sobre seus pecados, vamos entender claramente que, na vida de um líder, o talento ou os cargos jamais substituem a consagração.


Líder. Desde a saída do povo de Israel do Egito até sua chegada a Canaã, Arão foi o segundo líder depois de Moisés (Ex 24:14; Nu 16:3; 33:1). A Bíblia admite que Deus conduziu o Seu povo, “como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão.” (Sl 77:20). O Espírito de Profecia confirma que, depois de Moisés, Arão era o principal dirigente de Israel.[6]

Profeta. Poucos sabem que Arão recebeu o autêntico dom de profecia (Veja Ex 4:15,16; 7:1, 9). Ele recebeu várias revelações especiais de Deus para o Seu povo. O testemunho bíblico é: “Pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã” (Mq 6:4). Ellen White é clara ao dizer que Miriã e seu irmão “eram favorecidos com o dom de profecia”, pois Deus havia falado com eles através “de visões e sonhos”.[7]


Sacerdote. Segundo o livro de Êxodo, capítulo 28, Arão foi especialmente separado para servir como sacerdote do Senhor. Durante quase 40 anos, ele serviu fielmente nessa função, deixando um legado para as futuras gerações de sacerdotes até o tempo de Cristo, quando o sacerdócio exclusivo foi extinto (Veja 1 Pd 2:9; Ap 1:6).[8]


Se a vida de Arão se resumisse a suas qualidades e papéis, ele teria sido um exemplo perfeito para nós. Mas existem alguns pontos em sua trajetória como líder que deixam a desejar. São justamente essas falhas e sua recuperação diante delas, que alentam os líderes atuais para a possibilidade de um recomeço.


As Quedas


Como líder do povo de Deus, Arão teve pelo menos três quedas graves, que iremos considerar agora. A primeira delas foi a mais trágica de todas. Aconteceu ao pé do Monte Sinai, enquanto Moisés estava em comunhão com Deus, para receber as tábuas da lei. O livro de Êxodo narra o que aconteceu:


“Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido. Disse-lhes Arão: Tirai as argolas de ouro das orelhas de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas e trazei-mas. Então, todo o povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão. Este, recebendo-as das suas mãos, trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro fundido. Então, disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isso, edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã, será festa ao SENHOR. No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.” (32:1-6).


O povo de Israel, acostumado a representações materiais da divindade no Egito, achava difícil confiar em um ser invisível, passou a depender de Moisés para lhes sustentar a fé. Parecia a muitos que seu chefe desertara, o que fora consumido pelo fogo devorador. Os primeiros a se tornarem “descuidados, desatentos e desordenados” foram a “mistura de gente” (Ex 12:38) que havia acompanhado o povo. Eles foram os primeiros a entregarem-se a murmuração e a impaciência, liderando a apostasia. Junto com o povo, argumentaram que a nuvem que os havia guiado repousara sobre o monte e não mais os guiaria. Se resolvessem voltar ao Egito, teriam o favor dos egípcios, já que teriam agora um deus material diante de si.


O bezerro de oro era uma representação do deus egípcio Ápis, cujo culto era acompanhado da mais grosseira licenciosidade e o relato das Escrituras denota que a adoração ao bezerro foi acompanhada por toda a devassidão usual no culto pagão (Ex 32:6; Sl 106:19,20).[10]


Tal ocasião crítica exigia um homem de firmeza, decisão e coragem inflexível; um homem que tivesse a honra de Deus em maior conta do que o favor popular, a segurança pessoal, ou a própria vida. Mas o atual líder de Israel não era deste caráter. Arão com fraqueza, apresentou objeções ao povo, mas sua vacilação e timidez no momento crítico apenas os tornou mais decididos... Arão temeu pela sua própria segurança; e, em vez de manter-se nobremente pela honra de Deus, rendeu-se às exigências da multidão... E ainda há Arãos flexíveis, que ao mesmo tempo em que mantêm posições de autoridade na igreja, cederão aos desejos dos que não são consagrados, e assim os induzirão ao pecado.[11]


