sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

EVANGELISMO PÚBLICO III

O pastor Marcelo Dadamo batiza a jovem Natália
Quando um evangelismo público é realizado a igreja espera que pessoas sejam alcançadas pela mensagem do evangelho, aceitem a Jesus Cristo como Salvador pessoal, bem como as verdades bíblicas e consequentmente sejam batizadas, ingressando na comunidade de crentes (Veja Atos 2:37-41). O batismo daqueles que assitem a uma conferência é o fim último de todos os esforços da equipe de evangelistas.
 
Embora devamos espalhar a mensagem por todos os lugares, o objetivo dessa mensagem é salvar aquele que a escuta. No passado, eu pensava que devia apenas "pregar" ou espalhar a semente. Hoje, tomei consciência que devo também, confiando no poder do Espírito Santo, colher o trigo ou as almas, apelando para que elas sejam batizadas. Quando isso acontece, a igreja fica eufórica. Os anjos de Deus também se alegram quando um "pecador se arrepende". Mas, quando essas pessoas, evangelizadas com muito esforço e sacrifíco abandonam a fé a tristeza toma conta da igreja. Creio que os anjos também choram a perda de membros. Por essa razão, durante o evangelismo público realizado em Brasília (e outros lugares), várias iniciativas de conservação foram implementadas. Em meu centro de pregação, três projetos foram formulados, a fim de transformar os novos membros em discípulos permanentes: 
 
1. Guadiões espirituais      
 
Durante o ano de 2013, a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) na América do Sul vai enfatizar a questão do discipulado. Por essa razão, durante o evangelismo foram escolhidos os guardiões espirituais. Eles terão o privilégio de ajudar as pessoas que foram batizadas recentemente. A tarefa é simples, porém muito importante: Acompanhá-los em seu primeiro ano de vida cristã. Durante essa fase, estarão atentos ao ânimo espiritual e participação nos cultos, dúvidas doutrinárias, estilo de vida, etc. Como 2013 é o ano do discipulado, os guardiões devem, prioritariamente, ajudar os novos conversos a tornarem-se verdadeiros discípulos do Senhor Jesus Cristo e membros fiéis da igreja. Pensando nisso, os guardiões deverão, entre outras coisas: Fazer amizade com os batizados e incorporar-lhes a um Pequeno Grupo;  visitar-lhes pelo menos uma vez ao mês e acompanhá-los nos cultos; convidá-los a almoçar e sair com frequência; ajudá-los em seus problemas pessoais e espirituais; ajudá-los a identificar seus dons espirituais e integrá-los nas atividades missionárias da igreja; ensinar-lhe a ter uma vida espiritual forte através do estudo da Bíblia, oração e testemunho.
 
2. Clube de Desbravadores 

Como um grupo de juvenis foi batizado, foi implantado também o Clube de Desbravadores, programa oficial para juvenis da IASD a nível mundial. Como já havia um clube na igreja, desativado a alguns meses, o processo foi mais fácil. Primeiro reunimos a equipe do evangelismo e escolhemos uma diretoria provisória para atuar até o fim do ano, quando a comissão de nomeações vai eleger os novos oficiais para 2013 (inclusive a direção do clube). O nome do clube foi mantido (Linx) e as atividades começaram no dia 21 de outubro, com 17 participantes da conferência e da igreja. À noite, após a divulgação dos objetivos desse programa, as inscrições subiram para 26, totalizando 38 na primeira caminhada, realizada no dia 15. O primeiro acampamento foi realizado entre os dias 30 de novembro a 02 de dezembro, no Acampamento Canaã. Um clube de Desbravadores é fundamental quando adolescentes são batizados. Esse programa integra o juvenil nas atividades da igreja, impedindo-o de abandonar a fé. Também desenvolve seus dons, envolvendo-os na missão. Oferece amizade sadia e um sem número de atividades radicais, que os afastam da influência do mundo.

Ao meu lado os irmãos Daniel e Herivaldo (de boné)

Durante o acampamento, um fato interessante e inexplicável aconteceu. Na última noite do evento (sábado) choveu muito. Antes de dormir, um grupo de desbravadores havia comido, e deixado uma caixa térmica fechada, debaixo da lona da cozinha. Deixaram debaixo da melhor lona, onde não chovia. Pela manhã, ao levantar, Herivaldo (ancião da igreja e diretor associado do clube), foi até a cozinha e tentou fastar a caixa. Quase "quebrou a coluna", pois a caixa estava muito pesada. Intrigado, Herivaldo levantou a tampa da caixa, e estava repleta de água. O fato tornou-se o assunto do acampamento. Os primeiros a ver o "milagre" foram os irmãos Daniel e Henrique. Alguém chegou a minha barraca e disse: Irmão, "vem vê o milagre!" Quando cheguei a cozinha, comprovei a história que estou relatando. Herivaldo esclareceu que, emcima da caixa, haviam algumas vasilhas, com respingos de água e dentro dela muita água. Estava quase cheia. O fato foi considerado pelos desbravadores uma providêncai de Deus, pois na noite anterior eles haviam feito uma caminhada noturna, orando no morro. Foi um momento muito espiritual. Quando o diretor do clube (Henrique) foi buscar água na manhã a fonte estava toda suja, devido a enchurrada. A água do rio também não estava em condições de uso. Com esta água que "Alguém" colocou dentro da caixa, o clube começou seu dia, cozinhando os alimentos necessários para o grupo.      

3. Classe Pós-Batismal



Parte das pessoas batizadas na IASD 323
Além dessas duas iniciativas, foi inaugurada a classe bíblica pós-batismal, coordenado pelo ancião da igreja (irmão Herivaldo) e direcionada aqueles que se batizaram. A idéia é mantê-los nessa clase de aprofundamento bíblico por seis meses. Nesse período, eles poderão estudar o Fase 2 do ciclo de discipulado, com as doutrinas fundamentais da Bíblia. Além disso, poderão habituar-se ao programa da Escola Sabatina. O ancião pensa em desenvolver os talentos e dons do grupo, incorporando-os ao programa missionário interno e externa da congregação. A classe começou ainda durante a conferência, para que os novos irmãos sejam, o mais rápido possível, confirmados em sua nova fé. 

Além desses projetos os novos conversos assistiram o programa de descipulado transmitido via satélite pela TV Novo Tempo, no dia 25 de dezembro. Nessa manhã eles receberam um kit missionário com a Revista Adventista, estudos bíblicos e 10 livros A Grande Esperança, para começar a testemunhar. 
 
Apesar dessas iniciativas mencionadas, pode ser que nem todos os queridos irmãos batizados permaneçam. Isso não é, contudo, motivo para deixar de tentar anular a apostasia. Pode ser também que todos permaneçam na igreja, trazendo seus familiares e amigos para a mesma verdade que os libertou. Esse é o sincero desejo da equipe de evangelismo.

Ribamar Diniz 
Bacharel em Teologia, Estudante do SALT-Bolívia e Editor da Revista Doxa  

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