domingo, 20 de maio de 2012

Fim de Semana de Prática

O último foi um dos melhores fins de semana do ano. Por quê? Bem, vou explicar desde o início. Como estudante de teologia, faço práticas pastorais numa pequena congregação em construção, chamado “Los Alamos”, na cidade de Cochabamba. Como acontece em igrejas pequenas e com grandes desafios (o nosso é a construção), o desânimo toma conta dos membros. As críticas começam a ser mais freqüentes que as orações. A falta de compromisso se instala.

Quando chegamos ali, em março, percebemos que as condições não eram as melhores. Alguns membros escolheram outras igrejas (maiores) para congregar. Outros viajam com muita freqüência, e naturalmente não podem ajudar com gostariam. O pastor distrital estava chegando ao distrito e dirigindo as campanhas de semana santa.

Apesar disso, motivamos os irmãos a distribuir o livro missionário e dirigimos a campanha de semana santa. Infelizmente ninguém se batizou ainda (seguimos atendendo os interessados). Percebemos que parte dos problemas estavam relacionados a falta de liderança. A igreja estava sem diretor. A diretora de jovens também renunciou. Sem líder nenhuma igreja marcha.

Conversamos com o pastor Carlos Segóvia a respeito. No último sábado ele pregou um lindo sermão sobre “O Que a Igreja significa para mim e o que eu significo para a igreja”, baseado em Romanos 12. Os irmãos reagiram favoravelmente.

Depois do culto, o pastor coordenou a eleição do novo diretor e dos cargos que faltavam. Infelizmente, ninguém queria aceitar o desafio de ser diretor. Apresentavam uma desculpa após a outra. Alguns disseram que não tinha capacidade. Outros alegaram falta de tempo. Outros mencionaram que iam viajar. O pastor interrompeu o processo, falando sobre 3 jovens que se ofereceram para trabalhar na área jovem. Em 30 segundos foi eleita a diretoria jovem. Quando há disposição para trabalhar, o processo de eleição não é complicado. No final, alguém sugeriu uma mulher para dirigir a congregação. Depois de certa discussão, o plenário foi unânime em votar nela.

Depois de despedir os irmãos, conversei com Helen, a diretora escolhida. Disse-lhe que,no passado, Deus havia chamado dois homens como profetas. Eles recusaram. Então, Deus chamou uma mulher (Ellen White). Ela aceitou. E o Senhor realizou uma grande obra por meio da “mais fraca das criaturas.”

Assegurei-lhe que Deus abençoaria seu trabalho e podia contar com nosso apoio. À tarde começamos a demonstrar nosso apoio. Com meu colega Eder Sena e Helen, visitamos o tesoureiro e a secretária da igreja, além de uma família interessada na mensagem. Entre uma visita e outra, falei a Helen sobre a importância da visitação aos membros, para motivar-lhes. Falei da necessidade de organizar a igreja para fazer visitas missionárias e dar estudos bíblicos, para cumprir a missão.

Depois das visitas, fomos ao programa de jovens. Um culto muito alegre e criativo. Após o programa, a nova direção se reuniu e planejou o programa especial do seguinte sábado. Parece que a eleição funcionou.

À noite fomos com os jovens jogar Wally. Os irmãos adultos também apareceram. Foram momentos especiais de confraternização. Sobraram gargalhadas e diálogo informal. Parecia uma pequena celebração para um novo começo da congregação Alamos. Depois disso, às 11 da noite, levamos alguns jovens a mega vigília da Missão Boliviana Central. 2000 jovens de Cochabamba passaram a noite (no sábado 19) em oração, pois 500 deles serão calebes nessas férias.

Esse fim de semana me lembrou que é Deus quem dirige sua igreja. Necessitamos, tão somente confiar nEle, ser pacientes, orar e esperar o momento certo de agir. Deus coordenará as mudanças necessárias, agindo por meio de seu Santo Espírito.

Ribamar Diniz

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