Arão, temendo pela sua segurança; rendeu-se as exigências da multidão. Quando pediu os brincos de ouro, ele pensou “que o orgulho do povo os levasse a recusar tal sacrifício.” Ele mesmo, que havia repreendido ao Egito, uma nação idolátrica, construiu um de seus deuses, o que foi um “insulto a Jeová.”[12] Quando Moisés desceu do monte, destruiu o ídolo e repreendeu duramente a Arão, que apresentou várias desculpas e prevaricações por seu pecado (Ex 32:21-25 ). Apesar disso, ele “foi tratado como o principal culpado”, pois podia haver impedido aquela grosseira apostasia.[13]


De todos os pecados que Deus punirá, nenhum é mais ofensivo à Sua vista do que aquele que incentiva o outro a fazer o mal. Deus quer que Seus servos demonstrem sua lealdade, repreendendo fielmente a transgressão, por penoso que seja este alto. Aqueles que são honrados com uma missão divina, não devem ser fracos e flexíveis servidores de ocasião. Não devem ter como seu objetivo a exaltação própria, nem afastar de si os deveres desagradáveis, mas sim efetuar a obra de Deus com inabalável fidelidade.[14]


A segunda queda de Arão aconteceu em Hazerote, quando pela influencia de Miriã, ele desafiou a liderança de Moisés, dizendo: “Porventura, tem falado o Senhor somente por Moisés Não tem falado também por nós?” (Nm 12:2). Arão e Miriã haviam ocupado posição de grande honra e chefia em Israel, além de serem profetas. Eles ficaram com ciúmes de Moisés por não haverem sido consultados na designação dos setenta anciãos, pois “consideraram-se co-participantes seus e na mesma medida, do cargo da liderança, e acharam desnecessária a designação de mais auxiliares.” Mas Arão havia fracassado quando recebeu responsabilidade no episódio do bezerro de ouro. Porém os dois irmãos estavam cegos pela inveja, ambição e desejo de exaltação própria. Eles entendiam ter direito a mesma posição e autoridade de Moisés.[16]


Para afetar a seu irmão, Miriã e Arão, falaram “contra Moisés, por causa da mulher cuxita que tomara; pois tinha tomado a mulher cuxita” (Nm 12:1). A acusação era infundada, pois embora Zípora não fosse israelita, era descendente de Abraão e adoradora do verdadeiro Deus. A verdadeira razão dessa antipatia foi o fato de ela haver apresentado o caso de Moisés a Jetro (seu pai), quem aconselhou Moisés a estabelecer auxiliares, o que diminuiu a influencia de Miriã e Arão. Mais uma vez, Arão poderia ter evitado o problema, mas em vez de mostrar a sua irmã seu pecado, compartilhou-lhe os sentimentos.[17]


Essa rebelião levou o próprio Deus a descer na coluna de nuvem e repreender duramente os dois irmãos. “E a ira do Senhor contra eles se acendeu; e retirou-se. A nuvem afastou-se de sobre a tenda; e eis que Miriã achou-se leprosa” por sete dias. (Nm 12:5-15). “Arão foi poupado, mas teve severa repreensão no castigo de Miriã.”[18]


A Bíblia nos ensina especialmente a nos precavermos quando a fazer acusações contra aqueles a quem Deus chamou para agirem como Seus embaixadores... Aquele que pôs sobre os homens à pesada responsabilidade de chefes e instrutores de Seu povo, responsabilizará o povo pela maneira por que tratam os Seus servos. Devemos honrar aqueles a quem Deus honrou. O juízo que caiu sobre Miriã deveria ser uma repreensão a todos os que se entregam à inveja, e murmuram contra aqueles sobre quem Deus põe o encargo de Sua obra.[19]


Finalmente a última falta grave de Arão aconteceu em Meribá. Considero esta falta pior que as duas primeiras. Nas duas primeiras Arão havia levado o povo a adorar a um falso deus e havia afrontado a liderança de Moisés, mas na terceira ele feriu a Cristo, o Deus verdadeiro e legítimo líder de Israel (Nm 20:8-12).


