O último foi um dos melhores fins de semana do
ano. Por quê? Bem, vou explicar desde o início. Como estudante de teologia, faço
práticas pastorais numa pequena congregação em construção, chamado “Los Alamos”,
na cidade de Cochabamba. Como acontece em igrejas pequenas e com grandes
desafios (o nosso é a construção), o desânimo toma conta dos membros. As críticas
começam a ser mais freqüentes que as orações. A falta de compromisso se
instala.
Quando chegamos ali, em março, percebemos que
as condições não eram as melhores. Alguns membros escolheram outras igrejas
(maiores) para congregar. Outros viajam com muita freqüência, e naturalmente não
podem ajudar com gostariam. O pastor distrital estava chegando ao distrito e
dirigindo as campanhas de semana santa.
Apesar disso, motivamos os irmãos a distribuir
o livro missionário e dirigimos a campanha de semana santa. Infelizmente ninguém
se batizou ainda (seguimos atendendo os interessados). Percebemos que parte dos
problemas estavam relacionados a falta de liderança. A igreja estava sem
diretor. A diretora de jovens também renunciou. Sem líder nenhuma igreja marcha.
Conversamos com o pastor Carlos Segóvia a
respeito. No último sábado ele pregou um lindo sermão sobre “O Que a Igreja
significa para mim e o que eu significo para a igreja”, baseado em Romanos 12.
Os irmãos reagiram favoravelmente.
Depois do culto, o pastor coordenou a eleição do
novo diretor e dos cargos que faltavam. Infelizmente, ninguém queria aceitar o
desafio de ser diretor. Apresentavam uma desculpa após a outra. Alguns disseram
que não tinha capacidade. Outros alegaram falta de tempo. Outros mencionaram
que iam viajar. O pastor interrompeu o processo, falando sobre 3 jovens que se
ofereceram para trabalhar na área jovem. Em 30 segundos foi eleita a diretoria
jovem. Quando há disposição para trabalhar, o processo de eleição não é
complicado. No final, alguém sugeriu uma mulher para dirigir a congregação. Depois
de certa discussão, o plenário foi unânime em votar nela.
Depois de despedir os irmãos, conversei com Helen,
a diretora escolhida. Disse-lhe que,no passado, Deus havia chamado dois homens
como profetas. Eles recusaram. Então, Deus chamou uma mulher (Ellen White). Ela
aceitou. E o Senhor realizou uma grande obra por meio da “mais fraca das
criaturas.”
Assegurei-lhe que Deus abençoaria seu trabalho
e podia contar com nosso apoio. À tarde começamos a demonstrar nosso apoio. Com
meu colega Eder Sena e Helen, visitamos o tesoureiro e a secretária da igreja,
além de uma família interessada na mensagem. Entre uma visita e outra, falei a
Helen sobre a importância da visitação aos membros, para motivar-lhes. Falei da
necessidade de organizar a igreja para fazer visitas missionárias e dar estudos
bíblicos, para cumprir a missão.
Depois das visitas, fomos ao programa de
jovens. Um culto muito alegre e criativo. Após o programa, a nova direção se reuniu e planejou o programa especial do seguinte sábado. Parece que a eleição funcionou.
À noite fomos com os jovens jogar Wally. Os irmãos
adultos também apareceram. Foram momentos especiais de confraternização. Sobraram
gargalhadas e diálogo informal. Parecia uma pequena celebração para um novo
começo da congregação Alamos. Depois disso, às 11 da noite, levamos alguns jovens
a mega vigília da Missão Boliviana Central. 2000 jovens de Cochabamba passaram
a noite (no sábado 19) em oração, pois 500 deles serão calebes nessas férias.
Esse fim de semana me lembrou que é Deus quem
dirige sua igreja. Necessitamos, tão somente confiar nEle, ser pacientes, orar e
esperar o momento certo de agir. Deus coordenará as mudanças necessárias,
agindo por meio de seu Santo Espírito.
Ribamar Diniz