quinta-feira, 5 de julho de 2012

Meu nome era Madrugada, sobrenome: Balada


Ainda me lembro que quando criança, ouvia historias desse ETERNO AMOR, nas aulas de Ensino Religioso, ou quando batia curiosidade e perguntava pro meu irmão. Eu tinha um convicto filho de Deus na minha casa, tinha um exemplo ali do meu lado, o que eu não tinha era coragem de conhecer a fé que transformou tantas vidas.


Fazia a oração apenas antes de dormir, mas dormia no meio dela, até que um dia parei de fazer esse mínimo que me aproximava dEle. Não foram tempos fáceis, e não entendia por que estava tudo daquele jeito, de cabeça pra baixo. Sei que aquele ETERNO AMOR estava ao meu lado o tempo inteiro, pedindo pra que eu O deixasse ajudar, mas eu não ouvia... não queria ouvir.


Até que me lembrei dEle de novo, mas do jeito SOS Estava com problemas? Chorava em seus ombros até não poder mais. Estava tudo bem? Ok sou dona da minha vida e dela cuido eu.


Foram tantas as situações em que percebia que Ele me protegia. Nos lugares aonde eu ia, nas coisas erradas que fazia, não entendia por que Ele SEMPRE me ajudava, sem ser merecedora, sem pedir, sem querer sua companhia e proteção.


Por enquanto estava tudo “normal”, isso até eu conhecer o “mundo”, sim, nessa pequena cidade [Corumbá] existe um mundo, e esse foi o caminho que precisei percorrer pra sentir falta daquEeeeeeele ETERNO AMOR, isso mesmo, sentir falta de Quem eu nem queria por perto.


Meu nome era madrugada, sobrenome: balada. Queria viver aquilo, me perder naquilo, e realmente me perdi. Talvez tudo isso fosse uma tentativa de fugir das dificuldades que enfrentava, mas quem disse que ao voltar pra casa elas desapareciam? Era tão terrível suportar tudo, abre aspas, “sozinha”, fecha aspas. Com certeza, o ETERNO AMOR que tenho citado, estava mais uma vez ao meu lado, oferecendo ajuda. Confesso que eu ouvia, mas pensava: eu? Dentro de uma igreja? Só vou pra lá quando for digna de entrar na casa de Deus. E continuava naquele sofrimento, naqueles picos de felicidade que alternavam com a infelicidade.


Sempre fui muito sonhadora, em relação há planos, e em relação a fechar os olhos pra dormir e 5 segundos depois já estar sonhando. Creio que assim, o ETERNO AMOR encontrou outra maneira de me chamar pra perto dEle. Dessa vez, não apenas ouvi, mas atendi àquele constante chamado. Claro que se ignorasse de novo, Ele continuaria me chamando inúmeras vezes mais pros Seus braços, pois não desiste de ninguém... Nunca se cansa de amar.


A partir do momento em que firmei um compromisso com o meu Pai, tenho vivido o mais intenso amor que alguém já sentiu. Seja nas grandes coisas, ou até na mais pequenina de todas elas, posso sentir que Ele caminha comigo, fala comigo, ri da forma que conversamos, principalmente quando me vê conversando com outras pessoas. Creio que Ele se alegre quando canto, posso até senti-lo cantando comigo. Que amor é esse? Quem consegue explicar sua forma tão simples, e ao mesmo tempo tão complexa de amar?


Agora sim posso dizer que conheço de perto esse amor, esse ETERNO AMOR. Enfrentar dificuldades eu enfrento, momentos de desânimo na vida espiritual, pessoal, sempre haverá lutas. A diferença é que agora tenho em Quem recuperar o fôlego, não me sinto mais sozinha, sei que não estou sozinha, não quero estar sozinha.


Quem diria, aqui estou, rendida estou, sei que SOU FELIZ. Quem diria, aquEle ETERNO AMOR hoje brilha em mim. Seu nome é JESUS, morreu por mim na cruz, e em cada coração quero fazer nascer a Sua LUZ!


Marianna Batista do Valle 
Membro da Igreja Adventista de Monte Castelo, Corumbá (MS) 

Nota: Conheci Marianna no dia 30 de junho de 2012, durante uma Vigília Jovem do distrito Nova Corumbá, liderado pelo pastor Rafael Candelório. Ela leu seu testemunho e eu fiquei impressionado com a sua história e habilidade literária. Como eu estava divulgando meu livro nessa igreja, incentivei essa jovem a seguir escrevendo, pois demonstra muita sensibilidade para escrever. Quando ela me escreveu por e-mail que estava agradecida "pela oportunidade de ver um texto" seu publicado no meu blog, eu devolvi o e-mail dizendo que me sinto honrado em publicar um testemunho tão lindo. Que Deus abençõe a Marianna e todos aqueles jovens que têm o talento da escrita.

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