Quando, “não havia água para o povo; então, se ajuntaram contra Moisés e contra Arão... então se foram de diante do povo para a porta da tenda da congregação e se lançaram sobre o seu rosto e a glória do Senhor lhes apareceu. Disse o Senhor a Moisés: toma o bordão, ajunta o povo, tu e Arão, teu irmão, e, diante dele, falai a rocha, e dará a sua água... Moisés e Arão reuniram o povo diante da rocha, e Moisés lhe disse: Ouvi, agora, rebeldes: porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros? Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais. Mas o Senhor disse a Moisés e a Arão: visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhes dei.” (Nm 20:2-12).


Embora somente o pecado de Moisés seja enfatizado nesse episódio, Arão também errou nessa ocasião. Ele perdeu a paciência, manifestou falta de confiança em Deus, foi cúmplice no golpe à rocha, que já havia sido ferida em Refidim, simbolizando a morte de Cristo (1 Cor 10:4). Pior do que isso, ao dizerem “tiraremos água desta rocha pra vós”? Moisés e Arão “puseram-se no lugar de Deus, como se o poder estivesse com eles, homens possuidores de fragilidades e paixões humanas.”[20]


O Recomeço


Devido a gravidade das faltas de Arão, muitos têm um conceito negativo sobre ele. Eu pessoalmente não tinha muita simpatia para com ele e não conseguia perdoá-lo.[21] Depois de estudar esse tema, consegui absolver a este líder, pois o próprio Deus o perdoou completamente. Dois textos bíblicos comprovam que ele recebeu uma nova oportunidade. Veja por exemplo a experiência de seu bordão, que floresceu (Nm 17:5-8), ilustrando sua aceitação por parte do Senhor. O segundo texto que considero importante é o Salmo 99, versos 6-8.


Esse salmo demonstra que Arão se arrependeu completamente de seus pecados, foi readmitido no favor de Deus e recomeçou sua vida espiritual. O texto declara que Deus ouvia as orações de Arão, Se revelava a ele, pois Arão guardou seus mandamentos. No verso 8 Deus proclama inquestionavelmente que foi para Arão “Deus perdoador, ainda que tomando vingança dos seus feitos” (Sl 99:6-8). Além disso, três atitudes de Arão testificam de seu recomeço espiritual, nas três ocasiões em que ele fraquejou.


Arrependimento sincero. No episódio do bezerro de ouro, embora Arão não tenha inicialmente confessado seu pecado, esteve entre aqueles “que se arrependeram e se humilharam”. Ele foi perdoado, pois Moisés intercedeu pelo povo, do qual ele fazia parte (Veja Ex 32:30-32). Comentando a rebelião contra Moisés Ellen White escreveu que ele “agora, com o orgulho humilhado até ao pó... confessou seu pecado, e rogou que sua irmã não fosse deixada a perecer por aquele flagelo repugnante e mortal.”[23] Sobre o evento da rocha em Meribá, ela acrescentou: “O Senhor aceitou seu arrependimento.”[24]

Submissão a disciplina do Senhor. De igual maneira, nos três episódios mencionados, Arão aceitou a disciplina do Senhor. Seu silêncio diante dos castigos impostos por Deus a ele mesmo ou ao povo é uma forte evidência disso. No caso do bezerro de ouro, ele aceitou a morte de milhares de seus irmãos, além de outras sanções impostas (Veja Ex 25-29)[25]. Na rebelião contra Moisés, Arão aceitou a repreensão do Senhor, feito a ele mesmo e a Miriã. Finalmente ao ser co-participante dos eventos em Meribá, Arão foi privado de entrar na terra prometida, sendo humilde ante aquela punição merecida.


