quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O fim do mundo: seis ficções e uma verdade


O cinema trata o fim do mundo como se fosse verdade. Uma verdade de duas horas. O espectador fica em suspense quando assiste “O Dia depois de Amanhã”. Quando o filme acaba, ele sai para comer como se não houvesse amanhã. Para Hollywood e para o vendedor de pipocas, o fim do mundo pode ser só ficção, mas o lucro é bem real.

Como os maias “agendaram” a destruição do planeta para o dia 21/12/12, vamos lembrar de seis ficções e uma verdade sobre o fim do mundo:

Ficção 1: Presságio. O começo: números e cálculos feitos por uma garota há mais de 50 anos são interpretados como previsões (acertadas) de catástrofes. O fim: aniquilação total. O lado religioso: em meio a várias referências bíblicas (quatro cavaleiros, profecias), arruma-se até uma espécie de “nave de Noé”.

Ficção 2: O Fim do Mundo. O começo: cientista descobre que um planeta desgovernado atingirá a Terra. O fim: colisão de planetas. O lado religioso: uma arca de Noé espacial levará alguns habitantes sorteados para um lugar seguro.

Ficção 3: O Abrigo. O começo: um homem tenta avisar a todos sobre a iminente destruição. O fim: o apocalipse tarda, mas não falha. O lado religioso: ninguém acredita na pregação dele. O filme pode ser um tanto enigmático, mas possui um subtexto teológico instigante.

Ficção 4: A Última Noite. O começo já é o fim: o mundo vai acabar à meia-noite do último dia do ano de 1999. O lado religioso: descrença geral. Seis horas antes do fim, alguns personagens se conformam e outros querem fazer tudo o que não fizeram antes na vida. “Quando o Filho do homem vier, achará fé na Terra?”

Ficção 5: 2012. O começo: a profecia dos maias vai se cumprir no dia marcado. O fim: monumentos (e grande parte da população) não sobrevivem. O lado religioso: os que sobreviveram vão recomeçar a vida numa nova região que se formou após a catástrofe planetária. O apocalipse e o gênesis sem a intervenção de Deus.

Ficção 6: Deixados para Trás. O começo: após o arrebatamento dos fiéis, o mundo é entregue ao Anticristo. O fim: a interpretação teológica de Tim LaHaye é mesmo o fim. O lado religioso: o filme dá uma requentada numa teoria (arrebatamento secreto) surgida em 1827 e se torna o engodo mais lucrativo do cinema evangélico norte-americano.

Verdade 1: O livro do Apocalipse. Lido apressadamente, esse livro parece uma história mítica e tremendamente excludente. Mas, lido com acuidade, o Apocalipse também pode ser visto como uma história de amor. É que, com relação ao juízo divino, o amor vem junto com a justiça. Por isso, para quem não crê, soa terrível. Para quem crê, soa esperançoso. Mas atenção: segundo a Bíblia (Mateus 7), até para quem diz crer pode não haver um final feliz.

As variações do fim do mundo contadas por livros e filmes vão da melancolia ao escárnio. Banalizado por descrentes e desacreditado por causa de fanáticos marcadores de datas, o fim do mundo, pelo menos de acordo com a Bíblia, representa um novo começo. Como você faria se quisesse entender seriamente qualquer assunto, sugiro que o leitor procure os especialistas e teólogos que tratam do tema como uma verdade coerente.

É incrível como Hollywood nunca pretendeu filmar a versão bíblica do apocalipse. Uma história de grandes conflitos, esperança e concretização de antigas profecias: se os cristãos não proclamarem corretamente, as pedras hollywoodianas clamarão?

(Joêzer Mendonça, Nota na Pauta)

Nota: Esse texto acima é muito criativo em seu formato e verdadeiro em seu conteúdo. Quando os mensageiros da esperança, não necessariamente alarmistas do fim, desejam pregar sobre a volta de Jesus, poderiam usar essa estratégia. Marcar datas para o fim do mundo ou assustar as pessoas com as pragas do apocalipse (embora devamos pregá-las), não dá muito resultado. As pessoas precisam encontrar em nós uma mensagem de esperança. Uma solução para seus problemas insolúveis nessa terra. Se você apresentar Cristo para as multidões famintas, elas terão interesse em saber como Ele vai voltar para levá-las para o lar eterno. Crê que há mensagem mais esperançosa que essa? 

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