Obediência e humilhação diante de Deus. Além de arrepender-se sinceramente de seus pecados e aceitar a disciplina do Senhor, Arão procurou, depois de ser perdoado, obedecer a Deus, guardando “seus mandamentos e a lei que lhes tinha dado” (Sl 99:8).


Creio que cada vez que Arão abençoava ao povo de Israel ele mesmo se sentia-se abençoado por Deus, que o Senhor havia-lhe perdoado por três vezes, oferecendo a ele uma nova chance de recomeçar espiritualmente (Ex 6:23-26). O mesmo pode suceder com cada líder do povo de Deus em nossos dias.


Ribamar Diniz
Bacharel em Teologia pelas Faculdades INTA
Licenciando em Teologia no SALT - Bolívia


Referências:

1. Veja Ellen G. White, Patriarcas e Profetas (Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2007), 256-259. Esta é a edição do projeto Conectando com Jesus.
2. Dicionário Bíblico Adventista del Séptimo Día, em Biblioteca Cristiana Adventista 2011, versão 1.0, ver “Aarón”.
3. White, Patriarcas e Profetas, 179.
4. Dicionário Bíblico Adventista, Aarón.
5. Ibidem.
6. White, Patriarcas e Profetas, 303.
7. Idem, 275, 277.
8. Como profeta Arão representava a Deus diante do povo e como sacerdote representava o povo diante de Deus. Assim sendo, ele também assumia o papel de maestro, ensinando lições espirituais ao povo.
9. White, Patriarcas e Profetas, 223.
10. Idem, 224.
11. Ibidem, 225-225.
12. Ibidem, 225.
13. Idem, 228.
14. Ibidem, 229.
15. Ibidem, 276.
16. Ibidem, 276.
17. Ibidem, 276-277.
18. Ibidem, 278.
19. Idem, 278.
20. White, Patriarcas e profetas, 303.
21. Vários textos bíblicos ensinam que devemos perdoar uns aos outros (Mt 6:14-15; Tiago 5:16)
22. White, Patriarcas e profetas, 229.
23. White, Patriarcas e profetas, 278.
24. Idem, 304.
25. Ibidem, 231.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Novo Tempo alcançará 2,5 milhões de pessoas em Fortaleza

Acaba de ser inaugurada em Fortaleza (CE) a TV Novo Tempo em canal aberto. A programação foi ao ar nesta sexta-feira, 29 de junho.


No Ceará a TV está presente nas cidades de Paraipaba, Aurora, Ipaumirim e Irauçuba, e agora a capital cearense também entra na estimativa. Foi adquirido um canal aberto para transmissão da TV na cidade e toda a população poderá assistir a programação através do canal vinte e cinco.


Na cerimônia de dedicação do novo canal, o pastor Moisés Moacir, líder da Igreja Adventista para o Nordeste, destacou ser Fortaleza a segunda capital nordestina com a TV em canal aberto. “É um privilégio para a igreja e sociedade ter uma grade de programação de tanta qualidade como a TV Nova Tempo”. Além disso, o participante do processo para aquisição do canal e secretário da Igreja Adventista para o Nordeste, pastor Eliezer Júnior, afirma ter sido a ação de Deus responsável pelo resultado obtido. “Nesse processo todo eu vi a mão de Deus guiando. Em alguns momentos poderíamos pensar que seria inviável, mas Deus abriu as portas e hoje é uma alegria muito grande saber que pessoas irão conhecer a verdade através da Novo Tempo”.

De acordo com líder da Igreja Adventista para os estados do Ceará e Piauí, pastor Lucas Alves, esse momento exige uma eficaz participação das dezenas de igrejas espalhadas no território. “Que as portas das nossas igrejas estejam muito mais abertas porque temos aproximadamente 1,5 milhão de pessoas que assistem ao canal aberto, se 1% da população assistir a TV Novo Tempo teremos cerca de 15 mil pessoas, portanto passaremos a receber maior número de visitantes em nossas igrejas”, explicou.


Fonte: Texto resumido de UNeB.

Projeto Evangelize um Nordestino

Bom dia, amigos. A minha satisfação em contactar o povo de Deus espalhado nesse vasto Brasil é grande. A oportunidade de entrar em contato com você é imensa. Parabéns pelo excelente trabalho que você vem realizando na sua igreja, ao colaborar na conquistar de almas para o reino de Deus. Nesse aspecto, existe um segmente muito especial espalhado em todo o Brasil (inclusive em sua cidade e região). Me refiro aos nordestinos (cearenses, pernambucanos, alagoanos, bahianos, sergipanos, piauienses, maranhenses, etc.) que vivem em todas as regiões brasileiras. Eles precisam conhecer a mensagem adventista a fim que tenham, assim como nós, a esperança na segunda vinda de Jesus. Como ferramenta para isso, estamos sugerindo a distribuição do livro O Adventismo na Terra do Padre Cícero: Uma História de Fé, Perseguição e Milagres, publicado recentemente pela Sociedade Criacionista Brasileira.



Esse livro é fruto de uma pesquisa de 5 anos e trata da história da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Juazeiro do Norte, uma das cidades mais importantes do Nordeste. Juazeiro é uma referência para a maioria dos nordestinos, devido a vários fatores: É uma cidade extremamente católica, uma das que mais cresce economicamente na região, e um pólo de manifestações culturais encontradas em todo o nordeste. Além de abordar o assunto de um ponto de vista religioso, o livro apresenta um capítulo especial sobre a cidade de Juazeiro, que completou un século em 2011. No final de cada capítulo a obra traz um suplemento especial sobre temas culturais e espirituais, como o conflito entre a verdadeira adoração e a reverência às imagens de escultura. Além disso, para os jovens, o material apresenta um box (Conheça Mais), onde são apresentados os melhores livros e sites para novas leituras.


Cremos que esse material, recomendado pelos pastores Rubens Lessa, Renato Stencel, Márcio Costa, Geovani Queiroz e o jornalista Michelson Borges têm um conteúdo atrativo e condizente com a doutrina adventista. Este livro pode ser presenteado junto A Grande Esperança (de Ellen White) aos nordestinos que vocês conhecem (parentes, amigos, colegas de trabalho e faculdade, etc.). O investimento para adquirir 2 exemplares é de apenas 50,00 reais (mais o frete). A idéia é de que cada membro da igreja adquira dois livros para que um seja doado a um nordestino. Como estou trabalhando em Corumbá (MS) você pode fazer seu pedido pelo e-mail ribamardiniz@hotmail.com ou pelo telefone (67-8432-2489).


Além dos benefícios missionários, vocês estarão apoiandos os jovens Ribamar Diniz e Josimar Souza em seus estudos universitários. Ambos estudam teologia na Universidade Adventista da Bolívia, com sede em Cochabamba, Bolívia.  


Atenciosamente,


Ribamar Diniz
Bacharel em Teologia pelas Faculdades INTA
Estudante de Teologia do SALT - Bolívia

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sobre questões de ordenação, liderança adventista insta por processo ordenado


A liderança mundial dos adventistas do sétimo dia lançou um "apelo à unidade", bastante incomum, para as unidades administrativas regionais da Igreja que já tiveram ou estão considerando ação independente em relação à ordenação de mulheres para o ministério evangélico. O pedido vem num comunicado divulgado hoje em resposta a ações de várias uniões associações, incluindo duas na América do Norte.

As uniões associações, elementos constitutivos fundamentais da Associação Geral da Igreja a nível mundial, indicaram tanto o desejo de ordenar mulheres como o de tomar medidas independentes que permitam tais ordenações em seus territórios. Atualmente, a Igreja Adventista do Sétimo Dia não ordena mulheres ao ministério, segundo votos tomados nas assembleias da Associação Geral em 1990 e 1995 sobre a questão, onde o tema foi um dos principais enfoques da delegação internacional.


O apelo -- disponível clicando AQUI -- foi elaborado e unanimemente aceito por consenso pelos oficiais da Associação Geral, um grupo de 40 líderes titulares da Igreja, incluindo os 13 presidentes de Divisão, que também servem como vices-presidentes da Associação Geral.

O apelo começa por destacar as recentes ações e/ou propostas, bem como por recordar a ambas as uniões associações e à membresia mais ampla da Igreja que o tema todo da ordenação está em estudo pela família adventista toda a nível mundial, com os resultados devendo ser conhecidos em 2014. Uma vez sejam esses resultados recebidos, afirma o documento, a Comissão Executiva da AG, a maior autoridade interina entre as assembleias quinquenais internacionais da Igreja, decidirá se deseja fazer novas recomendações sobre a questão da ordenação para a Assembléia da Associação Geral em San Antonio, Texas, em julho de 2015.


Até então, um movimento "para alterar ou modificar as práticas de ordenação é de caráter global e requer uma decisão do organismo mundial", afirma o documento.


"O fato de qualquer União apresentar uma prática diferente de ordenação ministerial é visto, pelo resto da Igreja, como disposição para anular uma decisão da Igreja a nível mundial e seguir noutra direção", escreveram líderes adventistas. "Tais ações, tomadas no momento em que a Igreja por todo o mundo está envolvida num estudo e discussão da matéria, prejudica o processo e qualquer decisão que possa advir do mesmo".


Os líderes apontaram à abordagem colaborativa para as principais decisões que têm caracterizado as praxes da Igreja Adventista do Sétimo Dia desde a organização da denominação há quase 150 anos, em 1863: "A essência da unidade no funcionamento organizacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia é o compromisso mútuo de todas as organizações quanto à negociação coletiva na tomada de decisão em questões que afetam a família toda—e a aceitação dessas decisões como da autoridade da Igreja. A ação de qualquer União na busca de um curso de ação diferente representa uma rejeição desse valor fundamental na vida denominacional".


Ao mesmo tempo, o apelo fazia observar que "os oficiais da Associação Geral acolhem e convidam as Uniões para participarem do estudo global da ordenação. Este estudo será o mais amplo e aprofundado que a Igreja já realizou sobre este tema. Estudos anteriores foram realizados por comissões. Esta é a primeira vez que um estudo da ordenação ministerial envolve toda a Igreja através das 13 Divisões”.


Os líderes reconhecem que a questão da ordenação de mulheres tem sido um tema de grande preocupação para muitos dentro do movimento: "... Reconhecemos que convicções nitidamente diferentes com relação à ordenação ministerial para as mulheres existem em nossa família global. Também percebemos que a passagem do tempo sem encontrar satisfação para as tensões sobre essa questão pode dar origem à frustração e à erosão da confiança que uma resolução oportuna e mutuamente satisfatória pode ser encontrada".


No entanto, os líderes mundiais adventistas disseram "apelar sinceramente" às uniões envolvidas a que:


1. Operem em harmonia com as decisões da Igreja a nível global;

2. Evitem qualquer ação independente contrária às decisões tomadas pelo organismo mundial da Igreja em 1990 e 1995;

3. Comuniquem a seus membros as implicações da ação independente para o bem-estar da denominação a nível global;

4. Empenhem-se ativamente na discussão global corrente sobre a prática da ordenação programada para ser definida em 2014 e 2015.


Em 31 de dezembro de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia tinha 60 Uniões com status de Associação e 59 Uniões com status de Missão. Organizada como uma Associação Geral em 1863, a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem 17 milhões de membros batizados e está presente em 209 países e territórios em todo o mundo. Estima-se que 30 milhões de pessoas assistam aos cultos adventistas do sétimo dia semanalmente.


Fonte: ANN

Meu nome era Madrugada, sobrenome: Balada


Ainda me lembro que quando criança, ouvia historias desse ETERNO AMOR, nas aulas de Ensino Religioso, ou quando batia curiosidade e perguntava pro meu irmão. Eu tinha um convicto filho de Deus na minha casa, tinha um exemplo ali do meu lado, o que eu não tinha era coragem de conhecer a fé que transformou tantas vidas.


Fazia a oração apenas antes de dormir, mas dormia no meio dela, até que um dia parei de fazer esse mínimo que me aproximava dEle. Não foram tempos fáceis, e não entendia por que estava tudo daquele jeito, de cabeça pra baixo. Sei que aquele ETERNO AMOR estava ao meu lado o tempo inteiro, pedindo pra que eu O deixasse ajudar, mas eu não ouvia... não queria ouvir.


Até que me lembrei dEle de novo, mas do jeito SOS Estava com problemas? Chorava em seus ombros até não poder mais. Estava tudo bem? Ok sou dona da minha vida e dela cuido eu.


Foram tantas as situações em que percebia que Ele me protegia. Nos lugares aonde eu ia, nas coisas erradas que fazia, não entendia por que Ele SEMPRE me ajudava, sem ser merecedora, sem pedir, sem querer sua companhia e proteção.


Por enquanto estava tudo “normal”, isso até eu conhecer o “mundo”, sim, nessa pequena cidade [Corumbá] existe um mundo, e esse foi o caminho que precisei percorrer pra sentir falta daquEeeeeeele ETERNO AMOR, isso mesmo, sentir falta de Quem eu nem queria por perto.


Meu nome era madrugada, sobrenome: balada. Queria viver aquilo, me perder naquilo, e realmente me perdi. Talvez tudo isso fosse uma tentativa de fugir das dificuldades que enfrentava, mas quem disse que ao voltar pra casa elas desapareciam? Era tão terrível suportar tudo, abre aspas, “sozinha”, fecha aspas. Com certeza, o ETERNO AMOR que tenho citado, estava mais uma vez ao meu lado, oferecendo ajuda. Confesso que eu ouvia, mas pensava: eu? Dentro de uma igreja? Só vou pra lá quando for digna de entrar na casa de Deus. E continuava naquele sofrimento, naqueles picos de felicidade que alternavam com a infelicidade.


Sempre fui muito sonhadora, em relação há planos, e em relação a fechar os olhos pra dormir e 5 segundos depois já estar sonhando. Creio que assim, o ETERNO AMOR encontrou outra maneira de me chamar pra perto dEle. Dessa vez, não apenas ouvi, mas atendi àquele constante chamado. Claro que se ignorasse de novo, Ele continuaria me chamando inúmeras vezes mais pros Seus braços, pois não desiste de ninguém... Nunca se cansa de amar.


A partir do momento em que firmei um compromisso com o meu Pai, tenho vivido o mais intenso amor que alguém já sentiu. Seja nas grandes coisas, ou até na mais pequenina de todas elas, posso sentir que Ele caminha comigo, fala comigo, ri da forma que conversamos, principalmente quando me vê conversando com outras pessoas. Creio que Ele se alegre quando canto, posso até senti-lo cantando comigo. Que amor é esse? Quem consegue explicar sua forma tão simples, e ao mesmo tempo tão complexa de amar?


Agora sim posso dizer que conheço de perto esse amor, esse ETERNO AMOR. Enfrentar dificuldades eu enfrento, momentos de desânimo na vida espiritual, pessoal, sempre haverá lutas. A diferença é que agora tenho em Quem recuperar o fôlego, não me sinto mais sozinha, sei que não estou sozinha, não quero estar sozinha.


Quem diria, aqui estou, rendida estou, sei que SOU FELIZ. Quem diria, aquEle ETERNO AMOR hoje brilha em mim. Seu nome é JESUS, morreu por mim na cruz, e em cada coração quero fazer nascer a Sua LUZ!


Marianna Batista do Valle 
Membro da Igreja Adventista de Monte Castelo, Corumbá (MS) 

Nota: Conheci Marianna no dia 30 de junho de 2012, durante uma Vigília Jovem do distrito Nova Corumbá, liderado pelo pastor Rafael Candelório. Ela leu seu testemunho e eu fiquei impressionado com a sua história e habilidade literária. Como eu estava divulgando meu livro nessa igreja, incentivei essa jovem a seguir escrevendo, pois demonstra muita sensibilidade para escrever. Quando ela me escreveu por e-mail que estava agradecida "pela oportunidade de ver um texto" seu publicado no meu blog, eu devolvi o e-mail dizendo que me sinto honrado em publicar um testemunho tão lindo. Que Deus abençõe a Marianna e todos aqueles jovens que têm o talento da escrita.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Pensamentos Inspiradores

Em 2002, publiquei o livro "O Alicerce da Ação: textos e frases para reflexão." Esta pequena obra, contem 10 textos e 150 pensamentos sobre diversos assuntos. Esse livro foi fruto de alguns pensamentos que escrevi nos meus cadernos do ensino médio, junto a novas frases criadas durante o bacharelado em teologia. 

Já faz muito tempo que sou apaixonado pelas pequenas máximas, de grande conteúdo. Tenho um amigo que coleciona frases. Separei algumas para iluminar seu dia. Se você está passando por momentos difíceis, medite nelas, especialmente naquelas que falam de Deus e Sua disposição de ajudá-lo. Antes de ler os textos abaixo, medite na seguinte citação de Ellen White, uma autora norte americana.


“Melhor do que um título para o mais nobre palácio da Terra é o título para as mansões que nosso Senhor foi preparar. E melhor que todas as palavras de louvor terreno, serão as do Salvador aos servos fiéis: ‘Vinde, benditos de Meu ai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.’” – Ellen G. White


Adoração


A dificuldade com esse mundo é que os homens adoram o que usam e usam o que adoram. Agostinho de Hipona


Você não é tão mau para ingressar na igreja, nem tão bom para permanecer afastado dela. Horace Mann


Mesmo que você seja demasiado surdo para ouvir o pregador, a igreja ainda é o melhor lugar para escutar a Deus. J. A. Holmes


Nunca tememos criticar, mas quase sempre nos esquecemos de adorar. G. H. Morrison


Só há duas espécies de pessoas razoáveis: os que servem a Deus de todo o coração, porque o conhecem, e aqueles que o procuram de todo o coração, porque não o conhecem. Blaise Pascal


Deus é Espírito, e importa que os adoradores o adorem em espírito e em verdade.
Jesus Cristo


A adoração genuína é fruto da relação com Deus, baseada em uma correta apreciação de Seu caráter. Ribamar Diniz


Adversidade


A adversidade é a poeira do diamante com que os céus costumam polir as suas jóias. Leighton


O papagaio de papel (pipa) precisa de vento contrário para subir. C. Vasconcelos Jr.


A adversidade tem o efeito de despertar talentos, os quais, em circunstâncias favoráveis, permaneceriam adormecidos. Horácio


O arco-íris só é visto quando há nuvens. Luiz Waldvogel


O martelo despedaça o vidro, mas forja o aço. Dwight Moody


A escola da aflição diploma poucos alunos. Eleanor L. Doan


Se eu tivesse o caminho aberto diante de mim, sempre iria aos mesmos lugares.
Ribamar Diniz


As adversidades nos ensinam a desconfiar de nós mesmos e a confiar em Deus.
Ribamar Diniz


Alegria 


Devemos fazer públicas nossas alegrias e esconder nossas mágoas. Provérbio inglês


A alegria torna o homem pobre, rico; o descontentamento torna o homem rico, pobre. Benjamin Franklin


A alegria é uma coisa que é multiplicada quando dividida. Walter B. Knight


A alegria é que lubrifica os eixos do mundo. Há pessoas que atravessam a vida se atritando. Hugh Black.


A alegria renova a alma, como um banho renova o corpo. Ribamar Diniz


Fonte: Quase todos esses pensmaentos foram copiados de Moysés Marinho de Oliveira, 7.000 Ilustrações e Pensamentos: para sermões, Palestras e Boletins, 2ª. Edição (Rio de Janeiro: JUERP, 1981).